Disponível em <http://www.ship.pt/publicacoes/revista4_popup.php> Acesso em 01/07/2010
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Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
São Paulo, sábado, 9 de maio de 2009 A GESTAÇÃO DAS PALAVRAS Uma frase, uma imagem ou uma saudade podem fazer a imaginação de autores funcionar a mil GABRIELA ROMEU EDITORA-ASSISTENTE DA FOLHINHA Até virar um livro, a ideia de uma história nasce dos mais variados jeitos. Pode ter gestação longa ou curtíssima. Às vezes, surge do "nada". Outras vezes, é provocada só por uma imagem, uma frase ou uma situação. E alguns escritores têm uma fonte de inspiração bem pertinho, em casa. São seus filhos, que, meio sem querer, sinalizam o caminho para uma boa história. Basta ficar bem atento, indica o escritor Ilan Brenman, sempre surpreendido pelas situações vividas com as filhas - Lis, 5, e Íris, 2. Um exemplo? Há algum tempo, a mais velha soltou um pum bem fedido na sala - será que foi ela mesmo? Os pais riram da traquinagem, mas a menina desabou a chorar. A mãe, Tali, tentou consertar e disse: "Filha, até as princesas soltam pum". O pai não disse nada, correu para anotar a frase. O episódio foi a inspiração de um de seus livros recentes. Adivinhe o nome? "Até as Princesas Soltam Pum" (ed. Brinque-Book). Foi também o filho de Fátima Miguez que impulsionou sua carreira literária quando pediu para que ela criasse uma história. Quando questionado sobre qual seria o nome da aventura, o menino soltou: "A Cama que Não Lava o Pé". Ela embarcou na brincadeira e, alguns anos e muitas histórias depois, esse foi seu livro de estreia no mundo do "era uma vez". Cecília, 7, e Nino, 5, também trazem referências para a criação da mãe, a ilustradora e escritora mineira Marilda Castanha. Foi num passeio por um museu de ciências, por exemplo, que o medo dos pequenos de uma preguiça-gigante trouxe ideias frescas para "Pula Preguiça", que ainda será lançado. Ela até tem um caderno com preciosas "260 frases" dos filhos. São sementes que podem fazer brotar imagens e palavras. Saudade rende história Saudade também é inspiração para o nascimento de histórias. O escritor-ilustrador André Neves escreveu "A Caligrafia de Dona Sofia" (ed. Paulinas) por conta das boas lembranças de uma professora de artes lá de Recife, cidade onde o rapaz nasceu. Dona Sofia não é o nome da professora dele, mas tinha o mesmo costume de escrever coisas pelas paredes da casa. Não só de saudade vive sua criação. "Como sou ilustrador, boa parte das minhas histórias vem de imagens, pode ser só uma imagem. Podem ser imagens da vida contemporânea, de uma cena de rua ou de uma fotografia", explica. De todos os lugares e de lugar nenhum O escritor e roteirista Almir Correia cria personagens e versos bem inusitados em sua obra. Ele conta que suas histórias "nascem de todos os lugares e de lugar nenhum". Duas palavras na cabeça podem ser o suficiente para ele se meter numa aventura. Foi assim quando pensou na combinação de carrapatos e catapultas, que virou assunto de uma animação. "E agora, o que fazer com elas? Pensei, pensei, pesquisei." A dupla rendeu uma história num mundo em outra galáxia, onde as catapultas são o principal meio de transporte para esses seres minúsculos. "A realidade também sempre nos inspira a contar histórias. O mais saboroso é modificá-la, dar novas cores, cheiros e possibilidades." Criança é fonte de inspiração Tatiana Belinky tem muitos anos de vida: 90. Mas ela coleciona um número ainda maior de livros publicados: mais de 120. De onde surge tanta inspiração para escrever? "Ah, estou sempre pensando em alguma coisa engraçada, em alguma brincadeira qualquer." E ela conta que está sempre atenta ao que dizem as crianças onde quer que vá. As crianças, ela explica, "são uma barbaridade de histórias". Se ficar bem atento, tudo o que elas dizem pode render alguma peripécia no mundo do "era uma vez". "Aprendi muitas coisas com as crianças. Aprendi mais com as crianças do que com os livros", afirma, sem titubear. De ponto em ponto A escritora Índigo diz que é difícil saber como surgem as ideias para uma história: "Parecem que surgem do nada mesmo". Mas ela descobriu há uns seis anos como faz para desatar o nó de uma narrativa enrolada. "O jeito é bordar", diz. Ela tem em casa um bordado que começou há uns 14 anos e, sempre que tem dificuldade para encontrar a solução para um trecho de uma história que está desenvolvendo, ela troca as palavras pelos pontos. De ponto em ponto, ela encontra uma saída. O bordado e a história avançam. O único problema é que esse bordado não pode acabar nunca! Um banho de ideias Muitos escritores dizem que a gestação de um livro pode demorar muito mais do que nove meses - às vezes, leva anos e anos. Um dos livros de Ângela Lago, no entanto, foi feito durante uma chuveirada. Foi o seu primeiro livro premiado: "Uni Duni e Tê" (ed. Moderna), lançado nos anos 80. Enquanto tomava banho, cantava cantigas de roda e começou a imaginar uma história policial com personagens como Zé do Cravo (aquele que brigou com a Rosa), Dona Chica (de "Atirei o Pau no Gato") e Sambalelê (aquele que estava com a "cabeça quebrada"). "Geralmente, o processo de criação é lento e trabalhoso, mas essa história foi dada. Provavelmente, escrevi numa sentada", conta. Mas isso é coisa rara, ela avisa. Disponível em <http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/dicas/di09050905.htm> Acesso em 22/05/2009
Sobre o escritor André Neves, a reportagem diz que “não só de saudade vive sua criação”, por que
- Física | 4.4 Lentes e Visão
Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma lente esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada a 3 cm da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.
Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente utilizada pelo estudante é igual a:
- História | 4.1 Alta Idade Média
A Idade Média, na Europa, foi caracterizada pelo aparecimento, apogeu e decadência de um sistema econômico, político e social denominado feudalismo. Assinale a alternativa que apresenta de forma correta características do sistema feudal.
- Língua Espanhola | 1. Interpretação de Textos
[1] Pero lo que más que nada contribuye directamente
a nuestra felicidad es un humor jovial, porque esta buena
cualidad encuentra inmediatamente su recompensa en sí
[4] misma. En efecto: el que es alegre, tiene siempre motivo para
serlo, por lo mismo que lo es. Nada puede remplazar a todos
los demás bienes tan completamente como esta cualidad,
[7] mientras que ella misma no puede reemplazarse por nada.
Que un hombre sea joven, hermoso, rico, y considerado, para
poder juzgar su felicidad la cuestión sería saber si, además es
[10] alegre; en cambio si es alegre, entonces poco importa que sea
joven o viejo, bien formado o contrahecho, pobre o rico: es
feliz.
[13] Así pues debemos abrir puertas y ventanas a la
alegría, siempre que se presente, porque nunca llega a
destiempo, en vez de vacilar en admitirla, como a menudo
[16] Hacemos, queriendo primero darnos cuenta de si tenemos
motivos para estar contentos por todos conceptos, o por
miedo de que nos aparte de meditaciones serias o de graves
[19] Preocupaciones; y sin embargo, es muy incierto que ellas
puedan mejorar nuestra situación, al paso que la alegría es un
benefício imediato. Ella sola es, por decirlo así, el dinero
[22] Conante y sonante de la felicidad.
Es cierto que nada contribuye menos a la alegría que
la riqueza, y nada contribuye más que la salud; en las clases
[25] inferiores, entre los trabajadores de la tierra, se observan los
rostros alegres y contentos; en los ricos y grandes dominan
las figuras melancólicas.
Arthur Schopenhauer. Parerga y Paralipómena. Internet: (con adaptaciones).
Juzgue lo ítem siguiente a partir del texto de arriba.
O conhecimento do que o homem é em sua natureza real é o que explica seu desejo de viver.
- Língua Portuguesa | 1.2 Estratégias Empregadas na Construção do Texto
Competição e individualismo excessivos ameaçam saúde dos trabalhadores
Ideologia do individualismo
O novo cenário mundial do trabalho apresenta facetas como a da competição globalizada e a da ideologia
do individualismo. A afirmação foi feita pelo professor da Universidade de Brasília (UnB) Mário César
Ferreira, ao participar do seminário Trabalho em Debate: Crise e Oportunidades.
[5] Segundo ele, pela primeira vez, há uma ligação direta entre trabalho e índices de suicídio, sobretudo na
França, em função das mudanças focadas na ideia de excelência.
Fim da especialização
“A configuração do mundo do trabalho é cada vez mais volátil”, disse o professor. Ele destacou ainda a
crescente expansão do terceiro setor, do trabalho em domicílio e do trabalho feminino, bem como a exclusão
[10] de perfis como o de trabalhadores jovens e dos fortemente especializados. “As organizações preferem
perfis polivalentes e multifuncionais.” Desta forma, a escolarização clássica do trabalhador amplia-se
para a qualificação contínua, enquanto a ultraespecialização evolui para a multiespecialização.
Metamorfoses do trabalho
Ele ressaltou que as “metamorfoses” no cenário do trabalho não são “indolores” para os que trabalham e
[15] provocam erros frequentes, retrabalho, danificação de máquinas e queda de produtividade.
Outra grande consequência, de acordo com o professor, diz respeito à saúde dos trabalhadores, que leva
à alta rotatividade nos postos de trabalho e aos casos de suicídio. “Trata-se de um cenário em que todos
perdem, a sociedade, os governantes e, em particular, os trabalhadores”, avaliou.
Articulação entre econômico e social
[20] Para a coordenadora da Diretoria de Cooperação e Desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), Christiane Girard, a problemática das relações de trabalho envolve também uma questão:
qual o tipo de desenvolvimento que nós, como cidadãos, queremos ter?
Segundo Christiane, é preciso “articular” o econômico e o social, como acontece na economia solidária.
“Ela é uma das alternativas que aparecem e precisa ser discutida. A resposta do trabalhador se manifesta
[25] por meio do estresse, de doenças diversas e do suicídio. A gente não se pergunta o suficiente sobre o peso
da gestão do trabalho”, disse a representante do Ipea.
Adaptado de www.diariodasaude.com.br
No texto, as falas do professor universitário e da coordenadora do instituto de pesquisa reforçam o sentido geral antecipado pelo título da matéria jornalística.
A citação de falas como as referidas acima é um recurso conhecido da argumentação.
Esse recurso está corretamente descrito em: