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Materiais recicláveis viram obras de arte na mão de brasileira

04/28/2010 02:35:06 PM

 

Tudo se transforma nas mãos de Noemia Boccato.

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Obra em ferro e plástico derretido da artista Noemia Boccato.

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Pintura sobre papel alumínio.

     

Não importa se o material é reciclável ou não. Com certeza, vai virar obra pelas mãos de uma artista plástica. As transformações promovidas por Noemia Boccato poderão ser vistas de 3 a 27 de maio na Biblioteca Pública de Yonkers (NY). Utilizando ferro ou plástico, a brasileira segue investindo na criatividade.  

A mostra conta com trabalhos em ferro retorcido, plástico derretido e pintura em papel alumínio. Simples materiais ganham vida e levam os apreciadores da boa arte a um fantástico mundo de produção.  

Por telefone ao Comunidade News, a artista confidenciou que o uso de determinados materiais não tem o objetivo de falar da reciclagem propriamente dita. “Quero interagir com o material”, disse ela. Há quase 5 anos nos Estados Unidos, Noemia contou que nunca frequentou nenhuma escola de artes.  

Foi frequentando aulas com aquarela que percebeu a verdadeira vocação e a paixão pelas artes plásticas. “Comecei a ampliar meus horizontes com outras possibilidades”. Foi um processo autodidata, feito de muita leitura e observação.  

Noemia vê Nova Iorque como um local de inúmeras possibilidades. A linha atual de trabalho começou a ser desenvolvida depois que a artista veio morar no país. A primeira exposição nos EUA foi coletiva. Depois, seguiram-se peças para alguns eventos.  

Na mão dela, tudo se transforma. Como por exemplo, um livro, comprado em um sebo (livraria onde se vendem livros usados). “Ele estava se desmanchando”. Quando faz um trabalho, Noemia quer muito mais do que um mero ornamento. “Muita coisa minha não é decorativa, mas abrange a dimensão do significado, beleza, criatividade”.  

 

  Arte para um mundo melhor  

E é assim desde a infância. Qualquer utensílio que caía na mão de Noemia era utilizado até seu final definitivo. O material de trabalho é chamado por ela de “ex-objeto”, ou seja, é tudo aquilo que não tem mais utilidade e vai para o lixo. Pelas mãos da artista, os “ex-objetos” assumem uma identidade.  

Quando fala sobre criatividade, Noemia não sabe definir se ela existe pelo fato de ser brasileira, mas arrisca um palpite. “Acho que em parte sim, faz parte da nossa cultura”.  

O próximo passo da artista é o investimento na divulgação da carreira, com exposições já agendadas para setembro e novembro próximos. Viveu recentemente uma fantástica experiência no Haiti, onde trabalhou como voluntária. Devastado por um terremoto em janeiro último, o país conta agora com ajuda humanitária para se reconstruir.  

A artista estuda atualmente uma proposta de levar as artes até os acampamentos do país destruído. Esta contribuição, de acordo com Noemia, desenvolve no povo a autonomia e o potencial criativo. Com início previsto para o próximo verão, o trabalho terá a participação de artistas dos Estados Unidos e de organizações que estão no Haiti. Entre as atividades estão as artes visuais, o teatro e o artesanato.  

A exposição de Noemia Boccato será no Departamento de Artes Plásticas da Biblioteca Pública de Yonkers, no prédio Grinton I. Will, 1500 Central Park Avenue, telefone (914) 337-1500.  

   

  http://www.comunidadenews.com/educacao/materiais-reciclaveis-viram-obras-de-arte-na-mao-de-brasileira-6078  

   

Converse com a turma sobre as inúmeras possibilidades quando se trata de escolher materiais para uma obra de arte. Peça aos alunos que pesquisem sobre o uso de materiais diferentes em obras de arte em livros, revistas, jornais e sites, e que busquem visualizar imagens de obras de arte feitas com esses materiais menos convencionais que geralmente são sobras e aproveitamento de coisas que já não usamos mais.  

   

Abra um espaço para discutirem sobre as pesquisas e compartilhe o texto acima. Proponha aos alunos que durante uma semana juntem em casa materiais de sucata, ou seja, tudo que seria descartado e que não é perecível poderá ser levado para a aula. Divida a turma em grupos e proponha que cada grupo crie uma escultura com o material que juntaram, de forma que essa escultura tenha como mensagem a preservação da natureza.  

   

Combine com a turma uma exposição dos trabalhos no espaço cultural da escola.