Dois estilos de colonização se inauguraram no norte e no sul do Novo Mundo. Lá, o gótico altivo de frias gentes nórdicas. Para eles, o índio era um detalhe, sujava a paisagem, que, para se europeizar, deveria livrar-se deles. Cá, o barroco das gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os índios. Um, a tolerância soberba e orgulhosa dos que se sabem diferentes. Outro, a tolerância opressiva de quem quer conviver reinando sobre os corpos e as almas dos cativos, porque toda a diferença lhe é intolerável.
Darcy Ribeiro. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 (com adaptações).
Considerando o texto e a obra reproduzida acima — O Último Tamoio —, de Rodolfo Amoedo, julgue o item.
A partir do texto e da obra de arte apresentados acima, assinale a opção correta.
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
A velha contrabandista
Stanislaw Ponte Preta
Diz que era uma velhinha que sabia andar
de lambreta. Todo dia ela passava pela
fronteira montada na lambreta, com um
[235] bruto saco atrás da lambreta. O pessoal da
Alfândega – tudo malandro velho –
começou a desconfiar da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com
o saco atrás, o fiscal da Alfândega mandou
[240] ela parar. A velhinha parou e então o fiscal
perguntou assim pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa
por aqui todo dia, com esse saco aí atrás.
Que diabo a senhora leva nesse saco?
[245] A velhinha sorriu com os poucos dentes que
lhe restavam e mais os outros, que ela
adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia! mandou outra vez. Perguntou o que é que
Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou que não
[250] era areia nenhuma e mandou a velhinha
saltar da lambreta para examinar o saco. A
velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e
dentro só tinha areia. Muito encabulado,
ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela
[255] montou na lambreta e foi embora, com o
saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez
a velhinha passasse um dia com areia e no
outro com muamba, dentro daquele maldito
[260] saco. No dia seguinte, quando ela passou
na lambreta com o saco atrás, o fiscal
ela levava no saco e ela respondeu que era
areia, uai! O fiscal examinou e era mesmo.
[265] Durante um mês seguido o fiscal
interceptou a velhinha e, todas as vezes, o
que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de
[270] alfândega com 40 anos de serviço. Manjo
essa coisa de contrabando pra burro.
Ninguém me tira da cabeça que a senhora é
contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a
[275] velhinha. E já ia tocar a lambreta, quando o
fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a
senhora passar. Não dou parte, não
apreendo, não conto nada a ninguém, mas
[280] a senhora vai me dizer: qual é o
contrabando que a senhora está passando
por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia”? –
quis saber a velhinha.
[285] - Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
PRETA, Stanislaw Ponte. Primo Altamirando e elas. São Paulo: Agir, Martins Fontes, 2008.
No texto de Stanislaw Ponte Preta, aparecem com frequência expressões da fala popular, a exemplo de “tudo malandro velho” (linha 236), “muamba” (linha 259) e “manjo...pra burro” (linhas 270-271). Sobre esta questão, leia as afirmações que seguem.
I. Este tipo de linguagem revela, no texto, uma escrita marcada por um estilo coloquial através do uso consciente de gírias e expressões tiradas da fala informal.
II. Expressões da fala coloquial, como as usadas no texto A velha contrabandista, são próprias da crônica, que é um gênero que se utiliza de alguns recursos típicos da oralidade para dar maior dinamicidade ao texto.
III. As expressões coloquiais utilizadas no texto, na verdade, mostram uma escrita desleixada do autor que não domina o registro padrão da língua portuguesa.
IV. O emprego destes coloquialismos podem contribuir para o caráter humorístico da crônica.
Está correto o que se afirma em
- Matemática - Fundamental | 15. O Nosso Dinheiro
Amadeu tem quatro netos e cada um é filho de uma de suas filhas. Um dia antes do Dia das Mães, ele os acompanhou ao jardim para que pudessem colher flores para presentear suas mães. Veja a quantidade de flores que cada um colheu:
Qual das crianças colheu a quantidade de flores representada pela multiplicação 3 x 3?
- Física
Uma espira, locomovendo-se paralelamente ao solo e com velocidade constante,atravessa uma região onde existe um campo magnético uniforme, perpendicular ao plano da espira e ao solo. O fluxo magnético registrado, a partir do instante em que a espira entra nessa região até o instante de sua saída, é apresentado no gráfico da figura.
Analisandoo gráfico, pode-se dizer que a força eletromotriz induzida, em volts, no instante t = 0,2 s, é:
- Espanhol - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
Mira el texto y la imagen a continuación para contestar a la cuestión.
Disponible en: < www.umm.edu >. Acceso el: 25 feb. 2013.
A) ¿Cuál es objetivo del mensaje presente en el texto?
B) ¿A quién él se destina? ¿Qué palabra o expresión nos hace llegar a esta conclusión?
- Física | 2.4 Gravitação Universal
Muitas teorias sobre o Sistema Solar se sucederam, até que, no século XVI, o polonês Nicolau Copérnico apresentou uma versão revolucionária. Para Copérnico, o Sol, e não a Terra, era o centro do sistema. Atualmente, o modelo aceito para o Sistema Solar é, basicamente, o de Copérnico, feitas as correções propostas pelo alemão Johannes Keppler e por cientistas subsequentes.
Sobre Gravitação e as Leis de Kepler, considere as afirmativas, a seguir, verdadeiras (V) ou falsas (F).
I. Adotando-se o Sol como referencial, todos os planetas movem-se descrevendo órbitas elípticas, tendo o Sol como um dos focos da elipse.
II. O vetor posição do centro de massa de um planeta do Sistema Solar, em relação ao centro de massa do Sol, varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais, não importando a posição do planeta em sua órbita.
III. O vetor posição do centro de massa de um planeta do Sistema Solar, em relação ao centro de massa do Sol, varre áreas proporcionais em intervalos de tempo iguais, não importando a posição do planeta em sua órbita.
IV. Para qualquer planeta do Sistema Solar, o quociente do cubo do raio médio da órbita pelo quadrado do período de revolução em torno do Sol é constante.
Assinale a alternativa CORRETA.