Texto base: Texto 1 A operação Carne Fraca, da Polícia Federal, expõe a gravidade da doença da corrupção no Brasil. Grandes empresas estão vendendo carne podre no país, com data de validade adulterada e com aparência e peso mascarados com produtos químicos e papelão. [...] Entretanto, arma-se um rápido sistema de propaganda em favor delas, a pretexto de defender os interesses comerciais do país e sua imagem no exterior. [...] A preocupação com a saúde financeira do país e das empresas é legítima quando estão dentro das leis, das práticas corretas, da justiça. [...] Ao menos a vida e a saúde das pessoas devem sobrepor-se à ganância de lucros. Se a carne é fraca, o espírito não pode a ela submeter-se. Disponível em: <https://redesustentabilidade.org.br/2017/03/20/o-limite-da-insanidade-
-diz-marina-sobre-o-escandalo-dos-frigorificos/>. Acesso em: 03 mar. 2017. Texto 2 O Brasil é o primeiro exportador mundial de carne bovina e avícola, com presença em ao menos 150 países. O impacto deste escândalo no exterior preocupa as autoridades brasileiras, num momento em que busca acelerar um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia. Eumar Novacki, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, afirmou que “não se pode colocar em xeque o sistema inteiro pela conduta de uma minoria”. A única informação que dá uma ideia da dimensão é que, entre os 4837 frigoríficos que são inspecionados no país, a fraude estaria sendo praticada em 21 abatedouros – menos de 1%. Dos 11 mil fiscais e servidores do Ministério da Agricultura, 33 estão sob investigação. Disponível em: <www.folhape.com.br/noticias/noticias/brasil/2017/03/18/.aspx>.
Acesso em: 03 mar. 2017.
Enunciado:
Em relação ao escândalo exposto pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal, os dois textos
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- Biologia | 12.7 Biosfera, Biociclos e Biomas
(Uesb) Dados parciais do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica revelam que a Mata Atlântica perdeu 20857 hectares de sua cobertura vegetal, durante os anos de 2008 a 2010, o que equivale à metade da área do município de Curitiba (PR). Esses dados foram divulgados em 27 de maio pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) durante evento em comemoração ao dia nacional deste bioma. (MATA ATLÂNTICA..., 2010).
Analise as alternativas a seguir, relacionadas à perda da cobertura vegetal da Mata Atlântica e os consequentes danos ambientais ocasionados, identificando-as como verdadeiras (V) ou falsas (F).
( ) A Mata Atlântica remanescente sofreu um intenso processo de fragmentação que acarreta a redução da composição da flora e fauna desse bioma.
( ) A ocupação urbana, apesar de prejudicial ao meio ambiente, teve pequena influência sobre a redução da cobertura vegetal que compõe a Mata Atlântica.
( ) A formação de fragmentos florestais leva à recuperação desse bioma, uma vez que influencia a ocorrência de processos naturais, tais como sequestro de carbono.
( ) A redução das áreas florestais compromete a reprodução de espécies vegetais e animais, devido a mudanças que ocorrem na interação entre esses organismos.
A alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo, é a
- História | 6.12 Nazifascismo
(IFCE) O século passado ficou conhecido como o “Breve século XX”. A afirmação é do historiador Eric Hobsbawm (1917-2012), um dos maiores estudiosos desse momento histórico. Durante o período entre guerras, o mundo conheceu os horrores dos regimes totalitários que dominaram a Europa e influenciaram outros governos mundo afora. Dentre as características que marcaram os regimes fascistas, destaca(m)-se
I. Presença do nacionalismo
II. Culto à personalidade dos líderes
III. Estado autoritário
É(são) verdadeiro(s):
- Língua Espanhola | 1. Interpretação de Textos
A questão refere-se ao texto abaixo.
Obituario / PEDRO DE ORLÉANS E BRAGANÇA
El tío político del Rey de España
Un paradigma aristocrático
En la madrugada del jueves [27.12.2007] murió en su residencia sevillana Su Alteza Real e Imperial don Pedro de Orléans e Bragança, último jefe de la Casa de Bragança al haber sucedido en la primogenitura a su padre, don Pedro Gastón de Orléans, en 1940.
Extraordinario personaje, sin duda, este caballero inactual. Don Pedro había nacido en el castillo d'Eu, residencia de su abuela, la célebre princesa Isabel, la Redentora, nieta del último emperador, don Pedro II, la que abolió la esclavitud disparando la revolución oligárquica y favoreciendo el advenimiento de una república militarista. Don Pedro de Orléans e Bragança fue desde joven un espíritu tentado por la ciencia, en especial por la botánica, y, en el orden humano, un personaje sencillo y asequible.
Su viejo lema, EX DIGITO GIGAS (Por el dedo conoceremos al gigante), al que permaneció enigmáticamente fiel toda su vida, habla mejor que nada de su severa y exigente personalidad. Cuando en 1993 se accedió en Brasil, al fin, a cumplimentar el referéndum constitucionalmente previsto y pactado con la monarquía saliente, don Pedro supo mantenerse discretamente al margen de un acontecimiento ya sin gran sentido y, en todo caso, trucado desde hacía mucho tiempo en unas circunstancias políticas ya incompatibles con la institución. Pese a que nadie descartaba una abultada victoria de la república presidencialista, la opción monárquica sorprendió al ser defendida por cerca de seis millones de electores (el 10,4% de los votos). Don Pedro reconoció rápidamente la derrota y desautorizó a los integrantes del entonces Movimiento Parlamentarista Monárquico (MPM) a organizarse en un partido político para luchar por el regreso de la monarquía, porque defendía que la institución no podía estar inmersa en la lucha política.
Gran viajero, conocedor minucioso de su país, de su geografía y de sus gentes, aquel señor respetado por su llaneza y cercanía, con quien los vecinos de Petrópolis se habían acostumbrado a detenerse en plena calle y comentar sus avatares, gozó también de exquisita popularidad en su comarca sevillana, en especial por su estrecha vinculación con los cultos rocieros tradicionalmente tan ligados a la familia de su esposa, ella misma, como sus antepasados inmediatos, activa y popular romera hasta sus últimos años.
Se va con don Pedro toda una época y con ella desaparece el talante nobilísimo de aquellos caballeros esclavos de su dignidad, amantes entusiastas de sus tradiciones y, como en el caso presente, apasionados por un saber científico y humano que nunca dejaron de cultivar. Un caballero inactual, hay que repetirlo, y todo un paradigma aristocrático merecedor, desde luego, de tiempos y circunstancias mejores.
GOMEZ, José. El tío político del Rey. El Mundo. Madri, 10 set. 2008. Disponível em: <http://www.elmundo.es>. Acesso em: 10 mar. 2009. (Adaptado).
Don Pedro de Orléans e Bragança es calificado como un caballero inactual porque
- História | 1.6 Crise do Sistema Colonial e Ciclo da Mineração
(PUC-CAMPINAS) Cronista sem assunto
Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por semana, havendo ou não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, uma palavra que possa acender toda uma frase, um parágrafo, uma página inteira – mas qual? 1Onde o ímã que atraia uma boa limalha? 2Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio está correndo e o assunto não vem. Cronos, cronologia, crônica, tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? Mas isso já aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca de um grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, as pragas, as pirâmides erguidas pelo trabalho escravo? Mas como atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista anda com mais pressa do que nunca, 3e, aliás, está munido de um celular que lhe coloca o mundo nas mãos a qualquer momento.
Sim, a internet! O Google! É a salvação. 4Lá vai o cronista caçar assunto no computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e 5lá vem a estátua nova-iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro do imigrante japonês em São Paulo, 6ou a letra de um hino cívico, ou um tratado filosófico, até mesmo o “Libertas quae sera tamen*” dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: “Política”. Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega até um poema de Drummond, salta-se da política econômica para a financeira, chega-se à política de preservação de bens naturais, à política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política do velho Maquiavel, ufa.
Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? 7O velho bifinho da tia ou o saudoso picadinho da vovó, receitas domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram nomes estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo da alimentação há também que considerar o que sejam produtos transgênicos, orgânicos, as ameaças do glúten, do sódio, da química nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo altos níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado por cozinheiros, quer dizer, por chefs de cuisine?**
Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no campo da educação: há, por exemplo, quem veja nos livros de História uma orientação ideológica conduzida pelos autores; 8há quem defenda uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. 9Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação da República? E o suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 1964? Já a literatura e a redação andam questionadas como itens de vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e a arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade?
Enfim, 10o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito por ter de escolher um no infinito cardápio digital de assuntos. Que esperará ler seu leitor? 11Amenidades? Alguma informação científica? A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação do cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por incentivos fiscais? Os megatons da última banda de rock que visitou o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma viagem fantasiosa pelo interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A posição do Reino Unido diante da União Europeia?
12Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro com a primeira namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela infância distante, um amor machucado, 13tudo podia virar uma valsa melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que estamos todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais abordam criticamente os rumores contemporâneos, valem-se do vocabulário ligado a novos comportamentos, ou despejam um humor ácido em seus leitores, 14num tempo sem nostalgia e sem utopias.
É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais e revistas está sob ameaça como suporte de comunicação. 15O mesmo ocorre com o material das fitas, dos CDs e DVDs: o mundo digital armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line com seus leitores aspectos da matéria tratada em seus textos. A interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo quem diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em função da multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo espaço textual. Num plano cósmico: quem é o autor do Universo? Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo com o criacionismo?
Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de periódico ainda tem emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. Pois então que arrume assunto, e um bom assunto, para não perder seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, um Rubem Braga, um Luis Fernando Veríssimo, há que se contentar com um mínimo de estilo e uma boa escolha de tema. A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores.
(Teobaldo Astúrias, inédito)
* Liberdade ainda que tardia.
** chefes de cozinha.
O texto Cronista sem assunto faz referência à Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil no final do século XVIII, que teve como motivação o rompimento com o domínio colonial português. Pode-se afirmar que essa rebelião
- Geografia | 6.3 Mineração
(UERJ) Os refugiados são pessoas que escaparam de conflitos armados ou perseguições. Com frequência, sua situação é tão perigosa e intolerável que devem cruzar fronteiras internacionais para buscar segurança nos países mais próximos e então se tornar um “refugiado” reconhecido internacionalmente, com acesso à assistência dos Estados, da ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e de outras organizações.
ADRIAN EDWARDS Adaptado de acnur.org, outubro/2015.
O conceito de refugiado, apresentado no texto, está diretamente associado aos problemas políticos e econômicos que afetam diversos países na atualidade.
Nos últimos anos, a região de origem que tem contribuído com o maior número de refugiados em direção a países da União Europeia é: