Leia o texto.
Uma estrela pequena
O Sol é considerado uma estrela pequena, comparado com as grandes estrelas que são milhares de vezes maiores que ele. Com uma grande esfera de gases a altíssimas temperaturas, o Sol é formado principalmente por hidrogênio e hélio, e está beeeem longe da Terra: cerca de 150 milhões de quilômetros. Sua luz leva pouco mais de oito minutos para atingir a superfície terrestre.
Uma estrela pequena. Disponível em: <http://clubedeideias.moleque.com.br>.
Em “[...] e está beeeem longe da Terra [...]”, a palavra “beeeem”
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.15 Fábula
Fábula é uma narrativa figurada, na qual seres irracionais, objetos inanimados ou situações fictícias ganham características humanas ou existência imaginária, com o propósito de instrução moral, que sustenta toda a história e, em geral, é revelada ao seu fim. É um gênero muito versátil, pois permite diversas maneiras de se abordar determinado assunto. Esopo, o mais conhecido entre os fabulistas, foi sem dúvida um grande sábio que viveu na Grécia, na antiguidade. Sua origem é um mistério cercado de muitas lendas. Acredita-se que já nasceu escravo, e pertenceu a dois senhores. Em suas fábulas ou parábolas, ricas em ensinamentos, ele retrata o drama existencial do homem, substituindo, em vários contos, os personagens humanos por animais, objetos, ou coisas do reino vegetal e mineral.
A mensagem transmitida pela fábula informa aos leitores que cada pessoa encontra um tesouro em sua vida quando
- Química | 1.1 Introdução à Química
A combustão é uma reação química que possui três elementos essenciais para que a mesma aconteça: o combustível (material a ser queimado), o comburente (geralmente o oxigênio) e a energia de ativação. A retirada de um desses elementos faz com que a reação seja extinta e usando esse conhecimento é possível combater incêndios. Uma das maneiras de combater incêndios é usar o líquido água que tem a função de suprimir um dos três elementos essenciais para a combustão.
O uso do líquido citado no texto no combate ao incêndio atua
- Biologia | 10.4 Artrópodes e Equinodermos
(CFTRJ) O novo papel das moscas
Usos científicos de dípteros ajuda a mudar imagem negativa desses insetos.
Já imaginou ter a capacidade de sentir um odor a mais de 40 km de distância? Equivale a estar em Jacarepaguá e detectar um peixe assado na brasa no mercado São Pedro em Niterói. Esta façanha é facilmente realizada por algumas espécies de moscas. No entanto, as moscas sempre foram vistas como responsáveis por problemas de saúde pública, por carregar em seus corpos vários microrganismos que podem causar doenças muito graves no homem. Nos últimos tempos, porém, elas vêm exercendo um novo papel: seu uso na elucidação de crimes vem fazendo com que sejam vistas com outros olhos por pesquisadores e mesmo pela população.
A novidade está na ajuda preciosa que estes insetos fornecem na coleta de informações importantes na reconstrução da cena do crime. Um cadáver, de acordo com seu estado de decomposição, apresenta diferentes graus de “atratividade” para diferentes espécies de insetos necrófagos. Logo, ocorre uma sucessão ecológica de colonização do cadáver, e ao se identificar as espécies presentes e/ou seu grau de desenvolvimento, pode-se inferir o tempo decorrido da morte, as condições ambientais e até o local. Por exemplo, a presença de determinada espécie de mosca implica um intervalo de morte de alguns dias, enquanto a presença de certos tipos de besouro pode indicar uma morte ocorrida há no mínimo dois meses.
Adaptado de http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2005/220
Sobre as moscas podemos afirmar que:
- Biologia
(Bahiana) A vida de David Gems virou de cabeça para baixo em 2006 devido a um grupo de vermes que continuou vivendo quando deveria morrer. Como diretor assistente do Institute of Healthy Aging da University College London, Gems costumava fazer experiências em Caenorhabditis elegans, verme nematódeo usado para estudar a biologia do envelhecimento. Ele testava a ideia de que um acúmulo de dano celular provocado pela oxidação fosse o principal mecanismo por trás do envelhecimento. Se a teoria do dano oxidativo estiver errada, então o envelhecimento é ainda mais complexo do que os cientistas imaginavam, e eles poderão ter que rever seu entendimento de como é o envelhecimento saudável em nível molecular. Provavelmente deveríamos observar outras teorias e considerar fundamentalmente que podemos ter que encarar a biologia de modo completamente diferente. Embora os radicais livres nunca tivessem sido associados ao envelhecimento, DenhamHarman, assistente de pesquisa na University of California Berkeley, na década de 80 do século XX, concluiu que poderiam ser os culpados. Por outro lado, ele sabia que a radiação ionizante de raios-X e bombas radioativas, que podem ser mortais, provocam a produção de radicais livres no organismo. Estudos da época sugeriam que dietas ricas em alimentos antioxidantes abafavam efeitos nocivos da radiação, indicando que os radicais eram o motivo desses efeitos. Além disso, os radicais livres são subprodutos normais da respiração e do metabolismo e, com o tempo, se acumulam no organismo.
MOYER,M.W. O mito dos antioxidantes. Scientific American do Brasil. São Paulo: Duetto, n. 130, ano 11, mar 2013, p. 76-79. Adaptado
Uma análise das características de Caenorhabditis elegans, sob uma perspectiva da biossistemática, permite afirmar que esse verme
- Língua Portuguesa | 1.08 Figuras de Linguagem
O texto 2 (subdividido em seções) faz uma reflexão sobre a maneira como se comporta, em determinado momento, a sociedade brasileira, que, mais cedo ou mais tarde, teria que integrar negros e mulatos.
Texto 2
José Paulo Florenzano
FUTEBOL E RACISMO: O MITO DA
[50] DEMOCRACIA EM CAMPO
A história do futebol brasileiro contém, ao
longo de quase um século, registros de
episódios marcados pelo racismo. Eis o
paradoxo: se de um lado a atividade
[55] futebolística era depreciada aos olhos da
“boa sociedade” enquanto profissão destinada
a pobres, negros e marginais, de outro ela se
achava investida do poder de representar e
projetar a nação em escala mundial.
[60] VÍNCULO MENOS ASSIMÉTRICO ENTRE
NEGROS E BRANCOS
O trem do futebol descortinava perspectivas
promissoras no terreno das relações sociais.
Mas embora transportasse ricos e pobres,
[65] negros e brancos, ele o fazia alocando os
diversos grupos em vagões separados.
Enquanto a juventude privilegiada agia de
modo a reforçar as divisões internas da
composição, a mocidade alegre dos subúrbios
[70] buscava franquear a passagem a fim de
enriquecer a experiência da viagem. Caberia,
nesse sentido, um papel de destaque aos
jogadores que logravam transitar entre os
diversos compartimentos.
[75] LEÔNIDAS DA SILVA: IDENTIDADE AMBÍGUA
DO ATLETA
Seria nesta conjuntura adversa que
Leônidas da Silva pegaria o bonde da história.
Símbolo da proeminência adquirida pelo boleiro
[80] em detrimento do sportsman, ele encarnava a
mudança destinada a apagar os últimos
vestígios da marca refinada, esnobe e
excludente que a juventude privilegiada
procurara atribuir à prática do esporte inglês,
[85] substituindo-a gradativamente por uma feição
mais popular do jogo, por uma dimensão mais
nacional do futebol, por uma identidade mais
ambígua do atleta.
RISCOS SIMBÓLICOS
[90] A realização da Copa do Brasil em 1950
viria a se constituir, neste sentido, em uma
rara oportunidade. No dia da decisão contra o
Uruguai sobreveio o inesperado revés. Foi,
então, que os torcedores descobriram os riscos
[95] simbólicos envolvidos na tarefa de reimaginar
a nação dentro das quatro linhas do campo. As
reportagens da crônica esportiva elegiam o
goleiro Barbosa e o defensor Bigode como
bodes expiatórios, exprimindo a vontade de
[100] “descarregar nas costas” dos referidos
jogadores os “prejuízos” acarretados pela
derrota. Uma chibata moral, eis a sentença
proferida no tribunal dos brancos.
A REVOLTA DA CHIBATA
[105] Nos anos 1970, por não atender às
expectativas normativas suscitadas pelo
estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima
foi classificado como “jogador-problema”.
Responsabilizado pelo fracasso do Brasil na
[110] Copa da Alemanha, pleiteava o direito de voltar
a vestir a camisa verde e amarela. O rumor de
que o banimento tinha o respaldo de um
ministro de Estado, não o surpreendia: “Se for,
mais uma vez vou ter a certeza de que sou um
[115] negro que incomoda muita gente”. E
acrescentava: “Não vou ser um negro tímido,
quieto, com medo e temor das pessoas”. Dessa
maneira, nas páginas de O Estado de S. Paulo,
Paulo César esboçava a revolta da chibata no
[120] futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode,
sem alternativa, suportaram com dignidade o
linchamento moral na derrota de 1950, Paulo
César contra-atacava os que pretendiam
condená-lo pelo insucesso de 1974, reeditando
[125] as acusações de “covarde” e de “mercenário” –
as mesmas dirigidas a Leônidas no passado.
Paulo César, no entanto, assumia, sem
ambiguidades, as cores e as causas defendidas
pela esquadra dos pretos em todas as esferas
[130] da vida social. “Sinto na pele esse racismo
subjacente”, revelou certa vez à imprensa
francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a
palavra racismo. Mas posso garantir que ele
existe, mesmo na Seleção Brasileira”. Sua
[135] ousadia consistiu em pronunciar a palavra
interdita no espaço simbólico utilizado pelo
discurso oficial para reafirmar o mito da
democracia racial.
José Paulo Florenzano é professor de Antropologia da PUC-SP e autor do livro “A Democracia Corinthiana” (2009). Texto adaptado.
Na primeira parte do texto, o autor fala em paradoxo (linha 54), palavra que pode ser entendida como uma contradição entre opiniões divergentes de uma mesma pessoa; entre opinião e comportamento ou entre os termos de uma proposição. Assinale a opção que expressa corretamente, no texto, os elementos que formam o paradoxo.