Texto base: Leia o trecho do livro Um Rio Chamado Atlântico: A África no Brasil e o Brasil na África. Para as estruturas de poder africanas, a venda de escravos era essencial à obtenção de armas de fogo, de munição e de uma vasta gama de objetos que davam status e prestígio aos seus possuidores. O sistema de troca de seres humanos (geralmente prisioneiros de guerra e presos comuns ou políticos) por armas de fogo e outros bens consolidara-se ao longo dos séculos, desde o primeiro contato com os europeus na África, e não podia ser facilmente substituído pelo comércio normal. Há quem pense que o interesse de alguns africanos na manutenção do tráfico era ainda maior do que o dos armadores de barcos negreiros ou o dos senhores de engenhos e de plantações no continente americano. SILVA, Alberto Costa e. Um Rio Chamado Atlântico: A África no Brasil e o Brasil na África. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Ed. UFRJ, 2003. p. 18. (Fragmento)
Enunciado:
a)Tendo como referência o título do livro de Alberto Costa e Silva, explique a participação do Brasil no tráfico negreiro.
b) Justifique o interesse dos reis africanos no tráfico negreiro.