Explicaê

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 Leia o trecho de um poema de Carlos Drummond de Andrade, célebre poeta mineiro, para responder às questões.

  

[...]

Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

Estão paralisados, mas não há desespero,

há calma e frescura na superfície intata.

Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

Convive com teus poemas, antes de escrevê-los.

Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam.

Espera que cada um se realize e consume

com seu poder de palavra

e seu poder de silêncio.

Não forces o poema a desprender-se do limbo.

Não colhas no chão o poema que se perdeu.

Não adules o poema. Aceita-o

como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada

no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma

tem mil faces secretas sob a face neutra

e te pergunta, sem interesse pela resposta,

pobre ou terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave? [...]                                   

   

Disponível em: <http//drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poes>. Acesso em: 12 nov. 2012.

 

Releia o verso a seguir.

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Os termos grifados complementam os verbos existentes no período exercendo respectivamente a função de

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