Texto base: A reportagem apresentada a seguir relata um problema recorrente na capital mineira, os alagamentos. “Moradores de Belo Horizonte vivem, a cada chuva, uma história de medo e insegurança. O motorista Donizete de Paulo Xavier, de 61 anos, passou por esses sentimentos. Na tarde dessa quinta-feira, o Córrego do Onça transbordou e alagou a Avenida Lucas de Oliveira, no Bairro Jardim Guanabara, na Região Nordeste. A água chegou a entrar em algumas casas. “Moro aqui há 26 anos e nunca tinha visto isso. É a segunda vez em menos de uma semana”, contou. [...].” Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2018/03/22/interna_gerais,946028/segunda-vez-em-uma-semana-diz-morador-sobre-alagemnto-em-bh.shtml>. Acesso em: 02 abr. 2018.
Enunciado:
Uma atividade que pode potencializar os alagamentos nas grandes cidades é a
Questões relacionadas
- Ciências - Fundamental | 02. Transformações da Matéria
Texto base:
Um processo realizado pelo Saccharomyces cerevisae proporciona o crescimento da massa do pão.
Enunciado:
O processo realizado pelo ser em questão e a explicação pela qual ele promove o crescimento da massa é a
- Ciências - Fundamental | 04. Características dos animais
Complete as frases usando as palavras do quadro.
IGUAIS RITUAL ATRAIR ACASALAMENTO PARECIDOS NUPCIAL
a) As fêmeas e os machos dos animais são ..................................................., mas não são ................................................... .
b) Os machos de algumas aves têm a plumagem mais colorida porque isso serve para .................................................................. as fêmeas na hora do ............................................................................. .
c) Antes do acasalamento, muitos animais praticam um .................................................. chamado de dança .......................................................... .
- História
No dia 05 de outubro de 1988, foi promulgada a nova Constituição brasileira. No que tange a algumas disposições do novo texto constitucional, é correto afirmar que
I. foi estendido o direito de voto aos analfabetos e aos adolescentes a partir dos 16 anos de idade.
II. a tortura e o racismo foram reconhecidos como crimes inafiançáveis.
III. foram determinadas medidas de proteção ao meio ambiente e aos grupos indígenas.
Estão corretas as complementações contidas em:
- Física | A. Imãs e Campo Magnético
(UNESP) Um ímã em forma de barra, com seus polos Norte e Sul, é colocado sob uma superfície coberta com partículas de limalha de ferro, fazendo com que elas se alinhem segundo seu campo magnético. Se quatro pequenas bússolas, 1, 2, 3 e 4, forem colocadas em repouso nas posições indicadas na figura, no mesmo plano que contém a limalha, suas agulhas magnéticas orientam-se segundo as linhas do campo magnético criado pelo ímã.
Desconsiderando o campo magnético terrestre e considerando que a agulha magnética de cada bússola seja representada por uma seta que se orienta na mesma direção e no mesmo sentido do vetor campo magnético associado ao ponto em que ela foi colocada, assinale a alternativa que indica, correta e respectivamente, as configurações das agulhas das bússolas 1, 2, 3 e 4 na situação descrita.
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
Quem tem o direito de falar?
A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Na verdade, a política é
também uma questão de circulação de afetos, da maneira como eles irão criar vínculos sociais,
afetando os que fazem parte desses vínculos.
A maneira como somos afetados define o que somos e o que não somos capazes de ver, sentir e
{5}perceber. Definido o que vejo, sinto e percebo, definem-se o campo das minhas ações, a maneira
como julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu mundo.
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a circulação de uma
mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio no Mar Mediterrâneo. Nesse sentido, foi
muito interessante pesquisar as reações de certos europeus que invadiram sites de notícias de seu
{10}continente com posts e comentários. Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles
jornais que decidiram publicar a foto. Eles diziam basicamente a mesma coisa: “parem de nos
mostrar o que não queremos ver”.
Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos circuitos dominantes de afetos.
Prova disso foi o fato de tal foto produzir o que vários discursos até então não haviam conseguido:
{15}a suspensão temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos refugiados.
De fato, sabemos que faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é visível e qual é
invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem fala e quem não fala.
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem não tem direito à voz.
Isso é o que nos lembram todos aqueles que se engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis
{20}e objetos de violência contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre
tantos outros).
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar a fala. A princípio, isso pode parecer
um ato de dar voz aos excluídos e subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas
dos negros, mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. No entanto, essa
{25}é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar mais atentos a tal estratégia de
silenciamento identitário. Ao final, ela quer nos levar a acreditar que negros devem apenas falar
dos problemas dos negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres.
Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não circulavam, mas, quando aceito limitar minha
fala pela identidade que supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de afetos,
{30}pois não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do meu sofrimento.
Ser um sujeito político é conseguir enunciar proposições que podem implicar qualquer um, ou seja,
que se dirigem a essa dimensão do “qualquer um” que faz parte de cada um de nós. É quando nos
colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de desestabilização. O verdadeiro
medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer um.
VLADIMIR SAFATLE Adaptado de Folha de S. Paulo, 25/09/2015.
essa dimensão do “qualquer um” que faz parte de cada um de nós. (ℓ. 32)