(UNESP) O texto foi extraído da peça "Tróilo e Créssida" de William Shakespeare, escrita provavelmente, em 1601.
"Os próprios céus, os planetas, e este centro
reconhecem graus, prioridade, classe,
constância, marcha, distância, estação, forma,
função e regularidade, sempre iguais;
eis porque o glorioso astro Sol
está em nobre eminência entronizado
e centralizado no meio dos outros,
e o seu olhar benfazejo corrige
os maus aspectos dos planetas malfazejos,
e, qual rei que comanda, ordena
sem entraves aos bons e aos maus."
(personagem Ulysses, Ato I, cena III).
SHAKESPEARE, W. Tróilo e Créssida. Porto: Lello & Irmão, 1948.
A descrição feita pelo dramaturgo renascentista inglês se aproxima da teoria
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- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
Medo e vergonha
[1] O medo é um evento poderoso que toma o nosso corpo, nos põe em xeque, paralisa alguns
e atiça a criatividade de outros. Uma pessoa em estado de pavor é dona de uma energia extra
capaz de feitos incríveis.
Um amigo nosso, quando era adolescente, aproveitou a viagem dos pais da namorada para ficar
[5] na casa dela. Os pais voltaram mais cedo e, pego em flagrante, nosso Romeu teve a brilhante
ideia de pular, pelado, do segundo andar. Está vivo. Tem hoje essa incrível história pra contar,
mas deve se lembrar muito bem da vergonha.
Me lembrei dessa história por conta de outra completamente diferente, mas na qual também vi
meu medo me deixar em maus lençóis.
[10] Estava caminhando pelo bairro quando resolvi explorar umas ruas mais desertas. De repente,
vejo um menino encostado num muro. Parecia um menino de rua, tinha seus 15, 16 anos e,
quando me viu, fixou o olhar e apertou o passo na minha direção. Não pestanejei. Saí correndo.
Correndo mesmo, na mais alta performance de minhas pernas.
No meio da corrida, comecei a pensar se ele iria mesmo me assaltar. Uma onda de vergonha foi
[15] me invadindo. O rapaz estava me vendo correr. E se eu tivesse me enganado? E se ele não fosse
fazer nada? Mesmo que fosse. Ter sido flagrada no meu medo e preconceito daquela forma já
me deixava numa desvantagem fulminante.
Não sou uma pessoa medrosa por excelência, mas, naquele dia, o olhar, o gesto, alguma coisa
no rapaz acionou imediatamente o motor de minhas pernas e, quando me dei conta, já estava
[20] em disparada.
Fui chegando ofegante a uma esquina, os motoristas de um ponto de táxi me perguntaram
o que tinha acontecido e eu, um tanto constrangida, disse que tinha ficado com medo. Me
contaram que ele vivia por ali, tomando conta dos carros. Fervi de vergonha.
O menino passou do outro lado da rua e, percebendo que eu olhava, imitou minha corridinha,
[25] fazendo um gesto de desprezo. Tive vontade de sentar na guia1 e chorar. Ele só tinha me
olhado, e o resto tinha sido produto legítimo do meu preconceito.
Fui atrás dele. Não consegui carregar tamanha bigorna2 pra casa. "Ei!" Ele demorou a virar. Se
eu pensava que ele assaltava, ele também não podia imaginar que eu pedisse desculpas. Insisti:
"Desculpa!" Ele virou. Seu olhar agora não era mais de ladrão, e sim de professor. Me perdoou
[30] com um sinal de positivo ainda cheio de desprezo. Fui pra casa pelada, igual ao Romeu suicida.
Denise Fraga folha.uol.com.br, 08/01/2013
A crônica é um gênero textual que frequentemente usa uma linguagem mais informal e próxima da oralidade, pouco preocupada com a rigidez da chamada norma culta.
Um exemplo claro dessa linguagem informal, presente no texto, está em:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Que espetáculo é esse, capaz de atrair a atenção de 1 bilhão de pessoas por noventa minutos? Que mistério é esse, capaz de fazer 1⁄6 da população mundial parar para acompanhar 25 homens correndo em direções desconexas sobre um palco verde com linhas brancas? Por que apenas um desses homens, com uma esfera nos pés, é capaz de hipnotizar a multidão e, a seguir, surpreendê-la? Por que algo tão simples como chutar uma bola modifica vidas, produz riqueza, paralisa países? Esta é uma história que começou na Inglaterra.
Em 150 anos, o futebol redefiniu a palavra esporte, interrompeu guerras, gerou ídolos, lendas, celebridades. Virou e revirou a indústria do entretenimento, estendeu sombras enormes atrás de corpos franzinos, transformou meninos pobres em ícones planetários, criou modas, gerou empregos e se tornou o jogo mais jogado do mundo. Uma bola, três juízes, 22 jogadores e pronto – podemos acompanhar a final da Copa do Mundo ou o grande clássico de Gana, entre Asante Kotoko e Hearts of Oak, num campo que tem mais terra do que grama.
Este Almanaque é um inventário sobre um esporte que apaixona e mesmeriza. O hábito de chutar uma esfera por diversão tem idade imprecisa. Existem indícios de que brincar com a bola nos pés é diversão há mais de cinco mil anos. A redonda já rolava na China milenar, na Grécia Antiga, no Império Romano, em sacrifícios mais... até que os ingleses mataram a distinta no peito e resolveram discipliná-la.
Isso aconteceu em 1863. E é dessa história que começamos a falar nas páginas seguintes. Da história, dos times, das seleções, dos craques, do folclore. De tudo o que se escreveu e falou sobre futebol, especialmente no Brasil. Afinal, este é o autodeclarado país do futebol, terra de 190 milhões de treinadores, todos responsáveis orgulhosos elas cinco estrelas que a seleção carrega no peito.
(POLI, Gustavo & CARMONA, Lédio. Almanaque do Futebol Rio de Janeiro: Casa da Palavra: COB Cultural, 2009. p. 9)
Leia os períodos a seguir:
- O hábito de chutar uma esfera por diversão tem idade imprecisa.
- A redonda já rolava na China milenar, na Grécia Antiga, no Império Romano, em sacrifícios mais...
Nos trechos acima, a palavra bola foi substituída pelos vocábulos esfera e redonda. Esses vocábulos não apresentam, nos contextos em que estão inseridos, os seus sentidos literais. Dessa forma, tem-se nos fragmentos acima uma
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Texto I
XLIOuvia:Que não podia odiarE nem temerPorque tu eras eu.E como seriaOdiar a mim mesmaE a mim mesma temer.HILST, H. Cantares. São Paulo: Globo, 2004 (fragmento).
Texto IITransforma-se o amador na cousa amadaTransforma-se o amador na cousa amada,por virtude do muito imaginar;não tenho, logo, mais que desejar,por em mim tenho a parte desejada.Camões. Sonetos. Disponível em: http://www.jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 03 set. 2010 (fragmento).
Nesses fragmentos de poemas de Hilda Hilst e de Camões, a temática comum é: