Leia o poema abaixo e, em seguida, responda à questão.
Cantada
Ferreira Gullar
Você é mais bonita que uma bola prateada
de papel de cigarro
Você é mais bonita que uma poça d’água
límpida
num lugar escondido
Você é mais bonita que uma zebra
que um filhote de onça
que um Boeing 707 em pleno ar
Você é mais bonita que um jardim florido
em frente ao mar em Ipanema
Você é mais bonita que uma refinaria da Petrobrás
de noite
mais bonita que Ursula Andress
que o Palácio da Alvorada
mais bonita que a alvorada
que o mar azul-safira
da República Dominicana
Olha,
você é tão bonita quanto o Rio de Janeiro
em maio
e quase tão bonita
quanto a Revolução Cubana.
Disponível em: <http://almaquemanifesta.tumblr.com/>.
Um indício da subjetividade típica de um poema lírico está:
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A empresa-rede pode realizar uma integração horizontal quando as diferentes unidades de produção fabricam produtos finais que constituem a essência do fluxo entre unidades que estão localizadas em países diferentes. Trata-se, na realidade, de uma especialização por produto. Um exemplo é a organização da Toyota no sudeste asiático, cuja distribuição de unidades de produção entre Tailândia, Malásia, Filipinas e Indonésia gera intenso fluxo intracorporativo.
Adaptado de PIRES DO RIO, G. A espacialidade da economia: superfícies, fluxos e redes. In: CASTRO, I. e outros. Olhares
geográficos: modos de ver e viver o espaço. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
O sucesso da estratégia empresarial descrita depende da seguinte característica econômica entre os países participantes:
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(FUVEST 2019 1° FASE) O gráfico mostra as temperaturas médias mensais históricas de cinco cidades, todas localizadas em altitudes próximas do nível do mar: Alexandria (Egito), Barcelona (Espanha), Buenos Aires (Argentina), Santos (SP, Brasil), São Luís (MA, Brasil).
No gráfico, essas cidades estão representadas, respectivamente, pelos símbolos:
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(UFRGS) Leia o soneto Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos, e o poema Pneumotórax, de Manuel Bandeira.
Psicologia de um vencido
Eu, filho do carbono e do amoníaco,Monstro de escuridão e rutilânciaSofro, desde a epigênese da infãncia,A influência má dos signos do zodíaco.Profundissimarnente hipocondríaco,Este ambiente me causa repugnância...Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsiaQue se escapa da boca de um cardíaco.Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,Na frialdade inorgânica da terra!Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que poda ter sido e não foi.
Tosse, tosse, tosse.Mandou chamar o médico:— Diga trinta e três.— Trinta e três... trinta e três... trinta e três...— Respire.— O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.— Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?— Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre os poemas.
( ) Os dois poemas tratam do problema da finitude do corpo, corroído por doenças, utilizando um vocabulário técnico, pouco comum à poesia.
( ) O soneto de Augusto dos Anjos apresenta as energias do universo, que se associam para formar o “Eu”, e não conseguem evitar a decomposição do corpo.
( ) O poema de Manuel Bandeira mostra a fragilidade do corpo, encarada de forma irônica, sem o tom grave de conspiração encontrado em Augusto dos Anjos.
( ) Os dois poemas evidenciam o destino implacável da destruição do homem desde que nasce, marcado pela presença dos vermes.
- História
A “Revolução de 1930” foi um movimento que reuniu grupos e lideranças de três diferentes estados que compuseram a chamada Aliança Liberal. Segundo FAUSTO (2006), a classe média deu lastro a Aliança Liberal, mas era por demais heterogênea e dependente das forças agrárias [...]. Os vitoriosos de 1930 compunham um quadro heterogêneo, tanto do ponto de vista social quanto político. [...] A partir de 1930 ocorreu uma troca de elite do poder sem grandes rupturas. Caíram os quadros oligárquicos tradicionais; subiram os militares, os técnicos diplomados, os jovens políticos e, um pouco mais tarde, os industriais.FAUSTO, B. História concisa do Brasil. 2. ed. São Paulo: Edusp, 2006, p.182.
A partir da leitura do excerto acima, avalie as seguintes afirmativas.
I. A “Revolução de 1930” inaugurou uma nova fase da República brasileira, na qual o Estado, diferentemente do que ocorreu na “República Velha” (1889-1930), buscou sua legitimidade em classes médias e populares, e não nas antigas oligarquias ligadas ao núcleo cafeeiro.
II. O excerto permite inferir que é preciso relativizar o enquadramento do movimento de 1930 na ideia de “revolução”. As transformações decorrentes da troca de elite do poder só seriam percebidas ao longo da “Era Vargas”.
III. A Aliança Liberal representava classes regionais não associadas ao núcleo político e econômico cafeeiro. Composta por Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraíba, a Aliança depôs o presidente Washington Luís e colocou Getúlio Vargas no poder.
Assinale a alternativa correta.
- Língua Portuguesa - Fundamental | 7.03 Predicado
Texto base: Leia a crônica de Luis Fernando Verissimo para responder à questão. A Novata Sandrinha nunca esqueceu o seu primeiro dia na redação. Os olhares que recebeu quando se encaminhou para a mesa do editor. De curiosidade. De superioridade. Ou apenas de indiferença. Do editor não recebeu olhar algum. — Quem é você? — ele perguntou, sem levantar a cabeça. Sandrinha se identificou. — Ah, a novata — disse ele. — Você deve ser das boas. Recém-formada e já botaram a trabalhar comigo. Você sabe o que a espera? — Bem, eu... — Esqueça tudo o que aprendeu na escola. Isto aqui é a linha de frente do jornalismo moderno. Aqui você tem que ter coragem. Garra. Instinto. Você acha que tem tudo isso? — Acho que sim. Ele a olhou pela primeira vez. Seu sorriso era cruel. — É o que veremos — disse. — já vi muita gente quebrar a cara aqui. Desistir e pedir transferência para a crônica policial. É preciso ter estômago. Você tem estômago? — Tenho. Ele gritou: — Dalva! Uma mulher aproximou-se da mesa. Tinha a cara de quem já viu tudo na vida e gostou de muito pouco. O editor perguntou: — Você já pegou o Rudi? — Estou indo agora. — Leve ela. Dalva olhou para Sandra como se tivesse acabado de tirá-la do nariz. Voltou a olhar para o editor. — Não sei, chefe. O Rudi... — Quero ver do que ela é feita. — Está bem. Antes de saírem, Dalva perguntou para Sandra: — Que equipamento você usa? Sandra mostrou o que tinha dentro da bolsa. Dalva mostrou o seu. — Certo. Vamos sincronizar gravadores. Testando. Um, dois, três... As duas aproximaram-se da porta do apartamento de Rudi. Antes de bater na porta, a veterana avisou: — Chegue para trás. De dentro do apartamento veio uma voz assustada. — Quem é? — Abra! A porta entreabriu-se. Rudi espiou para fora. Dalva empurrou a porta ao mesmo tempo que tirava o gravador da bolsa. Sandra a seguiu para dentro do apartamento. Rudi recuou. — Isto é invasão de privacidade! — gritou. — Quieto! Prepare-se para falar, Rudi. E lembre-se: tudo que você disser pode ser usado na edição de domingo. — Não vou dizer nada. Dalva forçou-o a sentar. O gravador já estava a milímetros da sua boca. — Ah, vai — disse Dalva. — Vai dizer tudo. Loção de barba! — Ahn... “Animal”, de Givenchy! — Cuecas justas ou tipo short? — Justas. — De que loja? — Não tenho uma loja favorita. — Pense melhor, Rudi. — Está bem. A “Papoulas”. — Sua cor favorita. — Verde. Não! Azul! — Vamos, Rudi. É verde ou é azul? — Azul, azul! — Quem você levaria para uma ilha deserta? — Não sei. Me deixem pensar. — “Pensar’”, Rudi? “Pensar”?! Você acha que está respondendo para o suplemento cultural? Vamos, quem você levaria para uma ilha deserta? Dalva registrou com surpresa que Sandrinha é que fizera a pergunta Rudi respondeu. — A minha mãe. Não. A Malu Mader. — Qual delas? — Não pode ser as duas? — Você sabe que não, Rudi. Estamos perdendo tempo. Quem? — A Malu Mader. — Pasta de dente. — Crest. — Seu livro de cabeceira. — Kalil Gibran. — Maior emoção. — Foi, foi... Quando minha cadela “Tutsi” teve filhotinhos. — Prato preferido? — Não sei. Não sei! — Sabe sim. — Picadinho de carne com ovo. — Sua filosofia. — Viver e deixar viver. — Se você não fosse você, quem gostaria de ser? — O... o... — Estamos esperando! — O Gerald Thomas ou o padre Marcelo Rossi! — Qual dos dois? — Fale! Agora Sandrinha também tinha seu microfone perto da boca de Rudi. — O padre Marcelo Rossi! Rudi começou a soluçar. Ás duas se olharam. Dalva permitiu-se um sorriso. — Você é boa, novata. Acho que vai se dar bem neste trabalho... — Obrigada. Mas Sandra não tinha terminado.— Não pense que acabou ainda, Rudi. Sabonete!VERISSIMO,
Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Para responder à questão, leve em consideração a oração abaixo: De dentro do apartamento veio uma voz assustada. Observe essa mesma oração na ordem direta (sujeito + verbo + objeto): Uma voz veio assustada de dentro do apartamento
Enunciado:
Qual é o tipo de predicado da oração?