Urgência emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse sentimento: “paciência”. Amor sem paciência não vinga. Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, com fome desesperada. É uma refeição que pode durar uma vida.
MEDEIROS, M. Disponível em: http://porumavidasimples.blogspot.com.br. Acesso em: 20 ago. 2017 (adaptado).
Nesse texto de opinião, as marcas linguísticas revelam uma situação distensa e de pouca formalidade, o que se evidencia pelo(a)
Questões relacionadas
- História - Fundamental | 15. Transformações na Europa Medieval
“Na verdade, a burguesia em ascensão, necessitava de uma moral cristã que ao invés de condenar, estimulasse o acúmulo de capital. A Igreja Católica condenava a cobrança de juros, como sendo uma usura, uma prática pecaminosa. Claro que esta postura estava longe de refletir uma crítica de princípios. Era sim uma crítica de interesses, pois na correlação de forças sociais desse período, Igreja e burguesia estavam em lados antagônicos. A burguesia representava o novo, o capitalismo nascente, enquanto que a Igreja tentava inutilmente se agarrar nas boias do velho, o feudalismo decadente.”
Disponível em: < http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=9>. Acesso em: 15 mar. 2015.
A Igreja Católica não ficou inerte diante das mudanças ocorridas em função do crescimento do comércio. Com base em relatos bíblicos, condenava as negociações baseadas no lucro e nos empréstimos a juros.
A) Quais argumentos a Igreja usava para defender seu posicionamento em relação às questões citadas acima?
B) Como era vista a situação dos mercadores-banqueiros, de acordo com as normas e valores da Igreja Católica?
- História | 6.04 Doutrinas Sociais
(FUVEST 2010 1ª FASE) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço avanço da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o representa, das ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.
E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875
A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se, respectivamente, como
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
Antes de ler o texto, conheça algumas personagens dessa história.
JUDY LIXÓLOGA
Ainda estava escuro lá fora quando Judy acordou na manhã seguinte, bem cedinho. Pegou sua lanterna e seu caderno. Desceu na ponta dos pés para a cozinha e começou a sua tarefa: salvar o mundo.
Seria ótimo se conseguisse salvar o mundo antes do café da manhã. Judy ficou pensando: “Será que outras pessoas que querem melhorar o mundo também têm que fazer tudo em silêncio, no escuro, para os pais não acordarem?”.
A inspiração de Judy era o Dom Lixobom, o duende do lixo, que tinha visto numa revistinha do Chiclete. A casinha dele era feita de embalagens de batatinha frita e garrafas de refrigerante. Ele reciclava tudo, até pauzinhos de sorvete. E nunca usava nada que viesse de uma floresta. Hmmm... Coisas que vinham da floresta! Esse era um bom ponto de partida. A borracha vem da floresta. O cacau, que se transforma em chocolate... os temperos, os perfumes, muita coisa vem das plantas. Até o chiclete.
Judy recolheu uma porção de objetos da casa e colocou tudo em cima da mesa da cozinha. Barra de chocolate, cacau em pó para fazer bolo, sorvete de baunilha. O café em grãos, de que seu pai tanto gostava, o desentupidor de pia, que era de borracha. O chiclete do Chiclete. Um batom, tirado do fundo da bolsa da mãe. Judy estava tão ocupada salvando as árvores que nem ouviu quando sua família entrou na cozinha.
-Mas o que você está fazendo?? – perguntou a mãe.
-Judy, por que você está no escuro? – quis saber o pai, acendendo a luz.
-Ei, meu chiclete de bola! – reclamou Chiclete.
Judy abriu os dois braços para não deixar ninguém passar:
-Não vamos usar mais nada disso aqui em casa! Tudo isso vem das árvores da floresta!
-Quem disse? – protestou Chiclete.
-O Dom Lixobom. E o professor Nelson. Eles cortam as árvores para plantar café! E para produzir essas coisaradas – maquiagem, chiclete de bola... O professor Nelson disse que a Terra é o nosso lar, a nossa casa. Precisamos tomar uma atitude para salvar o mundo. Nós não precisamos de nada disso!
-Eu preciso de chiclete! – berrou Chiclete. – Devolve o meu chiclete!
-Chiclete, para de gritar! Você nunca ouviu falar de poluição sonora?
-Meu café também está aí? – perguntou o pai, coçando a cabeça.
-Judy, isso é sorvete? Está pingando na mesa inteira! – e a mãe levou o pote para a pia, pingando sorvete no chão.
-Zzzzzz-Zzzzz! – Judy imitava o som de uma motoserra cortando uma árvore.
-Ela ficou maluca! – constatou Chiclete.
O pai colocou o cacau em pó de volta no armário. A mãe pegou o desentupidor e levou para o banheiro.
Era o momento do plano B: Projeto RECICLAGEM. Ela, Judy Moody, iria mostrar o quanto sua família estava prejudicando o planeta. Agora cada vez que alguém jogasse alguma coisa fora, ela iria anotar o que era. Pegou seu caderno, espiou dentro da lata de lixo e escreveu:
1 lata de suco, 1 vidro de geléia, 1 saco plástico, 4 cascas de ovos, pó de café molhado e nojento, 3 embalagens de bolinho, 2 caixinhas de suco (com canudinhos!), ½ tigela de mingau
-Chiclete! Você não devia jogar o mingau fora! – disse Judy.
-Papai! Manda ela parar de me espionar!
-Agora eu sou detetive do lixo! – entitulou-se Judy. – Sim, senhor, sou uma lixóloga. O professor disse que se a gente quiser saber o que devemos reciclar, precisamos estudar o nosso lixo.
-Ótimo, olha aqui – disse Chiclete, enfiando uma coisa molhada bem debaixo do nariz de Judy. – estude esse restinho da minha maçã.
-Hahaha, que engraçado. Será que ninguém nesta família ouviu falar dos três Rs?
-Três Rs? – perguntou o pai. – O que é isso?
-Reutilizar, reciclar.
-E qual é o terceiro? – desafiou Chiclete.
-Recusar-se a conversar com o irmão até ele parar de jogar coisas fora.
-Mãe! Eu não vou parar de jogar coisas fora só porque a Judy está com um ataque de lixomania.
-Mas olhem todas essas coisas que a gente joga fora! – disse Judy. – Vocês sabiam que cada pessoa joga fora mais de quatro quilos de lixo por dia?
-Nós reciclamos todas as nossas latas e garrafas – defendeu-se a mãe.
-E os jornais – completou o pai.
-Mas, e isso aqui? – perguntou Judy, tirando um saco plástico. – Esse saco serve de bolsa! Ou para levar um livro da biblioteca!
-Mas o que tem de tão bacana nessas cascas de ovo? – questionou Chiclete. – E esses restos de pó de café?
-Tudo isso é alimento para as plantas, serve para fazer composto orgânico – justificou Judy.
(...)
-Judy, você nem está pronta para a escola ainda – lembrou o pai. – Depois nós conversamos sobre isso. Agora é hora de se vestir.
Não adiantava. Ninguém dava importância ao que ela dizia. Judy subiu a escada arrastando os pés, sentindo-se como um bicho-preguiça sem nenhuma árvore para se agarrar.
-Eu não vou usar batom hoje, se isso faz você se sentir melhor – disse a mãe lá de cima.
-E eu só vou tomar meia xícara de café – disse o pai.
Mas Judy mal conseguia ouvi-lo, pois ele estava moendo no moedor elétrico uma porção de grãos plantados num lugar onde um dia tinha sido uma floresta. Sua família com certeza sabia como estragar suas atividades de lixóloga. Judy vestiu uma calça jeans e sua camiseta de coruja. Para economizar água, não escovou os dentes. Desceu a escada batendo os pés com força em cada degrau, num astral tipo “odeio minha família”.
-Aqui está seu lanche – disse a mãe.
-Mas, mamãe! Está num saco de papel!
-E o que tem isso? – perguntou Chiclete.
-Vocês não compreendem? – disse Judy. – Eles cortam árvores para fazer sacos de papel. As árvores dão sombra. Elas ajudam a controlar o aquecimento global. Nós todos morreríamos sem árvores. Elas produzem o oxigênio e ajudam a eliminar a poeira do ar.
-Poeira? – exclamou a mãe. – Então vamos falar primeiro em limpar o seu quarto, já que você é contra poeira.
-Ora, mãe!
Como ela podia fazer coisas importantes, como salvar as árvores, se não conseguia nem convencer sua família? Essa foi a gota d’água. Judy foi direto para a garagem e pegou sua velha lancheira do jardim de infância, a da Bela Adormecida.
-Você vai levar essa lancheira de bebezinho no ônibus? Na frente de todo mundo? – perguntou Chiclete.
-Hoje vou para a escola de bicicleta – disse Judy. – Para economizar combustível.
-Então nos vemos na escola. – Chiclete deu tchau abanando o lanche que ia levar num saco de papel.
Ah, se ela pudesse reciclar aquele irmão!
-Faça como quiser. Seja um inimigo das árvores! – irritou-se Judy. – Mas você vai cavar sua própria sepultura!
Como é complicado transformar o planeta num lugar melhor de se viver!
(Fonte: MCDONALD, Megan. Judy Moody salva o mundo! São Paulo, Salamandra, 2005)
a) Qual foi a primeira ideia de Judy para salvar o mundo?
b) Qual foi a reação de cada pessoa da família ao ver o que Judy tinha feito?
c) Em sua opinião quem estava com a razão: Judy ou sua família? Explique seu ponto de vista.
- Filosofia | 4.3 Empiristas e Racionalistas
TEXTO I
É necessário conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros. E o último, o de fazer em toda parte de enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.
DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Abril Cultural, 1993. p. 36-37. (adaptado)
TEXTO II
Embora nosso pensamento pareça possuir essa liberdade ilimitada, examinando o assunto mais de perto, vemos que em realidade ele se acha encerrado dentro de limites muito estreitos e que todo o poder criador da mente se reduz à simples faculdade de combinar, transpor, aumentar ou diminuir os materiais fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
HUME, David. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p. 140. (adaptado)
Os textos apresentados sobre o funcionamento do pensamento humano evidenciam divergências quanto à
- Língua Portuguesa - Fundamental | 05. Figuras de Linguagem
Leia o texto.
Uma estrela pequena
O Sol é considerado uma estrela pequena, comparado com as grandes estrelas que são milhares de vezes maiores que ele. Com uma grande esfera de gases a altíssimas temperaturas, o Sol é formado principalmente por hidrogênio e hélio, e está beeeem longe da Terra: cerca de 150 milhões de quilômetros. Sua luz leva pouco mais de oito minutos para atingir a superfície terrestre.
Uma estrela pequena. Disponível em: <http://clubedeideias.moleque.com.br>.
Em “[...] e está beeeem longe da Terra [...]”, a palavra “beeeem”