Texto base: Leia o fragmento a seguir. As meninas e os livros O caminho do progresso tem uma parada obrigatória na educação das meninas. O ensino é a grande estrada que leva ao futuro. E um indicador de avanço de uma sociedade é eliminar a desigualdade de gênero no acesso à educação. Quando Malala estava indo para a escola, mobilizando outras garotas, ela buscava esse progresso. Por isso era tão perigosa para o Talibã. No Paquistão de Malala existem 57 milhões de mulheres analfabetas. Elas são 60% da população feminina. No Afeganistão, dos talibãs, o analfabetismo aprisiona 87% das mulheres. Na vizinha Índia, potência emergente que se destaca por ter educado uma elite com alto padrão tecnológico, a verdade do país profundo é que existem 292 milhões de mulheres analfabetas. A taxa é de quase 50%. A menina de 17 anos que apenas queria estudar se agigantou no confronto em que poderia ter perdido a vida. Agarrou-se mais aos livros, entendeu que tinha virado um símbolo e se preparou para isso. O prêmio Nobel que ganhou ontem, em idade tão tenra, confirma valores que a humanidade busca. Ela tem agora a vida inteira para continuar nessa trilha em que já é vitoriosa. Combater o trabalho infantil e defender os direitos das crianças, que é a causa de Kailash Satyarthi, é outra das etapas do desenvolvimento humano em qualquer civilização. O prêmio está bem guardado por essas quatro mãos. [...]” LEITÃO, Miriam. As meninas e os livros. Jornal O Tempo, BH, Economia, 11 out. 2014, p. 14. (Fragmento)
Enunciado:
A produção desse texto revela, principalmente, a intenção de