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Leia o poema.
Carta-Poema
Excelentíssimo Prefeito
Senhor Hildebrando de Góis,
Permiti que, rendido o preito
A que fazeis jus por quem sois,
Um poeta já sexagenário,
Que não tem outra aspiração
Senão viver de seu salário
Na sua limpa solidão,
Peça vistoria e visita
A este pátio para onde dá
O apartamento que ele habita
No Castelo há dois anos já.
[...]
BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética.
Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira. 2001, p. 221.
Um dos elementos que justificam o título dado ao texto pelo poeta é