Para responder à questão, leia a entrevista a seguir, com o escritor Ziraldo, publicada na Folhinha, suplemento do jornal Folha de S.Paulo, por ocasião do lançamento do musical Menino Maluquinho.
Antes de escrever O Menino Maluquinho (1980), Ziraldo trabalhava como jornalista e dava palestras sobre política pelo país. Em uma delas, falou para pais e professores sobre a educação dos filhos. "Disse que devíamos preparar os filhos para o dia de hoje, pois o futuro será feito de muitos hojes." Quando chegou em casa, já tinha a ideia do livro na cabeça. Nasceu Maluquinho, que vive um dia por vez, intensamente. Folhinha — Você foi o Menino Maluquinho? Ziraldo — Fui um menino feliz. Meus pais eram muito simples, mas me passaram a sensação de que estavam cuidando, todos os dias, para que seus filhos fossem dormir felizes. Eu, por exemplo, podia desenhar em tudo quanto é parede, papel, livro ou móvel que achasse pela frente. Minha mãe brincava conosco como se fosse uma criança. Folhinha — As crianças de hoje mudaram em relação às daquela época? Ziraldo — Desde o Menino Jesus, as crianças são as mesmas. Sofrem e se sentem felizes pelas mesmíssimas razões. O que mudou foi seu entorno. Quem soltava papagaio hoje quer voar de asa delta; quem montava um rádio domina a internet; quem rodava pião joga no computador. Folhinha — _______________________________? Ziraldo — O que ele tem de diferente é o seu alto nível profissional. O Maluquinho já virou tudo: HQ, tira de jornal, peça de teatro, balé, cinema, série de TV e até ópera. Só faltava fazer o musical, né? Disponível em: <www1.folha.uol.com.br/folhinha/2014/04/1441786-a-crianca-nunca-muda-diz-ziraldo-leiaentrevista.shtml>. Adaptado. Vocabulário:
papagaio – pipa
Sobre o trecho que antecede as perguntas do jornalista e as respostas de Ziraldo, é correto afirmar que