[1] Na Europa, Oswald de Andrade conviveu com
intelectuais, artistas e boêmios e, por intermédio deles, entrou
em contato com o Manifesto Futurista, do escritor ítalo-francês
[4] Filippo Marinetti. Esse texto havia sido divulgado, três anos
antes da chegada de Oswald à Europa, pelo jornal parisiense
Le Figaro e ainda exercia enorme influência sobre a vanguarda
[7] europeia. O futurismo defendia uma arte que captasse o
impacto das novas tecnologias no cotidiano. A velocidade do
automóvel, o movimento da máquina, o ruído das engrenagens
[10] — tudo isso constituía a matéria que a poesia e a pintura
deveriam celebrar, de maneira inovadora, original. As imagens
na tela deveriam não mais tentar imitar a natureza, mas
[13] distorcê-la. As palavras estavam livres das regras de versificação.
No Manifesto, constavam proposições como as
apresentadas a seguir. “Já não há beleza senão na luta.
[16] Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser
uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um
violento assalto contra as forças ignotas para obrigá-las a
[19] prostrar-se ante o homem.”
Internet: (com adaptações).
Considerando a imagem e o texto acima, julgue o item.
Opõe-se à ideia de beleza defendida no Manifesto Futurista, conforme se depreende do segundo parágrafo do texto a perspectiva filosófica de Nietzsche de que os seres, em geral, e o homem, em particular, são, de fato, movidos por uma vontade de potência, uma vontade originária que impulsiona os seres, vivos ou não, a continuarem seus movimentos de expansão em todos os sentidos possíveis, como as águas de um rio que inundam as margens que as oprimem e que a beleza consiste em assumir plenamente essa vontade de potência.