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Leia a crônica “O telefone”, de Rubem Braga, para responder à questão. O telefone Honrado Senhor Diretor da Companhia Telefônica Quem vos escreve é um desses desagradáveis sujeitos chamados assinantes; e do tipo mais baixo: dos que atingiram essa qualidade depois de uma longa espera na fila. Não venho, senhor, reclamar nenhum direito. Li o vosso Regulamento e sei que não tenho direito a coisa alguma, a não ser pagar a conta [...] Ele nos ensina a ser humildes; ele nos mostra o quanto nós, assinantes, somos desprezíveis e fracos. Aconteceu, por exemplo, senhor, que outro dia um velho amigo deu-me o prazer de me fazer uma visita [...] Ia a conversa quente e cordial [...] quando o telefone tocou. Atendi. Era alguém que queria falar ao meu amigo. Um assinante mais leviano teria chamado o amigo para falar. Sou, entretanto, um severo respeitador do (substantivo) ; em vista do que, (verbo) ao meu amigo que alguém queria lhe falar, o que infelizmente eu não podia permitir; estava, entretanto, disposto a tomar e transmitir qualquer recado. Irritou-se o amigo, mas fiquei (adjetivo) mostrando-lhe o artigo 2 do Regulamento, segundo o qual o aparelho instalado em minha casa só pode ser usado “pelo assinante, pessoas de sua família, seus representantes ou empregados”. Devo dizer que perdi o amigo, mas salvei o Respeito ao Regulamento [...] BRAGA. Rubem. O telefone. In: Crônicas.
São Paulo: Ática, 1979. (Coleção para gostar de ler).
Enunciado:
A partir dos detalhes da crônica, o leitor pode inferir que o assinante da linha telefônica é uma pessoa: