A insistência de Melo e Castro na derrama, junto com seus atos contra os devedores da Coroa em Minas, proporcionou aos magnatas da capitania um subterfúgio pré-fabricado para alcançarem seus próprios objetivos egoístas, sob o disfarce de um levante popular. Os que tinham mais a ganhar com o rompimento com Portugal eram, evidentemente, os abastados plutocratas ameaçados de perder todo o seu patrimônio nos processos da Real fazenda. A derrama era um tributo que recaía sobre toda a população e, assim, podia ser usada por estes interesses – os interesses daqueles que durante tantos anos tinha sido, eles próprios, os arrecadadores e agentes da autoridade real, os opressores, portanto – dando-lhes uma fachada respeitável e a possibilidade de atrair o apoio popular para sua causa. [....].
MAXWEEL, K. Os Magnatas da Inconfidência. Revista Nossa História. Ano 2, nº 18, Rio de Janeiro, 2005. VOT2022.
De acordo com o historiador Maxweel, durante a conspiração dos Inconfidentes de Minas Gerais havia o propósito de