No entanto, uma condenação da vida por parte do vivente permanece sendo, em última instância, apenas o sintoma de um tipo determinado de vida: sem que com isso se pergunte se uma tal condenação tem ou não razão de ser. Se precisaria ter uma posição fora dessa vida e, por outro lado, conhecê-la tão bem quanto um, quanto muitos, quanto todos que a viveram, para se ter antes de tudo o direito de tocar o problema do valor da vida: razões suficientes para se compreender que esse problema é inacessível para nós. A moral, tal como foi entendida até aqui, diz: “Pereça!” ela é o juízo dos que foram condenados.
NIETZSCHE, F. Crepúsculo dos ídolos. São Paulo: Martins Fontes, 1999 (adaptado).
Em Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche descreve a moral estabelecida no Ocidente como um(a)
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 01. Variação linguística
Texto base: Texto para a questão. Muito cedo para decidir Rubem Alves Gandhi se casou menino. Foi casado menino. O contrato, foram os grandes que assinaram. Os dois nem sabiam direito o que estava acontecendo, ainda não haviam completado 10 anos de idade, estavam interessados em brincar. Ninguém era culpado: todo mundo estava sendo levado de roldão pelas engrenagens dessa máquina chamada sociedade, que tudo ignora sobre a felicidade e vai moendo as pessoas nos seus dentes. Os dois passaram o resto da vida se arrastando, pesos enormes, cada um fazendo a infelicidade do outro. Antigamente, quando se queria dizer que uma decisão não era grave e podia ser desfeita, dizia-se: “isso não é casamento!”. Naquele tempo, casamento era decisão irremediável, para sempre, até que a morte os separasse, eterna comunhão de bens e comunhão de males. Mas agora os casamentos fazem-se e desfazem-se até mesmo contra a vontade do Papa, e os dois ficam livres para começar tudo de novo... Pois dentro de poucos dias vai acontecer com nossos adolescentes coisa igual ou pior do que aconteceu com o Gandhi e a mulher dele, e ninguém se horroriza, ninguém grita, os pais até ajudam, concordam, empurram, fazem pressão, o filho não quer tomar a decisão, refuga, está com medo. Está chegando para muitos o momento terrível do vestibular, quando vão ser obrigados por uma máquina, do mesmo jeito como o foram Gandhi e Casturbai (era esse o nome da menina), a escrever num espaço em branco o nome da profissão que vão ter. Casar e descasar são coisas que se resolvem rápido. Mas na profissão, além de amar tem de saber. E o saber leva tempo pra crescer. A dor que os adolescentes enfrentam agora é que, na verdade, eles não têm condições de saber o que é que eles amam. Mas a máquina os obriga a tomar uma decisão para o resto da vida, mesmo sem saber. Se você disser que a decisão não é tão séria assim, que o que está em jogo é só o aprendizado de um ofício para se ganhar a vida e, possivelmente, ficar rico, eu posso até dizer: “Tudo bem! Só que fico com dó de você! Pois não existe coisa mais chata que trabalhar só para ganhar dinheiro”. Um conselho aos pais e aos adolescentes: não levem muito a sério esse ato de colocar a profissão naquele lugar terrível. Aceitem que é muito cedo para uma decisão tão grave. Considerem que é possível que vocês, daqui a um ou dois anos, mudem de ideia. Eu mudei de ideia várias vezes, o que me fez muito bem. Se for necessário, comecem de novo. Não há pressa. Que diferença faz receber o diploma um ano antes ou um ano depois? Texto adaptado do livro “Estórias de quem gosta de ensinar —
O fim dos Vestibulares”, editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 31.
Enunciado:
O argumento de que “Não há pressa” é consequência da seguinte ideia:
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
A tela de Debret nos mostra uma expedição de captura de índios, que eram a principal mão de obra nos primeiros tempos da colonização portuguesa. Somente, anos mais tarde, os negros africanos começaram a chegar ao território nacional em grande quantidade, substituindo, em parte, a utilização de índios no trabalho de exploração da terra.
Ao analisar a imagem e ler o título da obra, percebe-se que os índios eram
- Filosofia | 4. Moderna
(PUC-PR) Leia o fragmento a seguir, extraído do Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de Rousseau:
“É do homem que devo falar, e a questão que examino me indica que vou falar a homens, pois não se propõem questões semelhantes quando se teme honrar a verdade. Defenderei, pois, com confiança a causa da humanidade perante os sábios que a isso me convidam e não ficarei descontente comigo mesmo se me tornar digno de meu assunto e de meus juízes”.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p.159.
A partir da teoria contratualista de Rousseau, assinale a alternativa que representa aquilo que o filósofo de Genebra pretende defender na obra.
- Biologia | 8.6 Verminoses
As principais endemias brasileiras se assemelham, em alguns aspectos relacionados à transmissão, ao agente etiológico, aos sintomas ou à profilaxia. Como exemplo, temos a hanseníase e a leishmaniose, _______________, a dengue e a febre amarela, ______________, e a esquistossomose e a ascaridíase, _______________.
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
- Geografia | 5.3 Urbanização
(UEPB) No Brasil na década de 1970 foram criadas formalmente nove regiões metropolitanas. Com a Constituição de 1988 a criação de regiões metropolitanas saiu da esfera federal e passou para ser competência estadual. Na Paraíba, presencia-se, a partir de 2002, a criação de doze regiões metropolitanas. Conhecendo a realidade da rede urbana paraibana é fácil deduzir que: