Raios são descargas elétricas que podem provocar choques fortíssimos. Eles se formam quando partículas de gelo e água, que estão dentro das nuvens, colidem e trocam cargas elétricas. Em certo momento, tantas partículas se batem que ocorrem descargas elétricas na nuvem. Algumas saem das nuvens e podem passar de uma nuvem para outra ou atingir o solo.
Disponível em: <www.recreio.com.br/licao-de-casa/saiba-mais-sobreos-raios-este-incrivel-fenomeno-natureza>.Acesso em: 28 abr. 2015. Adaptado.
Raios durante uma tempestade
Para se proteger dos raios em uma tempestade, é necessário
Questões relacionadas
- Geografia - Fundamental | 05. A Modernização das atividades econômicas
Leia a reportagem e responda à questão.
COSTURA DO BEM
Daniel Tavares
Revista Elle – 11/2009 Uma calça masculina social vira um short feminino balonê. Um lenço se transforma em um top curtinho. Dois vestidos antigos misturados dão origem a um terceiro, mais moderno e com decote nas costas. Essas foram algumas das transformações que ganharam vida no projeto Moda Reciclada, um laboratório criativo liderado por Alexandre Herchcovitch, que teve como parceiras as costureiras da ONG Florescer, na Região Sul de São Paulo. O mais divertido foi que as peças que serviram de matéria-prima vieram de doações e todo mundo pôde ver o resultado final do trabalho numa exposição. (...) A experiência trouxe ainda outros frutos. Segundo as oito costureiras que trabalharam com Alexandre, a convivência com o estilista foi extremamente produtiva e deve ajudar a grife Recicla Jeans, que nasceu na ONG e tem uma loja própria em São Paulo. "Herchcovitch trouxe muitas ideias e técnicas que não conhecíamos", diz a costureira Iracilda Loiola de Sena, coordenadora do grupo, que cria roupas novas com jeans usados. Para Herchcovitch, a iniciativa beneficia ambas as partes e faz com que todos melhorem como pessoas e profissionais. Embora seja a primeira vez que ele faz esse tipo de parceria, a reciclagem aparece com frequência em seu trabalho. "É preciso evitar o desperdício. Por isso, reciclar é uma ótima saída para a moda. Daqui a alguns anos, haverá vários ateliês especializados em transformar as roupas que você não quer", diz Alexandre. (...) Disponível em <http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/atitude/moda-reciclagem-acao-social-estilista-costureira-comunidade-514522.shtml> Acesso em 01/12/2009
Cite um fenômeno no mundo natural e um no mundo cultural que foram necessários para fazer os produtos citados na reportagem.
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
Texto 1
Felicidade clandestina
[1] Ela era gorda, baixa, sardenta e de
cabelos crespos, meio arruivados. Tinha
um busto enorme, enquanto nós todas
ainda éramos achatadas. Como se não
[5] bastasse, enchia os dois bolsos da blusa,
por cima do busto, com balas. Mas possuía
o que qualquer criança devoradora de
histórias gostaria de ter: um pai dono de
livraria.
[10] Pouco aproveitava. E nós menos ainda.
Mas que talento tinha para a crueldade.
Ela toda era pura vingança, chupando
balas com barulho. Como essa menina
devia nos odiar, nós que éramos
[15] imperdoavelmente bonitinhas, esguias,
altinhas, de cabelos livres. Comigo
exerceu com calma ferocidade o seu
sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem
notava as humilhações a que ela me
[20] submetia: continuava a implorar-lhe
emprestados os livros que ela não lia.
Até que veio para ela o magno dia de
começar a exercer sobre mim uma tortura
chinesa. Como casualmente, informou-me
[25] que possuía As reinações de Narizinho, de
Monteiro Lobato.
Era um livro grosso, meu Deus, era um
livro para se ficar vivendo com ele,
comendo-o, dormindo-o. E completamente
[30] acima de minhas posses. Disse-me que eu
passasse pela sua casa no dia seguinte e
que ela o emprestaria.
No dia seguinte, fui à sua casa
literalmente correndo. Não me mandou
[35] entrar. Olhando bem para meus olhos,
disse-me que havia emprestado o livro a
outra menina, e que eu voltasse no outro
dia para buscá-lo.
Mas não ficou simplesmente nisso. O
[40] plano secreto da filha do dono da livraria
era tranquilo e diabólico. No dia seguinte
lá estava eu à porta de sua casa, com um
sorriso e o coração batendo. Para ouvir a
resposta calma: o livro ainda não estava
[45] em seu poder, que eu voltasse no dia
seguinte.
E assim continuou. Quanto tempo? Não
sei. Ela sabia que era tempo indefinido,
enquanto o fel não escorresse todo de seu
[50] corpo grosso. Eu já começara a adivinhar
que ela me escolhera para eu sofrer, às
vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo,
às vezes aceito: como se quem quer me
fazer sofrer esteja precisando
[55] danadamente que eu sofra.
Quanto tempo? Eu ia diariamente à sua
casa, sem faltar um dia sequer.
Até que um dia, quando eu estava à
porta de sua casa, ouvindo humilde e
[60] silenciosa a sua recusa, apareceu sua
mãe. Ela devia estar estranhando a
aparição muda e diária daquela menina à
porta de sua casa. Pediu explicações a nós
duas. Houve uma confusão silenciosa,
[65] entrecortada de palavras pouco
elucidativas. A senhora achava cada vez
mais estranho o fato de não estar
entendendo. Até que essa mãe boa
entendeu. Voltou-se para a filha e com
[70] enorme surpresa exclamou: mas este livro
nunca saiu daqui de casa e você nem quis
ler!
E o pior para essa mulher não era a
descoberta do que acontecia. Devia ser a
[75] descoberta horrorizada da filha que tinha.
Ela nos espiava em silêncio: a potência de
perversidade de sua filha desconhecida e a
menina loura em pé à porta, exausta, ao
vento das ruas de Recife. Foi então que,
[80] finalmente se refazendo, disse firme e
calma para a filha: você vai emprestar o
livro agora mesmo. E para mim: “E você
fica com o livro por quanto tempo quiser”.
Entendem? Valia mais do que me dar o
[85] livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo
o que uma pessoa, grande ou pequena,
pode ter a ousadia de querer.
Como contar o que se seguiu? Eu
estava estonteada, e assim recebi o livro
[90] na mão. Acho que eu não disse nada.
Peguei o livro. Não, não saí pulando como
sempre. Saí andando bem devagar. Sei
que segurava o livro grosso com as duas
mãos, comprimindo-o contra o peito.
[95] Quanto tempo levei até chegar em casa,
também pouco importa. Meu peito estava
quente. Meu coração pensativo.
Chegando em casa, não comecei a ler.
Fingia que não o tinha, só para depois ter
[100] o susto de o ter. Horas depois abri-o, li
algumas linhas maravilhosas, fechei-o de
novo, fui passear pela casa, adiei ainda
mais indo comer pão com manteiga, fingi
que não sabia onde guardara o livro,
[105] achava-o, abria-o por alguns instantes.
Criava as mais falsas dificuldades para
aquela coisa clandestina que era a
felicidade. A felicidade sempre iria ser
clandestina para mim. Parece que eu já
[110] pressentia. Como demorei! Eu vivia no
ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu
era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede,
balançando-me com o livro aberto no colo,
[115] sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um
livro: era uma mulher com o seu amante.
(Clarice Lispector. Clarice na cabeceira. p. 185-188. Adaptação.)
Marque a opção que explica, pela lógica do texto, o fato de a menina loura, menina 1, submeter-se ao que ela chama de “tortura chinesa” (linhas 23- 24), promovida pela colega, menina 2.
- Literatura | 5.2 Modernismo
Ó meio-dia confuso,
ó vinte-e-um de abril sinistro,
que intrigas de ouro e de sonho
houve em tua formação?
Quem ordena, julga e pune?
Quem é culpado e inocente?
Na mesma cova do tempo
cai o castigo e o perdão.
Morre a tinta das sentenças
e o sangue dos enforcados...
— liras, espadas e cruzes
pura cinza agora são.
Na mesma cova, as palavras,
o secreto pensamento,
as coroas e os machados,
mentira e verdade estão.
[...]
MEIRELES, C. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Aguilar, 1972. (fragmento)
O poema de Cecília Meireles tem como ponto de partida um fato da história nacional, a Inconfidência Mineira. Nesse poema, a relação entre texto literário e contexto histórico indica que a produção literária é sempre uma recriação da realidade, mesmo quando faz referência a um fato histórico determinado. No poema de Cecília Meireles, a recriação se concretiza por meio
- Biologia | 8.4 Protista e Protozooses
Estima-se que, no Brasil, mais de 2 milhões de pessoas sofram da doença de Chagas, sobretudo na região Norte. A transmissão dessa doença ocorre quando as fezes contaminadas do barbeiro entram em contato com mucosas ou escoriações na pele, mas também pode ocorrer por meio
- Biologia | 12.2 Cadeia e Teias Alimentares, Pirâmides e Energia
(IFPE) Observe o poema abaixo.
O capim nasce da terra / Tão viçoso tão verdinho /
Tem no solo minerais / Que alimentam ele todinho
Depois vira um alimento / Vem os bichos no momento
Comem o capim no caminho
Um alegre veadinho / Vem ali para pastar
Aparece é um leão / Com uma fome de matar
O leão vem e detona / É assim que funciona
A cadeia alimentar
SALES, Allan.
No texto acima, o capim, o veado e o leão, respectivamente, são exemplos de