Não Comerei da Alface a Verde Pétala
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem maior aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas peras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro: deem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
MORAES, V. de. Disponível em: http://www.revistabula.com. Acesso em: 12 set.09 2016.
O eu-lírico se posiciona a respeito de uma temática bastante atual: a opção por uma alimentação mais saudável. Suas declarações evidenciam que se trata de um eu-lírico que se apresenta favorável a