(...) desde o princípio grupos indígenas tentaram resistir ao domínio português, tanto pela fuga como pelo recurso às armas, método esse que fornecia o pretexto para que os europeus os escravizassem: a chamada “guerra justa”. (...) Apesar de mais raras, existiram também rebeliões de gentios da terra, quando foram anotadas fugas em massa e o assassinato de senhores.
Schwarc, Lilia Moriz, Brasil: uma biografia. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. VOT2022
A resistência demonstrada pelos nativos derruba a tese do encontro pacífico entre os europeus e os indígenas. No entanto essa resistência serviu para
Questões relacionadas
- Literatura | 4.3 Naturalismo
(UFG) […] No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário, metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, eram um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. Rio de Janeiro: Otto Pierre, 1979. p. 44-45
No trecho, as escolhas lexicais caracterizam as personagens como
- História | 1.6 Crise do Sistema Colonial e Ciclo da Mineração
[...] Os milicianos apontados pela maioria das testemunhas assumiram que estavam descontentes e que conversavam sobre isso em reuniões. João de Deus, Manoel Faustino, Luiz Gonzaga e Lucas Dantas Torres falaram sobre a participação de um grupo de poderosos nessas reuniões, mas as autoridades novamente desconsideraram as informações. Eles foram condenados à pena última por crime de lesa-majestade. Na manhã de 8 de novembro foram enforcados e esquartejados na praça da Piedade, em Salvador.
VALIM, P. Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 10, nº 118. Rio de Janeiro, jul. 2015 (adaptado). VOT2021
O relato acima sobre as consequências penais sobre os participantes da Conjuração Baiana demonstra
- Língua Portuguesa - Fundamental | 04. Pontuação
A questão abaixo baseia-se na piada abaixo.
Maria perguntou ao Zé:
— Moooor, o que é leptospirose?
E Zé respondeu na lata:
— Fofa, é uma doença que ataca os usuário de lepitopi. É transmitida pela urina do mause.
Observação: A definição científica para leptospirose é: doença causada por bactérias, geralmente adquiridas pelo contato com a urina de ratos infectados.
No diálogo da piada, ambas as vírgulas têm a mesma função: separar
- Biologia | 13.3 Variações da Primeira Lei
(UFJF) A Doença de Gaucher é uma lipidose causada pela deficiência da enzima glucocerebrosidase com acumulação secundária de glucocerebrosídeos nas células retículo-endoteliais. O início dos sintomas ocorre na infância e na adolescência e manifestam-se, geralmente, com esplenomegalia e hiperesplenismo, sendo o acometimento ósseo e pulmonar menos comuns. O padrão de herança dessa doença é autossômica recessiva. Com base no padrão de herança mencionado, assinale a alternativa CORRETA.
- Língua Portuguesa | 1.2 Percepção das Ideias do Texto
Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não pode ser bloqueadas em nome de um "ideal linguístico" que estaria representado pelas regras da gramática normativa. Usos como ter por haver em construções existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a não-concordância das passivas com se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor.
CALLOU, D. Gramática, variação e noormas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento).
Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicidade do discurso, verifica-se que: