O bonde abre a viagem,
No banco ninguém,
Estou só, stou sem.
Depois sobe um homem,
No banco sentou,
Companheiro vou.
O bonde está cheio,
De novo porém
Não sou mais ninguém. ANDRADE, M, Poesias completas. Belo Horizonte: Vila Rica,
1993.
Enunciado:
O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentração populacional nos centros urbanos geraram mudanças importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposição entr
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
TEXTO
Velhice
Vinícius de Moraes
[115] Virá o dia em que eu hei de ser um velho
experiente
Olhando as coisas através de uma filosofia
sensata
E lendo os clássicos com a afeição que a
[120] minha mocidade não permite.
Nesse dia Deus talvez tenha entrado
definitivamente em meu espírito
Ou talvez tenha saído definitivamente dele.
Então todos os meus atos serão
[125] encaminhados no sentido do túmulo
E todas as ideias autobiográficas da
mocidade terão desaparecido:
Ficará talvez somente a ideia do testamento
bem escrito.
[130] Serei um velho, não terei mocidade, nem
sexo, nem vida
Só terei uma experiência extraordinária.
Fecharei minha alma a todos e a tudo
Passará por mim muito longe o ruído da
[135] vida e do mundo
Só o ruído do coração doente me avisará de
uns restos de vida em mim.
Nem o cigarro da mocidade restará.
Será um cigarro forte que satisfará os
[140] pulmões viciados
E que dará a tudo um ar saturado de
velhice.
Não escreverei mais a lápis
E só usarei pergaminhos compridos.
[145] Terei um casaco de alpaca que me fechará
os olhos.
Serei um corpo sem mocidade, inútil, vazio
Cheio de irritação para com a vida
Cheio de irritação para comigo mesmo.
[150] O eterno velho que nada é, nada vale, nada
vive
O velho cujo único valor é ser o cadáver de
uma mocidade criadora.
MORAES, Vinícius. Velhice. Disponível em:http://www.viniciusdemoraes.com.br/ptbr/poesia/poesias-avulsas/velhice. Acesso: 23/9/17.
Pela leitura atenta do poema Velhice, depreende-se que o autor, ao tratar do tema da velhice, constrói o seu texto com um tom
- Ciências - Fundamental | 11. Os Materiais Artificiais
Sabemos que o uso de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos ajudam as pessoas nas tarefas do dia a dia. Observe a imagem e responda:
- De acordo com a imagem, escreva o nome de três equipamentos que precisam da energia elétrica para funcionar:
- Nessa cozinha, existe um eletrodoméstico muito utilizado para guardar e manter os alimentos evitando que eles se estraguem rapidamente. Qual é este eletrodoméstico?
- Matemática - Fundamental | 3.3 Centena
Enunciado:
Os números estão muito presentes em nossa vida nas situações retratadas nas imagens a seguir.
Em qual dessas situações o número foi utilizado como código?
- Biologia
Nos poríferos, há células diferentes para funções específicas. Assim, à sequência abaixo correspondem as respectivas funções:
I – Porócito
II – Coanócito
III – Escleroblasto
IV – Pinacócito
- Língua Portuguesa - Fundamental | 8.10 Biografia e Autobiografia
Texto base: Leia este texto
Ziraldo Alves Pinto nasceu em 24 de outubro de 1932, em Caratinga, Minas Gerais. É o mais velho de uma família de sete irmãos. Seu nome vem da combinação dos nomes de sua mãe, Zizinha, com o de seu pai, Geraldo. Assim surgiu o Zi-raldo, um nome único. Passou a infância em Caratinga, onde cursou o Grupo Escolar Princesa Isabel. Em 1949 foi com o avô para o Rio de Janeiro, onde cursou dois anos no MABE (Moderna Associação de Ensino). Em 1950 voltou para Caratinga para fazer o Tiro de Guerra. Terminou o Científico no Colégio Nossa Senhora das Graças. Em 1957, formou-se em Direito na Faculdade de Direito de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No ano seguinte casou-se com Vilma Gontijo, após sete anos de namoro. Ziraldo tem três filhos – Daniela, Fabrízia e Antônio – e seis netos. Desenha desde que se entende por gente. Quando criança, desenhava em todos os lugares – na calçada, nas paredes, na sala de aula... Outra de suas paixões desde a infância é a leitura. Lia tudo que lhe caía nas mãos: Monteiro Lobato, Viriato Correa, Clemente Luz (O Mágico), e todas as revistas em quadrinhos da época. Já nesse momento, ao ler as páginas do primeiro “gibi”, sentiu que ali estava o seu futuro. [...] No ano de 1969, grandes acontecimentos marcaram a vida do artista. [...] Foi ainda naquele ano que publicou seu primeiro livro infantil, Flicts, que relata a história de uma cor que não encontrava seu lugar no mundo. Nesse livro, usou o máximo de cores e o mínimo de palavras. A embaixada dos Estados Unidos no Brasil presenteou com um exemplar desse livro os astronautas americanos que pisaram na Lua pela primeira vez quando estes visitaram o Brasil. [...] A partir de 1979, Ziraldo passou a dedicar mais tempo à sua antiga paixão: escrever histórias para crianças. Nesse ano, publicou O Planeta Lilás, um poema de amor ao livro, em que mostra que ele é maior que o Universo, pois cabe inteirinho dentro de suas páginas. Em 1980, Ziraldo recebeu sua maior consagração como autor infantil, na Bienal do Livro de São Paulo, com o lançamento de O Menino Maluquinho. Esse livro se transformou no maior sucesso editorial da feira e ganhou o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo. Foi adaptado para o teatro, o cinema e para a web e teve uma versão para ópera infantil feita pelo maestro Ernani Aguiar. O Menino Maluquinho virou um verdadeiro símbolo do menino nacional. Em 1989, começaram a ser publicadas a revista e as tirinhas em quadrinhos [...]. Em 1994, O Menino Maluquinho, Bichinho da Maçã, Turma do Pererê e o próprio Saci-Pererê transformaram-se em selos comemorativos de Natal. Devido a essa homenagem dos Correios e Telégrafos ao artista, sua arte foi espalhada pelos quatro cantos do planeta, com votos de boas festas, feliz Natal e feliz ano novo. Os livros de Ziraldo já foram traduzidos para várias línguas, entre elas espanhol, italiano, inglês, alemão, francês e basco. [...] Em 2004, Ziraldo ganhou, com o livro Flicts, o prêmio internacional Hans Christian Andersen. Sua arte faz parte do nosso cotidiano e pode ser identificada em logotipos famosos; ilustrações de livros e revistas; caixinhas de fósforos, que viraram itens de colecionador; cartazes da Feira da Providência (no Rio) e do Ministério da Educação; centenas de camisetas e símbolos de campanhas públicas ou privadas. Ziraldo está sempre envolvido em novos projetos Disponível em: <http://www.educacional.com.br/ziraldo/biografia/detalhada.asp>. Acesso em: 12 out. 2013. (Fragmento)
No desenvolvimento do texto lido, o autor apresenta as principais obras de Ziraldo. A obra que mais destacou Ziraldo como escritor infantil é: