(UFRGS) Leia o soneto Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos, e o poema Pneumotórax, de Manuel Bandeira.
Psicologia de um vencido
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que poda ter sido e não foi.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as seguintes afirmações sobre os poemas.
( ) Os dois poemas tratam do problema da finitude do corpo, corroído por doenças, utilizando um vocabulário técnico, pouco comum à poesia.
( ) O soneto de Augusto dos Anjos apresenta as energias do universo, que se associam para formar o “Eu”, e não conseguem evitar a decomposição do corpo.
( ) O poema de Manuel Bandeira mostra a fragilidade do corpo, encarada de forma irônica, sem o tom grave de conspiração encontrado em Augusto dos Anjos.
( ) Os dois poemas evidenciam o destino implacável da destruição do homem desde que nasce, marcado pela presença dos vermes.