(PUC-CAMPINAS) O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.
(TÁVOLA, Bernardim da. Inédito).
A tragédia do negro escravizado, no Brasil, deixou marcas profundas na sociedade brasileira. Durante a primeira República a maioria absoluta da população negra continuou excluída da vida política, tendo colaborado para essa exclusão o fato de que
Questões relacionadas
- Biologia | 4.3 Metabolismo Energético
O metabolismo celular pode ser conceituado como o conjunto de reações de construção ou desconstrução de moléculas realizado pela célula com o intuito de manter-se viva. O processo metabólico se divide em dois grupos: anabolismo (reações de síntese) e catabolismo (reações de degradação) os quais ocorrem de forma associada para manter o meio interno em equilíbrio, a denominada homeostase corporal.
Quando uma célula eucariota se encontra nesse equilíbrio mencionando, em estado predominante anabólico, ela deve estar fazendo
- Língua Portuguesa | 1.09 Recursos Expressivos e Recursos Estilísticos
Ciente de que, no campo da criação, as inovações tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades — ao permitir, e mesmo estimular, que o artista explore a fundo, em seu processo criativo, questões como a aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a hipermídia —, Leo Cunha comenta que, no que tange ao campo da divulgação, as alternativas são ainda mais evidentes: “Afinal, é imensa a capacidade de reprodução, multiplicação e compartilhamento das obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham dimensão os dilemas envolvidos com a questão da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e intervenção não autorizadas, entre outras questões”. Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de ferramentas tecnológicas não pode ser visto como um fim em si mesmo. Isso porque computadores, samplers, programas de imersão, internet e intranet, vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes com os quais os artistas exercem sua imaginação.
SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, n. 52, dez.-fev. 2013 (adaptado).
Segundo os autores citados no texto, a expansão de possibilidades no campo das manifestações artísticas promovida pela internet pode pôr em risco o(a)
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
a) Segundo o historiador David Richardson, quais foram os motivos pelos quais os traficantes de escravos escolhiam as crianças para serem transportadas para o Brasil?
b) Por que os navios negreiros eram também chamados de “Tumbeiros”?
- Biologia | 11.1 Sistema Digestório
(UEMG) Crianças e adultos, geneticamente predispostos, ao ingerirem glúten (mistura de proteínas que se encontram naturalmente no endosperma de sementes de gramíneas) iniciam a produção de anticorpos que atacam o próprio epitélio intestinal. Esse ataque resulta na perda das microvilosidades intestinais que desencadeia um conjunto de sinais e sintomas conhecidos como Doença Celíaca. A figura abaixo demonstra o epitélio de indivíduos normais e as alterações que ocorrem em indivíduos portadores de Doença Celíaca.
Os portadores de Doença Celíaca ficam predispostos a desenvolverem
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto base: 10470485
O texto a seguir é um trecho da narrativa policial O sinal dos quatro, de Arthur Conan Doyle, no qual o famoso detetive Sherlock Holmes e seu companheiro de trabalho, Watson, examinam a cena de um crime de assassinato. Leia-o para responder à questão. Sherlock Holmes faz uma demonstração — Agora, Watson, temos meia hora para nós — disse Holmes, esfregando as mãos. — Vamos empregá-la bem. Como lhe disse, o caso está quase todo esclarecido, mas não devemos cometer erros por causa do excesso de confiança. Embora pareça simples agora, o caso pode ter alguma coisa mais profunda por trás. — Simples! — exclamei. — Certamente — disse ele, com um certo ar de professor que dá uma explicação aos alunos. — Faça o favor de sentar-se naquele canto, para que suas pegadas não compliquem o caso. E agora, mãos à obra. Em primeiro lugar, como essas pessoas vieram e como foram embora? A porta não foi aberta desde ontem. E a janela? Levou a lanterna até lá, murmurando suas observações mais para si mesmo do que para mim: — Janela fechada por dentro, moldura sólida, não há gonzos de lado. Vamos abri-la: nenhum cano de água perto. Telhado inacessível. Apesar disso, um homem entrou pela janela. Choveu um pouco ontem à noite. Temos a marca redonda de lama, que se repete ali, no chão, e outra vez perto da mesa. Veja aqui, Watson. É realmente uma bela demonstração. Olhei para os discos nítidos de lama. — Isso não é uma pegada — eu disse. — É algo muito mais valioso para nós. É a marca de uma perna de pau. Você pode ver, no parapeito da janela temos a marca da bota. Uma bota pesada com um salto largo de metal e ao lado está a marca do toco de madeira. — É o homem da perna de pau! — Exatamente. Mas havia mais alguém, um cúmplice hábil e eficiente. Você poderia escalar aquele muro, doutor? Olhei para fora pela janela aberta. A lua brilhava ainda sobre o ângulo da casa. Estávamos a uns 18 metros do chão e, para onde quer que se olhasse, não se via nada onde se pudesse pôr o pé, nem sequer uma fenda no muro. — É completamente impossível. — Sem auxílio, é. Mas suponha que um amigo lhe atirasse aqui de cima esta boa corda que vejo ali no canto, e a amarrasse naquele enorme gancho na parede. Parece-me que, neste caso, se você fosse ágil, poderia subir com perna de pau e tudo. Voltaria como veio, e o seu cúmplice iria puxar a corda, tirá-la do gancho, fechar a janela por dentro com o trinco e sair como entrou. Como um pequeno detalhe, deve-se observar que o nosso homem da perna de pau, apesar de subir com perfeição, não é um marinheiro de profissão — ele continuou, examinando a corda. — Não tem as mãos calejadas; com a lente, descobri mais de uma mancha de sangue, principalmente no fim da corda, e daí concluí que ele escorregou com tanta velocidade que arrancou pele das mãos. — Está tudo muito bem, mas a coisa fica cada vez mais ininteligível. E o cúmplice? Como ele entrou? — Ah, sim, o cúmplice — repetiu Holmes, pensativo. — Há pontos muito interessantes sobre esse cúmplice. É por causa dele que este caso deixa de ser vulgar. Creio que esse cúmplice fez a sua estreia nos anais do crime neste país, pois casos semelhantes inspiram- -se na Índia e, se não me falha a memória, na Senegâmbia. Eu insisti: — Mas como ele entrou? A porta está trancada, a janela é inacessível. Será que foi pela chaminé? — A grade é pequena demais — respondeu Holmes. — Eu já tinha pensado nisso. — Então como foi? — continuei insistindo. — Você não aplica os meus preceitos — disse, meneando a cabeça. — Quantas vezes já lhe disse que, quando tiver eliminado o impossível, o que fica, por mais improvável que seja, deve ser a verdade? Sabemos que ele não entrou pela porta, nem pela janela, nem pela chaminé. Também sabemos que não podia estar escondido no quarto, porque não havia onde se esconder. Logo, por onde ele veio? — Pelo buraco do teto! — gritei. — Certamente. Deve ter sido assim... Se tiver a bondade de segurar a lanterna para mim, estenderemos nossas pesquisas ao quarto de cima, o quarto secreto onde foi achado o tesouro. DOYLE, Arthur Conan. O sinal dos quatro. In: Sherlock Holmes: obra completa. Tradução de Louisa Ibañez; Branca de Villa-Flor;
Edna Jansen de Mello. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016. p. 172-174.
Enunciado:
Leia o trecho de uma reportagem sobre a investigação de tráfico de animais silvestres em redes sociais.
De acordo com o Ibama, a rede social vem sendo usada como ferramenta para o tráfico de animais. Apesar de o canal expressamente proibir que a rede seja usada para a venda de animais, diversos perfis com esse tipo de negócio podem ser encontrados. Essa é a segunda operação do Ibama visando a rede. Na primeira, porém, a ação se baseou mais em denúncias. Desta vez, partiu de uma investigação proativa de pesquisa e identificação de traficantes.
“Durante a investigação encontramos 1 277 animais sendo expostos para venda e 85 exibidos sendo mantidos em cativeiro. Para 30 deles, conseguimos comprovar que houve a venda. Alguns morreram nesse meio tempo”, disse Roberto Cabral, coordenador de operações e fiscalização do Ibama. "É um volume significativo se considerarmos que esse é o último ponto antes do consumidor final."
Disponível em: <https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,ibama-faz-operacao-de-combate-ao-trafico-
de-animais-em-redes-sociais,70002338434>. Acesso em: 21 jul. 2018. Adaptado.
Comparando esse trecho com o de O sinal dos quatro, percebe-se que uma diferença em relação à obra de Arthur Conan Doyle é a