Os próprios senhores de engenho eram uns gulosos de doce e de comidas adocicadas. Houve engenho que ficou com o nome de “Guloso”. E Manuel Tomé de Jesus, no seu Engenho de Noruega, antigo dos Bois, vivia a encomendar doces às doceiras de Santo Antão; vivia a receber presentes de doces de seus compadres. Os bolos feitos em casa pelas negras não chegavam para o gasto. O velho capitão-mor era mesmo que menino por alfenim e cocada. E como estava sempre hospedando frades e padres no seu casarão de Noruega, tinha o cuidado de conservar em casa uma opulência de doces finos.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 8.6 Complemento Verbal
Texto base: Uma obra de arte feita à mão. A editora Global [...] traz ao Brasil um livro indiano impresso em silk-screen com acabamento à mão. No livro “ Faça como os Warli”, as imagens foram impressas em papel reciclado, imitando paredes de barro das casas da tribo indiana Warli. O texto é simples: apenas verbos de ação, cercados por imagens que se assemelham a pictogramas, numa só cor. Os desenhos são leves, fluidos, cheios de vida e certamente vão cativar pais e filhos, que podem narrar a partir das imagens, usando e abusando da criatividade. R$ 59,00. RODRIGUES, Cláudio. 10 minirresenhas de livros infantojuvenis. Disponível em: <http://biblioo.cartacapital.com.br/
10-mini-resenhas-de-livros-infantojuvenis/>. Acesso em: 13 fev. 2018 Vocabulário:
Pictograma – desenho ou pintura rupestre praticado por povos da Pré-História. É uma das mais antigas manifestações da escrita.
Enunciado:
A editora Global(1) [...] traz ao Brasil um livro indiano(2) [...]. No livro “ Faça como os Warli”, as imagens(3) foram impressas em papel reciclado, imitando paredes de barro das casas da tribo indiana Warli. O texto(4) é simples: apenas verbos de ação, cercados por imagens que se assemelham a pictogramas, numa só cor
O trecho em negrito que ocupa a função de complemento verbal é o de número
- Matemática | 1.07 Porcentagem e Juros
Arthur deseja comprar um terreno de Cléber, que lhe oferece as seguintes possibilidades de pagamento:
• Opção 1: Pagar à vista, por R$ 55 000,00;
• Opção 2: Pagar a prazo, dando uma entrada de R$ 30 000,00, e mais uma prestação de R$ 26 000,00 para dali a 6 meses.
• Opção 3: Pagar a prazo, dando uma entrada de R$ 20 000,00, mais uma prestação de R$ 20 000,00, para dali a 6 meses e outra de R$ 18 000,00 para dali a 12 meses da data da compra.
• Opção 4: Pagar a prazo dando uma entrada de R$ 15 000,00 e o restante em 1 ano da data da compra, pagando R$ 39 000,00.
• Opção 5: pagar a prazo, dali a um ano, o valor de R$ 60 000,00.
Arthur tem o dinheiro para pagar à vista, mas avalia se não seria melhor aplicar o dinheiro do valor à vista (ou até um valor menor) em um investimento, com rentabilidade de 10% ao semestre, resgatando os valores à medida que as prestações da opção escolhida fossem vencendo.
Após avaliar a situação do ponto de vista financeiro e das condições apresentadas, Arthur concluiu que era mais vantajoso financeiramente escolher a opção:
- Biologia | 8.5 Fungi e Micoses
A presença de liquens em uma região é um testemunho da boa qualidade do ar. Sua ausência pode indicar que o ar está poluído. Eles são sensíveis aos poluentes, porque não são capazes de excretar as substâncias tóxicas absorvidas.
A respeito dos liquens, é correto afirmar que são formados por dois tipos de indivíduos:
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Leia o texto.
Populismo para todos?
Dizia Getúlio Vargas, já em 1930, que, “se nosso protecionismo favorece os industriais em favor da fortuna particular, impõe-se também o dever de ajudar ao proletário com medidas que lhe assegurem relativo conforto e estabilidade e o amparem na enfermidade como na velhice”; “o pouco que temos em matéria de legislação social não é aplicado ou só é aplicado em mínima parte e de modo esporádico”.
WEFFORT, Francisco. O populismo na política brasileira. São Paulo: Paz e Terra, 1986. p. 66. Adaptado.
Os trechos de discursos de Getúlio Vargas citados pelo autor apontam para uma política de seu governo caracterizada por
- Língua Portuguesa
O acendedor de lampiões e nós
Outro dia tive uma visão. Uma antevisão. Eu vi o futuro. O futuro estampado no passado. Como São João do Apocalipse, vi descortinar aos meus olhos o que vai acontecer, mas que já está acontecendo.
Havia acordado cedo e saí para passear com minha cachorrinha, a meiga Pixie, que volta e meia late de estranhamento sobre as transformações em curso. Pois estávamos perambulando pela vizinhança quando vi chegar o jornaleiro, aquele senhor com uma pilha de jornais, que ia depositando de porta em porta. Fiquei olhando. Ele lá ia cumprindo seu ritual, como antigamente se depositava o pão e o leite nas portas e janelas das casas.
Vou confessar: eu mesmo, menino, trabalhei entregando garrafas de leite aboletado na carroça do “seu” Gamaliel, lá em Juiz de Fora.
E pensei: estou assistindo ao fim de uma época. Daqui a pouco, não haverá mais jornaleiro distribuindo jornais de porta em porta. Esse entregador de jornais não sabe, mas é semelhante ao acendedor de lampiões, que existia antes de eu nascer. Meus pais falavam dessa figura que surgia no entardecer e acendia nos postes a luz movida a gás, e de manha vinha apagar a tal chama.
Esse tipo foi imortalizado no soneto que Jorge de Lima escreveu aos 17 anos e publicou em 1914:
O acendedor de lampiões
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que a noite aos poucos se acentua
E a palidez da lua apenas se pressente.
Triste ironia atroz o senso humano irrita:
Ele que doira a noite e ilumina a cidade,
Talvez não tenha luz na choupana em que habita.
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
Os próprios jornais estão alardeando que os jornais vão acabar, ou seja, vão deixar de ser impressos para virar um produto eletrônico. Não vamos mais folhear o jornal, sentir o cheiro de papel, nem ir à banca. Vamos ter um aparelho receptor onde aparecerão texto e imagem do jornal.
E isso já começou. É irrefreável. Os mais velhos vão dizendo que preferem ler o livro em papel e não abrem mão do jornal antigo. Mas o jornal e o livro é que estão abrindo mão deles. Os mais jovens, como se constata, já nascem lendo na tela, eletronicamente. Como se dizia antigamente: resistir quem há de?
Tento me adaptar. Passei do mimeografo a álcool e do papel carbono à maquina elétrica e depois ao computador. Já tenho site, tenho blog e acabei de entrar no Twitter.
Claro que o livro impresso vai continuar como uma variante. Mas o entregador de jornais vai ser tipo histórico como o acendedor de lampiões. Assim caminha a humanidade, já dizia o filosofo James Dean. E, em relação a essas formidáveis e assustadoras mudanças, me vem aquela frase de Marshal McLuhan, enunciada há 50 anos – “Ao ver uma deslumbrante borboleta, a larva disse: ‘Jamais me transformarei num monstro desses’. E, dito isso, se transformou”.SANT’ANNA, Affonso Romano de. Caderno Cultura. Estado de Minas, 22 agosto de 2010, p.8.(texto com adaptações)
O conectivo destacado não estabelece uma ideia de comparação em: