O terrorismo não tem outra ideologia que não seja a exaltação da morte, uma mentalidade legionária de múltiplas encarnações. Na Espanha, sofremos o do ETA [Pátria Basca e Liberdade] e o dos GAL [Grupos Antiterroristas de Libertação]; na Colômbia, o de guerrilheiros e paramilitares; no México, o dos cartéis criminosos e do narcoestado; no Chile, o dos sicários de Pinochet; no Oriente Médio, o de palestinos e israelenses. E tantos outros. Mas o que se instalou no âmbito global e transformou a vida política é o terrorismo de origem islâmico-fundamentalista e o contraterrorismo dos Estados, que fizeram do planeta um campo de batalha onde sobretudo morrem civis [...].
(Manuel Castells. Ruptura: a crise da democracia liberal, 2018.)
O excerto identifica o terrorismo contemporâneo como um fenômeno
Questões relacionadas
- Física | 1.2 Vetores
(ITA) A figura mostra uma pista de corrida A B C D E F, com seus trechos retilíneos e circulares percorridos por um atleta desde o ponto A, de onde parte do repouso, até a chegada em F, onde para. Os trechos BC, CD e DE são percorridos com a mesma velocidade de módulo constante. Considere as seguintes afirmações:
I. O movimento do atleta é acelerado nos trechos AB, BC, DE e EF.
II. O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é o mesmo nos trechos AB e EF.
III. O sentido da aceleração vetorial média do movimento do atleta é para sudeste no trecho BC, e, para sudoeste, no DE.
Então, está(ão) correta(s)
- Química | 3.6 Reações Orgânicas(FCMMG) No livro Tio Tungstênio, de Oliver Sacks, lê-se “Tínhamos uma pereira no quintal, e minha mãe fazia um néctar de pera bem consistente, no qual o aroma da fruta parecia mais intenso. Mas li que o aroma de pera também pode ser produzido artificialmente (como nas balas de pera), sem usar as frutas. Bastava começar um dos álcoois – etila, metila, amila ou outro – e destilá-lo com ácido acético para formar o éster correspondente. Surpreendi-me quando soube que algo tão simples como o acetato de etila podia ser responsável pelo complexo e delicioso aroma das peras”.A fórmula da substância responsável pelo aroma de pera e os reagentes que a produziram são:
- Espanhol - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Completa el texto con los nombres de las profesiones.
Benito es un niño muy extrovertido. Cuando sea grande, él quiere ser
________________. El padre de Benito es _______________.
Y el tío de Benito es ________________. La mamá de
Benito es ________________. En la família de Benito todos son muy trabajadores.
Disponibles en: <http://www.google.com.br/>. Acceso en: 24 sept. 2012.
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.08 Reportagem
Texto base: Leia os textos que seguem para responder à questão. Texto I A pequena grande Malala Texto II
Enunciado:
No texto II, Malala conta como se deu o atentado que sofreu quando voltava para casa no ônibus escolar.
Malala manifesta sua opinião sobre o homem que atirou nela ao afirmar que ele
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
(UERJ) Era a primeira vez que as duas iam ao morro do Castelo. Começaram a subir pelo lado da Rua do Carmo. Muita gente há no Rio de Janeiro que nunca lá foi, muita haverá morrido, muita mais nascerá e morrerá sem lá pôr os pés. Nem todos podem dizer que conhecem uma cidade inteira. Um velho inglês, que aliás andara terras e terras, confiava-me há muitos anos em Londres que de Londres só conhecia bem o seu clube, e era o que lhe bastava da metrópole e do mundo.
Natividade e Perpétua conheciam outras partes, além de Botafogo, mas o morro do Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão estranho e remoto como o clube. 1O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. Não obstante, 2continuavam a subir, como se fosse penitência, devagarinho, cara no chão, véu para baixo. A manhã trazia certo movimento; mulheres, homens, crianças que desciam ou subiam, lavadeiras e soldados, algum empregado, algum lojista, algum padre, todos olhavam espantados para elas, que aliás vestiam com grande simplicidade; mas há um 3donaire que se não perde, e não era vulgar naquelas alturas. 4A mesma lentidão no andar, comparada à rapidez das outras pessoas, fazia desconfiar que era a primeira vez que ali iam. (...)
Com efeito, as duas senhoras buscavam disfarçadamente o número da casa da cabocla, até que deram com ele. A casa era como as outras, trepada no morro. 5Subia-se por uma escadinha, estreita, sombria, adequada à aventura. Quiseram entrar depressa, mas esbarraram com dous sujeitos que vinham saindo, e coseram-se ao portal. 6Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha.
– Perdem o seu tempo, concluiu furioso, e hão de ouvir muito disparate...
– É mentira dele, emendou o outro, rindo; a cabocla sabe muito bem onde tem o nariz.
Hesitaram um pouco; mas, logo depois advertiram que as palavras do primeiro eram sinal certo da vidência e da franqueza da adivinha; nem todos teriam a mesma sorte alegre. A dos meninos da Natividade podia ser miserável, e então... Enquanto cogitavam passou fora um carteiro, que as fez subir mais depressa, para escapar a outros olhos. 7Tinham fé, mas tinham também vexame da opinião, como um devoto que se benzesse às escondidas.
Velho caboclo, pai da adivinha, conduziu as senhoras à sala. (...)
– Minha filha já vem, disse o velho. As senhoras como se chamam?
(...)
A falar verdade, temiam o seu tanto, Perpétua menos que Natividade. A aventura parecia audaz, e algum perigo possível. Não ponho aqui os seus gestos; imaginai que eram inquietos e desconcertados. Nenhuma dizia nada. Natividade confessou depois que tinha um nó na garganta. Felizmente, a cabocla não se demorou muito; ao cabo de três ou quatro minutos, o pai a trouxe pela mão, erguendo a cortina do fundo.
3donaire - elegância
MACHADO DE ASSIS. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. (ref. 1)
Nessa frase, um recurso de linguagem é utilizado para reforçar o incômodo das personagens.
Esse recurso é denominado: