Explicaê

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TEXTO I

Os séculos de escravidão são um aspecto triste da história brasileira. Tabu e vergonha, quando se pensa nas dores e humilhações desumanas por que passaram homens e mulheres negros trazidos da África; mas também — por que não? — orgulho, quando se evocam as lutas e estratégias de resistência e sobrevivência dos escravos, ex-escravos e descendentes. Histórias transmitidas de geração em geração, como narrativas que dão sentido e identidade.

Povos remanescentes de quilombolas são grupos unidos por esse passado comum, que têm território como base da reprodução física, social, econômica e cultural de sua coletividade. São reconhecidos na Constituição de 1988 como detentores de direitos territoriais coletivos e fazem parte do conjunto dos povos e comunidades tradicionais.

LOSCHT, M. Território e tradição. Retratos: a revista do IBGE, n 2, ago. 2017 (adaptado).

TEXTO II

exiba ao pai

nossos corações

feridos de angústia

nossas costas chicoteadas

ontem

no pelourinho da escravidão

hoje

no pelourinho da discriminação

sabes que em cada coração de negro

há um quilombo pulsando

em cada barraco

outro palmares crepita

os fogos de Xangô iluminando

nossa luta

atual e passada

NASCIMENTO, A. Axés do sangue e da esperança. Retratos: a revista do IBGE. n 2, ago. 2017.

Na comparação entre os textos 1 e II, percebe-se que ambos apresentam, em relação à história dos africanos escravizados, um(a)

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