A agricultura do Egito antigo era bastante próspera e avançada sobretudo pela observação dos fenômenos celestes para que, com eles, pudessem prever e planejar de forma mais eficiente a sua produção de grãos (trigo e cevada).
Para os egípcios, não havia interesse pela reflexão filosófica a respeito do Sol, da Lua e do movimento de planetas. Suas preocupações eram mais práticas, entendendo de que forma a astronomia poderia ajudá-los na marcação do tempo.
Mural egípcio que ilustra a colheita de grãos.
Nesse sentido, a agricultura era baseada em um movimento periódico associado à Sírius (estrela alfa da constelação de Cão Maior e conhecida pelos egípcios como Sótis), a estrela mais brilhante do céu noturno.
Quando Sírius, após um longo período de “invisibilidade”, começava a aparecer antes da alvorada no horizonte oriental era sinal de que se iniciaria a inundação do Nilo, período propício para a plantação de grãos.
Esse evento astronômico era sempre observado após o aparecimento de 12 luas cheias no céu egípcio. Sabe-se que o período de ciclo de fases da Lua (cheia, quarto minguante, nova e quarto crescente) é igual, em média, 29 dias e meio. Qual é, aproximadamente, o período do ciclo de inundação do Rio Nilo?