É um combate contra vícios, mas esses vícios não são simplesmente os do indivíduo. São os vícios dos homens, e são vícios que tomam forma, se baseiam ou são a raiz de tantos hábitos, de maneiras de fazer, de leis, de organizações políticas ou de convenções sociais que encontramos entre os homens. É um combate, uma agressão explícita, voluntária e constante que se endereça à humanidade em geral, à humanidade em sua vida real, tendo como horizonte ou objetivo mudá-la, mudá-la em sua atitude moral (ethos), mas, ao mesmo tempo e com isso mesmo, mudá-la em seus hábitos, suas convenções, suas maneiras de viver.
FOUCAULT, Michel. O governo de si e dos outros: a coragem da verdade. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2011. p. 247.
O texto apresenta uma análise crítica de Michel Foucault sobre o(a)