01
A Máquina do Mundo
(...)
baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.
A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,
se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mão pensas.
(Disponível em: https://www.culturagenial.com/poemas-de-carlos-drummond-de-andrade. Último acesso em 09 out 11.)
Drummond faz referência ao canto X dos Lusíadas, passagem onde Tétis mostra a Vasco da Gama os mistérios do mundo e a força do destino. Diante da Máquina do Mundo, o eu lírico