Leia o texto a seguir para responder as questões.
Canção da primavera
Primavera cruza o rio
Cruza o sonho que tu sonhas.
Na cidade adormecida
Primavera vem chegando.
Catavento enlouqueceu,
Ficou girando, girando.
Em torno do catavento
Dancemos todos em bando.
Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo...
Até que as paineiras tenham
Por sobre os muros florido!
Fonte: QUINTANA, Mário. Canções. São Paulo: Globo, 2011, p. 25.
Leia novamente os seguintes versos:
“Dancemos todos, dancemos,
[...]
Dancemos todos até
Não mais saber-se o motivo...”
Cite com qual pronome pessoal o verbo destacado concorda.
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(PUC-CAMPINAS) Cronista sem assunto
Difícil é ser cronista regular de algum periódico. Uma crônica por semana, havendo ou não assunto... É buscar na cabeça uma luzinha, uma palavra que possa acender toda uma frase, um parágrafo, uma página inteira – mas qual? 1Onde o ímã que atraia uma boa limalha? 2Onde a farinha que proverá o pão substancioso? O relógio está correndo e o assunto não vem. Cronos, cronologia, crônica, tempo, tempo, tempo... Que tal falar da falta de assunto? Mas isso já aconteceu umas três vezes... Há cronista que abre a Bíblia em busca de um grande tema: os mandamentos, um faraó, o Egito antigo, as pragas, as pirâmides erguidas pelo trabalho escravo? Mas como atualizar o interesse em tudo isso? O leitor de jornal ou de revista anda com mais pressa do que nunca, 3e, aliás, está munido de um celular que lhe coloca o mundo nas mãos a qualquer momento.
Sim, a internet! O Google! É a salvação. 4Lá vai o cronista caçar assunto no computador. Mas aí o problema fica sendo o excesso: ele digita, por exemplo, “Liberdade”, e 5lá vem a estátua nova-iorquina com seu facho de luz saudando os navegantes, ou o bairro do imigrante japonês em São Paulo, 6ou a letra de um hino cívico, ou um tratado filosófico, até mesmo o “Libertas quae sera tamen*” dos inconfidentes mineiros... Tenta-se outro tema geral: “Política”. Aí mesmo é que não para mais: vêm coisas desde a polis grega até um poema de Drummond, salta-se da política econômica para a financeira, chega-se à política de preservação de bens naturais, à política ecológica, à partidária, à política imperialista, à política do velho Maquiavel, ufa.
Que tal então a gastronomia, mais na moda do que nunca? 7O velho bifinho da tia ou o saudoso picadinho da vovó, receitas domésticas guardadas no segredo das bocas, viraram nomes estrangeiros, sob molhos complicados, de apelido francês. Nesse ramo da alimentação há também que considerar o que sejam produtos transgênicos, orgânicos, as ameaças do glúten, do sódio, da química nociva de tantos fertilizantes. Tudo muito sofisticado e atingindo altos níveis de audiência nos programas de TV: já seremos um país povoado por cozinheiros, quer dizer, por chefs de cuisine?**
Temas palpitantes, certamente de interesse público, estão no campo da educação: há, por exemplo, quem veja nos livros de História uma orientação ideológica conduzida pelos autores; 8há quem defenda uma neutralidade absoluta diante de fatos que seriam indiscutíveis. 9Que sentido mesmo tiveram a abolição da escravatura e a proclamação da República? E o suicídio de Getúlio Vargas? E os acontecimentos de 1964? Já a literatura e a redação andam questionadas como itens de vestibular: mas sob quais argumentos o desempenho linguístico e a arte literária seriam dispensáveis numa formação escolar de verdade?
Enfim, 10o cronista que se dizia sem assunto de repente fica aflito por ter de escolher um no infinito cardápio digital de assuntos. Que esperará ler seu leitor? 11Amenidades? Alguma informação científica? A quadratura do círculo encontrada pelo futebol alemão? A situação do cinema e do teatro nacionais, dependentes de financiamento por incentivos fiscais? Os megatons da última banda de rock que visitou o Brasil? O ativismo político das ruas? Uma viagem fantasiosa pelo interior de um buraco negro, esse mistério maior tocado pela Física? A posição do Reino Unido diante da União Europeia?
12Houve época em que bastava ao cronista ser poético: o reencontro com a primeira namoradinha, uma tarde chuvosa, um passeio pela infância distante, um amor machucado, 13tudo podia virar uma valsa melancólica ou um tango arrebatador. Mas hoje parece que estamos todos mais exigentes e utilitaristas, e os jovens cronistas dos jornais abordam criticamente os rumores contemporâneos, valem-se do vocabulário ligado a novos comportamentos, ou despejam um humor ácido em seus leitores, 14num tempo sem nostalgia e sem utopias.
É bom lembrar que o papel em que se imprimem livros, jornais e revistas está sob ameaça como suporte de comunicação. 15O mesmo ocorre com o material das fitas, dos CDs e DVDs: o mundo digital armazena tudo e propaga tudo instantaneamente. Já surgem incontáveis blogs de cronistas, onde os autores discutem on-line com seus leitores aspectos da matéria tratada em seus textos. A interatividade tornou-se praticamente uma regra: há mesmo quem diga que a própria noção de autor, ou de autoria, já caducou, em função da multiplicidade de vozes que se podem afirmar num mesmo espaço textual. Num plano cósmico: quem é o autor do Universo? Deus? O Big Bang? A Física é que explica tudo ou deixemos tudo com o criacionismo?
Enquanto não chega seu apocalipse profissional, o cronista de periódico ainda tem emprego, o que não é pouco, em tempo de crise. Pois então que arrume assunto, e um bom assunto, para não perder seus leitores. Como não dá para ser sempre um Machado de Assis, um Rubem Braga, um Luis Fernando Veríssimo, há que se contentar com um mínimo de estilo e uma boa escolha de tema. A variedade da vida há de conduzi-lo por um bom caminho; é função do cronista encontrar algum por onde possa transitar acompanhado de muitos e, de preferência, bons leitores.
(Teobaldo Astúrias, inédito)
* Liberdade ainda que tardia.
** chefes de cozinha.
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Leia o trecho do Regimento de Tomé de Souza.
Querendo El-rei conservar e enobrecer as terras do Brasil, e dar ordem a sua povoação, tanto para exaltação da fé, como para proveito do reino, resolve mandar uma armada com gente, artilharia, munições e todo o mais necessário para fundar uma fortaleza e povoação na baía de Todos os Santos [...] e há por bem nomear a Tomé de Sousa, pela muita confiança que faz da sua pessoa, para governador-geral do Brasil [...].
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Portugal criou o Governo-Geral em sua colônia na América com o objetivo de
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Leia com atenção esta notícia.
Alunos do interior do Amazonas usam celular como ferramenta de aprendizagem
Projeto do Programa Ciência na Escola (PCE) em Humaitá incentiva o compartilhamento e a consulta de conteúdo digital em grupos
02/01/2019 às 17:02
O celular tornou-se uma ferramenta indispensável para maioria das pessoas. O aparelho tem sido a base de um projeto desenvolvido no interior do Amazonas, que utiliza o instrumento como ferramenta pedagógica. O trabalho é realizado na Escola Estadual de Tempo Integral Álvaro Maia, no município de Humaitá.
Como forma de conscientização quanto à dependência dos alunos com relação ao celular, a proposta do trabalho é de viabilizar o uso do aparelho no processo de ensino aprendizagem.
Os slides trabalhados em sala de aula são postados no grupo de um aplicativo para smartphone, que é administrado pelo professor coordenador e a gestora da escola. Antes de cada avaliação é cedido um tempo (em torno de 10 minutos) para que os alunos possam consultar os slides enviados, os quais contêm os conteúdos que serão cobrados nas avaliações.
“Para permitir que os alunos que não possuem celulares sejam beneficiados pela produção de conhecimento obtido no grupo são efetuados debates em sala aula com os membros participantes com foco nos materiais postados”, explicou o professor de História Marcos Antônio Oliveira, coordenador do projeto, ressaltando o caráter complementar do uso da tecnologia.
Disponível em: www.acritica.com/channels/cotidiano/news/alunos-do-interior-do-amazonas-usam-celularcomo-ferramenta-de-aprendizagem. Acesso em: 11 jan. 2019. Adaptado.
Reflita sobre o que leu e escreva uma dissertação expondo sua opinião sobre a utilização de celulares em sala de aula.
Sua dissertação deve ter três parágrafos:
• No primeiro §: apresente o assunto e sua opinião sobre ele.
• No segundo §: apresente pelo menos dois argumentos que justifiquem sua opinião.
• No terceiro §: conclua, retomando brevemente o tema e sua tese.
Quando terminar, dê um título ao texto e faça a revisão dele, observando:
• Você escreveu sobre o tema dado?
• O texto contém os elementos próprios da dissertação (clareza e objetividade de linguagem; exposição de opinião sobre o tema)?
• A organização dos parágrafos segue o roteiro proposto? • O primeiro parágrafo apresenta o tema do texto e sua opinião sobre ele?
• No segundo parágrafo há pelo menos dois argumentos para justificar essa opinião?
• O terceiro parágrafo apresenta uma reafirmação da opinião exposta no início do texto? E foi escrito de forma diferente da que aparece no início do texto?
• Há coerência entre a opinião exposta e os argumentos que utilizou para justificá-la?
• A linguagem é objetiva e o vocabulário utilizado é formal (adequado a esse gênero de texto)?
• As frases expõem claramente o que você pretendeu e estão ligadas por conectores que dão clareza ao texto?
• Há repetição desnecessária de palavras ou expressões? Se houver, substitua-as por outras que não alterem o sentido do texto.
- Biologia | 02. Origem da Vida
(UNEAL) Extraia um átomo do seu corpo, e ele estará tão sem vida quanto um grão de areia. Somente quando se reúnem no refúgio protetor de uma célula é que esses materiais diversos podem fazer parte da dança surpreendente a que chamamos de vida. Sem a célula, não passam de substâncias químicas interessantes. Mas sem as substâncias químicas, a célula não tem utilidade. (BRYSON, 2005, p. 295).
Com base nessa informação, considera-se como uma condição no estabelecimento e manutenção de vida, conforme o conceito defendido pelo texto, a presença de:
- Química | 1.2 Estrutura Atômica
Um fato corriqueiro ao se cozinhar arroz é o derramamento de parte da água de cozimento sobre a chama azul do fogo, mudando-a para uma chama amarela. Essa mudança de cor pode suscitar interpretações diversas, relacionadas às substâncias presentes na água de cozimento. Além do sal de cozinha(NaCl), nela se encontram carboidratos, proteínas e sais minerais. Cientificamente, sabe-se que essa mudança de cor da chama ocorre pela