Leia o texto a seguir.
Os produtos importados tomaram conta das prateleiras do país. Pelas estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), um em cada cinco bens consumidos no Brasil vem de fora. Em alguns setores, a proporção é maior. No segmento de informática e eletrônicos, por exemplo, para cada dois produtos, um é produzido no exterior. O volume de insumos estrangeiros utilizados pelas fábricas nacionais também é elevado. Em 2011, corresponderam a 21,7% dos componentes — um recorde. Até mesmo os têxteis, um dos segmentos mais abatidos pela concorrência internacional, dependem da importação para se manter no mercado. O setor trouxe de fora 28,5% dos insumos usados na produção. Na indústria calçadista, o ingresso de importados também já é alarmante: atingiu a marca de 42,6%. Publicado em 20/03/2012
Disponível em: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/3/20/importado-prejudica-industria-e-ameaca-pib. Acesso em maio de 2012.
A notícia trata de um dos efeitos da globalização nos mercados. Apresente , de acordo com o texto, consequências da Globalização para a economia nacional.
Questões relacionadas
- História - Fundamental | 03. Reformas Religiosas
Texto base: Leia o texto A história de Galileu Galilei Bom, tudo começou quando ele conheceu um instrumento inventado na Holanda, chamado luneta. Era o ano de 1609, e Galileu decidiu aperfeiçoá-la. Em um ano, ele conseguiu melhorar a capacidade de aumento e aproximação do instrumento em 20 vezes! Nascia ali o telescópio moderno. Na época, acreditava-se que todos os corpos celestes eram esferas perfeitas e imutáveis. Mas com seu instrumento de observação, Galileu conseguiu ver as formas acidentadas da Lua. Ele viu também manchas escuras se movendo na face do Sol, e percebeu que o planeta Vênus tinha fases como a Lua. Suas observações levavam a crer que Nicolau Copérnico estava certo quando disse que a terra girava ao redor do Sol. Por isso, Galileu foi repreendido pela Igreja Católica em 1616. Acatando as ordens da Igreja, Galileu silenciou sobre o tema por sete anos. Logo ele, que declamava suas ideias em alto e bom som em jantares e debates, teve que se calar. Mas não parou de produzir! Galileu pesquisou coisas que afrontassem menos as ideias da Igreja, como colocar os satélites de Júpiter a serviço da navegação para ajudar os marinheiros a calcular a longitude das embarcações no mar. FIGUEIRA, Mara. A história de Galileu Galilei. Ciência Hoje, 11 de ago. 2010. Disponível em <http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-historia-de-galileu-galilei/>. Acesso em 13 out. 2013. (Fragmento)
Enunciado:
Em sua opinião, como se estabelece a relação entre religião e o avanço da ciência nos dias de hoje? A igreja ainda interfere nos assuntos científicos? Justifique sua resposta, utilizando dois argumentos historicamente corretos.
- Arte - Fundamental | 03. Elementos da Linguagem Artística
- Apresente para os alunos as seguintes obras fotográficas. Acrescente outras se achar interessante.
- Fotoforma, Estação da Luz, 1949
- Figura 1 - Geraldo de Barros, Fotoforma, Estação da Luz, 1949. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/programe-se/agenda/evento/moderna-para-sempre-fotografia-modernista-brasileira-na-colecao-itau-cultural-no-rio-de-janeiro-rj/>, acesso 28 nov. 2016.
- Paralelas e Diagonais (ca. 1950), de José Yalenti
- Figura 2- José Yalenti, Paralelas e Diagonais, (ca. 1950). Fotografia. Disponível em: < http://d3nv1jy4u7zmsc.cloudfront.net/wp-content/uploads/2014/01/Paralelas-e-Diagonais-c1950_Jos%C3%A9-Yalenti_reprodu%C3%A7%C3%A3o-fotogr%C3%A1fica-Jo%C3%A3o-L-Musa.jpg>, acesso 28 nov. 2016.
- Figura 3- Geraldo de Barros, Sem título (Fios telegráficos), ca. 1950.Fotografia. Disponível em: < http://www.tate.org.uk/art/artworks/barros-sem-titlo-fios-telegraficos-l02981>, acesso 28 nov. 2016.
- Figura 4 - Geraldo de Barros, Sem título (Fios telegráficos), ca. 1950.Fotografia. Disponível em: < http://www.ims.com.br/images/86/58/prog_imginterna_1413918658.jpg>, acesso 28 nov. 2016.
2. Faça um debate com a turma sobre as linhas das imagens: os tipos, como foram obtidas, linhas similares vistas na sala de aula.
3.Proponha que saiam em grupos de até quatro alunos pela escola, em busca de imagens inspiradas nas fotografias vistas.
4.Cada grupo deve selecionar até três imagens para uma apresentação e debate com a turma.
- Física | B. Resistores
(IME)
A figura acima apresenta um arranjo de resistores composto por N módulos formados por resistores iguais a R. Esses módulos possuem os nós A, B e C, sendo que todos os nós A são conectados entre si por meio de condutores ideais, conforme apresentado na figura, o mesmo acontecendo com os nós B entre si. No primeiro módulo, existem duas baterias com ddp iguais a U.
A relação numérica U2/R para que a potência total dissipada pelo arranjo seja igual a N watts é:
- Literatura | 5.2 Modernismo
(FUVEST 2020 1º FASE) amora
a palavra amora
seria talvez menos doce
e um pouco menos vermelha
se não trouxesse em seu corpo
(como um velado esplendor)
a memória da palavra amor
a palavra amargo
seria talvez mais doce
e um pouco menos acerba
se não trouxesse em seu corpo
(como uma sombra a espreitar)
a memória da palavra amar
Marco Catalão, Sob a face neutra.
É correto afirmar que o poema
- Língua Portuguesa | E. Crase
(ESCOLA NAVAL) Laivos de memória
“... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela.”
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas – e despedidas são sempre dolorosas – não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria à histórica Villegagnon em meio à sublime baía de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar – a razão de ser da carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional – no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EM-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: “... é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos”.
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória. Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d’ Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem-número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Sri Lanka.
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, “o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.
(CÉSAR, CMG (RM1) William Carmo. Laivos de memória.
In: Revista de Villegagnon, Ano IV, nº 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
Assinale a opção em que o uso do acento grave, indicativo de crase, é facultativo: