(UNESP) Um morcego caiu no chão e foi capturado por uma doninha1. Como seria morto, rogou à doninha que poupasse sua vida.
– Não posso soltá-lo – respondeu a doninha –, pois sou, por natureza, inimiga de todos os pássaros.
– Não sou um pássaro – alegou o morcego. – Sou um rato.
E assim ele conseguiu escapar. Mais tarde, ao cair de novo e ser capturado por outra doninha, ele suplicou a esta que não o devorasse. Como a doninha lhe disse que odiava todos os ratos, ele afirmou que não era um rato, mas um morcego. E de novo conseguiu escapar. Foi assim que, por duas vezes, lhe bastou mudar de nome para ter a vida salva.
(Fábulas, 2013.)
1doninha: pequeno mamífero carnívoro, de corpo longo e esguio e de patas curtas (também conhecido como furão).
“– Não sou um pássaro – alegou o morcego.” (3º parágrafo)
Ao se transpor este trecho para o discurso indireto, o verbo “sou” assume a seguinte forma: