Texto base: Textos para à questão. Texto 1 – poema verbal Soneto 14 tortuosas linhas, 13
labirintos sem fim e sem começo,
12 portas lacradas, 11 vezes
forçadas, talvez 10, até me esqueço. 9 questões de lógica celeste
ou 8 jogos de adivinhação,
7 ou 6 tentativas, todas vãs,
de escutar o que ainda não disseste. 5 metáforas jogadas fora
quando quero dizer-te que te adoro.
4 rimas rebeldes, 3 tropeços, 2 tombos e no entanto, finalmente,
nada que não pudesse resolver-se
em 1 simples bilhete adolescente. LEMOS, Tite de. Outros sonetos do caderno. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989. p. 11. Texto 2 – poema visual Nota:
Apartheid (palavra em africâner; significado: “separação”) foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
Enunciado:
Assinale a afirmação correta:
Questões relacionadas
- Química | 2.6 Eletroquímica
(UNICENTRO) As pilhas de zinco-mercúrio, utilizadas em relógios e cronômetros, produzem energia a partir das reações representadas pelas semi-equações:
Zn(s) + 2OH–(aq) ⇌ Zn(OH)2(s) + 2e–
HgO(s) + H2O(l) + 2e– ⇌ Hg(l) + 2OH–(aq)
A partir da análise dessas semi-equações, pode-se afirmar:
- Física | 2.5 Estática
(FUVEST 2009 1ª FASE) Em uma academia de musculação, uma barra B, com 2,0 m de comprimento e massa de 10 kg, está apoiada de forma simétrica em dois suportes, S1 e S2, separados por uma distância de 1,0 m, como indicado na figura. Para a realização de exercícios, vários discos, de diferentes massas M, podem ser colocados em encaixes, E, com seus centros a 0,10 m de cada extremidade da barra. O primeiro disco deve ser escolhido com cuidado, para não desequilibrar a barra. Dentre os discos disponíveis, cujas massas estão indicadas a seguir, aquele de maior massa e que pode ser colocado em um dos encaixes, sem desequilibrar a barra, é o disco de:
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Estória de um gibi da Turma da Mônica, intitulada Brincadeira de menino
Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.
OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa
Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado).
Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis, a estória mostra que
- Língua Portuguesa | 1.3 Voz Autoral, Crítica e Perspectiva do Eu-LíricoVez por outra, indo devolver um filme na locadora ou almoçar no árabe da rua de baixo, dobro uma esquina e tomo um susto. Ué, cadê o quarteirão que estava aqui? Onde na véspera havia casinhas geminadas, roseiras cuidadas por velhotas e janelas de adolescentes, cheias de adesivos, há apenas uma imensa cratera, cercada de tapumes. [...]Em breve, do buraco brotará um prédio, com grandes garagens e minúsculas varandas, e será batizado de Arizona Hills, ou Maison Lacroix, ou Plaza de Marbella, e isso me entristece. Não só porque ficará mais feio meu caminho até a locadora, ou até o árabe na rua de baixo, mas porque é meu bairro que morre, devagarinho. Os bairros, como os homens, também têm um espírito. [...]Às vezes, no fim da tarde, quando ouço o sino da igreja da Caiubi badalar seis vezes, quase acredito que estou numa cidade do interior. Aí saio para devolver os vídeos, olho para o lado, percebo que o quarteirão desapareceu e me dou conta de que estou em São Paulo, e que eu mesmo tenho minha cota de responsabilidade: moro no segundo andar de um prédio. [...] Ali embaixo, onde agora fica a garagem, já houve uma cratera, e antes dela o jardim de uma velhota e a janela de um adolescente, cheia de adesivos.PRATA, A. Perdizes. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34, 2010.Na crônica, a incidência do contexto social sobre a voz narrativa manifesta-se no(a):
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Texto base: 10470485
O texto a seguir é um trecho da narrativa policial O sinal dos quatro, de Arthur Conan Doyle, no qual o famoso detetive Sherlock Holmes e seu companheiro de trabalho, Watson, examinam a cena de um crime de assassinato. Leia-o para responder à questão. Sherlock Holmes faz uma demonstração — Agora, Watson, temos meia hora para nós — disse Holmes, esfregando as mãos. — Vamos empregá-la bem. Como lhe disse, o caso está quase todo esclarecido, mas não devemos cometer erros por causa do excesso de confiança. Embora pareça simples agora, o caso pode ter alguma coisa mais profunda por trás. — Simples! — exclamei. — Certamente — disse ele, com um certo ar de professor que dá uma explicação aos alunos. — Faça o favor de sentar-se naquele canto, para que suas pegadas não compliquem o caso. E agora, mãos à obra. Em primeiro lugar, como essas pessoas vieram e como foram embora? A porta não foi aberta desde ontem. E a janela? Levou a lanterna até lá, murmurando suas observações mais para si mesmo do que para mim: — Janela fechada por dentro, moldura sólida, não há gonzos de lado. Vamos abri-la: nenhum cano de água perto. Telhado inacessível. Apesar disso, um homem entrou pela janela. Choveu um pouco ontem à noite. Temos a marca redonda de lama, que se repete ali, no chão, e outra vez perto da mesa. Veja aqui, Watson. É realmente uma bela demonstração. Olhei para os discos nítidos de lama. — Isso não é uma pegada — eu disse. — É algo muito mais valioso para nós. É a marca de uma perna de pau. Você pode ver, no parapeito da janela temos a marca da bota. Uma bota pesada com um salto largo de metal e ao lado está a marca do toco de madeira. — É o homem da perna de pau! — Exatamente. Mas havia mais alguém, um cúmplice hábil e eficiente. Você poderia escalar aquele muro, doutor? Olhei para fora pela janela aberta. A lua brilhava ainda sobre o ângulo da casa. Estávamos a uns 18 metros do chão e, para onde quer que se olhasse, não se via nada onde se pudesse pôr o pé, nem sequer uma fenda no muro. — É completamente impossível. — Sem auxílio, é. Mas suponha que um amigo lhe atirasse aqui de cima esta boa corda que vejo ali no canto, e a amarrasse naquele enorme gancho na parede. Parece-me que, neste caso, se você fosse ágil, poderia subir com perna de pau e tudo. Voltaria como veio, e o seu cúmplice iria puxar a corda, tirá-la do gancho, fechar a janela por dentro com o trinco e sair como entrou. Como um pequeno detalhe, deve-se observar que o nosso homem da perna de pau, apesar de subir com perfeição, não é um marinheiro de profissão — ele continuou, examinando a corda. — Não tem as mãos calejadas; com a lente, descobri mais de uma mancha de sangue, principalmente no fim da corda, e daí concluí que ele escorregou com tanta velocidade que arrancou pele das mãos. — Está tudo muito bem, mas a coisa fica cada vez mais ininteligível. E o cúmplice? Como ele entrou? — Ah, sim, o cúmplice — repetiu Holmes, pensativo. — Há pontos muito interessantes sobre esse cúmplice. É por causa dele que este caso deixa de ser vulgar. Creio que esse cúmplice fez a sua estreia nos anais do crime neste país, pois casos semelhantes inspiram- -se na Índia e, se não me falha a memória, na Senegâmbia. Eu insisti: — Mas como ele entrou? A porta está trancada, a janela é inacessível. Será que foi pela chaminé? — A grade é pequena demais — respondeu Holmes. — Eu já tinha pensado nisso. — Então como foi? — continuei insistindo. — Você não aplica os meus preceitos — disse, meneando a cabeça. — Quantas vezes já lhe disse que, quando tiver eliminado o impossível, o que fica, por mais improvável que seja, deve ser a verdade? Sabemos que ele não entrou pela porta, nem pela janela, nem pela chaminé. Também sabemos que não podia estar escondido no quarto, porque não havia onde se esconder. Logo, por onde ele veio? — Pelo buraco do teto! — gritei. — Certamente. Deve ter sido assim... Se tiver a bondade de segurar a lanterna para mim, estenderemos nossas pesquisas ao quarto de cima, o quarto secreto onde foi achado o tesouro. DOYLE, Arthur Conan. O sinal dos quatro. In: Sherlock Holmes: obra completa. Tradução de Louisa Ibañez; Branca de Villa-Flor;
Edna Jansen de Mello. Rio de Janeiro: HarperCollins Brasil, 2016. p. 172-174.
Enunciado:
Leia o trecho de uma reportagem sobre a investigação de tráfico de animais silvestres em redes sociais.
De acordo com o Ibama, a rede social vem sendo usada como ferramenta para o tráfico de animais. Apesar de o canal expressamente proibir que a rede seja usada para a venda de animais, diversos perfis com esse tipo de negócio podem ser encontrados. Essa é a segunda operação do Ibama visando a rede. Na primeira, porém, a ação se baseou mais em denúncias. Desta vez, partiu de uma investigação proativa de pesquisa e identificação de traficantes.
“Durante a investigação encontramos 1 277 animais sendo expostos para venda e 85 exibidos sendo mantidos em cativeiro. Para 30 deles, conseguimos comprovar que houve a venda. Alguns morreram nesse meio tempo”, disse Roberto Cabral, coordenador de operações e fiscalização do Ibama. "É um volume significativo se considerarmos que esse é o último ponto antes do consumidor final."
Disponível em: <https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,ibama-faz-operacao-de-combate-ao-trafico-
de-animais-em-redes-sociais,70002338434>. Acesso em: 21 jul. 2018. Adaptado.
Comparando esse trecho com o de O sinal dos quatro, percebe-se que uma diferença em relação à obra de Arthur Conan Doyle é a