(FUVEST 2011 1° FASE) Um laboratório químico descartou um frasco de éter, sem perceber que, em seu interior, havia ainda um resíduo de 7,4 g de éter, parte no estado líquido, parte no estado gasoso. Esse frasco, de 0,8 L de volume, fechado hermeticamente, foi deixado sob o sol e, após um certo tempo, atingiu a temperatura de equilíbrio T = 37 ºC, valor acima da temperatura de ebulição do éter.
Note e adote:
- No interior do frasco descartado havia apenas éter.
- Massa molar do éter = 74 g
- K = ºC + 273
- R (constante universal dos gases) = 0,08 atm.L / (mol.K)
Se todo o éter no estado líquido tivesse evaporado, a pressão dentro do frasco seria
Questões relacionadas
- Arte - Fundamental | 02.2. Diferentes câmeras
Fotografias e textos
NESHAT, Shirin, Unveiling from the series Women of Allah. 1993. Disponível em:
<http://blogs.artinfo.com/modernartnotes/files/2012/01/ShirinNeshatUnveiling1993.jpg>
Acesso em: 25 mar. 2015.
Materiais:
- Canetinhas
- Máquina de fotografar
- Projetor
- Obras de Shirin Neshat impressas ou em vídeo. Disponível em: <http://www.ted.com/talks/shirin_neshat_art_in_exile?language=pt-br>.Acesso em: 25 abr. 2015.
Procedimentos
1.º momento
Professor, apresente mais obras de Shirin Neshat. Há diversas fotografias em que a artista trabalha texto e imagem sobre a pele para registro posterior. O trabalho acima trata-se da série Mulheres de Allah, em que o poema em farsi sobre o destrato às mulheres do Islã (de autoria da feminista Furough Farokhazad) é escrito sobre a pele exposta da mulher, cobrindo-a. Cria-se uma contradição: apesar de coberta pelas palavras, a pele da mulher que não deve ser mostrada encontra-se nua, porém vestida por palavras de luta.
2.º momento
Divida os alunos em grupos.
Eles deverão produzir fotografias em que o texto se faça presente. Pode-se utilizar da mesma técnica da artista, cobrindo a pele de anotações que sejam politicamente relevantes ou outro procedimento.
3.º momento
Apresentar o trabalho por meio da projeção das fotos via DataShow. É necessário avaliar se o aluno compreendeu a riqueza de possibilidades que essas reflexões trazem para a arte enquanto um campo de pensamento, um conhecimento também filosófico.
- Língua Portuguesa | 1.03 Capacidade de Análise
Ele se aproximou e com voz cantante de nordestino que a emocionou, perguntou-lhe:
⎯ E se me desculpe, senhorinha, posso convidar a passear?
⎯ Sim, respondeu atabalhoadamente com pressa antes que ele mudasse de ideia.
⎯ E, se me permite, qual é mesmo a sua graça?
⎯ Macabéa.
⎯ Maca ⎯ o quê?
⎯ Bea, foi ela obrigada a completar.
⎯ Me desculpe mas até parece doença, doença de pele.
⎯ Eu também acho esquisito mas minha mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de idade eu não era chamada porque não tinha nome, eu preferia continuar a nunca ser chamada em vez de ter um nome que ninguém tem mas parece que deu certo ⎯ parou um instante retomando o fôlego perdido e acrescentou desanimada e com pudor ⎯ pois como o senhor vê eu vinguei... pois é...
⎯ Também no sertão da Paraíba promessa é questão de grande dívida de honra.
Eles não sabiam como se passeia. Andaram sob a chuva grossa e pararam diante da vitrine de uma loja de ferragem onde estavam expostos atrás do vidro canos, latas, parafusos grandes e pregos. E Macabéa, com medo de que o silêncio já significasse uma ruptura, disse ao recém-namorado:
⎯ Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o senhor?
Da segunda vez em que se encontraram caía uma chuva fininha que ensopava os ossos. Sem nem ao menos se darem as mãos caminhavam na chuva que na cara de Macabéa parecia lágrimas escorrendo.
Clarice Lispector, A hora da estrela.
(FUVEST 2006 1ª FASE) Considere as seguintes comparações entre a cena do primeiro encontro de Macabéa e Olímpico, figurada no excerto, e a célebre cena do primeiro encontro de Leonardo e Maria da Hortaliça (Memórias de um sargento de milícias), a bordo do navio:
I – Na primeira cena, utiliza-se o diálogo verbal como meio privilegiado de representação, ao passo que, na segunda, a ausência notória desse diálogo responde, em grande parte, pelo efeito expressivo do texto.
II – Em ambas as cenas, a representação da pobreza vem acompanhada de forte sentimento de culpa que perturba o narrador e o leva a questionar a validade da própria literatura.
III – Ambas as cenas são construídas como paródias de modelos literários consagrados: na primeira, parodiam-se as cenas amorosas do Romantismo; na segunda, são parodiadas as cenas idílicas dos romances do Realismo.
Está correto apenas o que se afirma em
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
14. Texto base: A imagem se refere ao modelo geocêntrico, que mostra a posição dos astros no céu, segundo o matemático e astrônomo Cláudio Ptolomeu no século II d.C.
Disponível em: <https://goo.gl/kCbnOX>. Acesso em: 26 out. 2015.
Enunciado:
a) Descreva a posição da Terra nesse modelo.
b) Explique como o Sol seria classificado nesse modelo.
- Língua Portuguesa - Fundamental | 9.01 Texto narrativo
BICHO PAPÃO DA MINHA IMAGINAÇÃO
A gente tem muitos bichos na vida. Eu, como toda criança, tive meu bicho-papão particular, chamado medo.
Bicho-papão aparecia nas horas mais escuras da noite, naquelas horas em que a cabeça da gente começa a imaginar besteiras, imaginar, imaginar, de repente o medo toma conta do mundo.
Bicho-papão a gente inventa.
O meu foi inventado por uma cozinheira gorda, chamada Guiomar. Guiomar (...) vivia contando histórias terríveis, de botar cabelo em pé. (...)
(...)
Eu sei que, de tanto ouvir a cozinheira, criei meu Bicho-papão particular. Ele era assim: olhos cor de fogo, pés virados pra trás, soltava muita fumaça pelas ventas e era mula-sem-cabeça, além de pular num pé só e usar touca vermelha, fumar um cachimbo e, de vez em quando, parecer minha professora de matemática. Tinha vezes que Bicho-papão era ótimo, nem existia! Mas bastava ser noite de tempestade, lá vinha Bicho-papão vestido de lençol branco, casaco de padre, chapéu de freira, blusa de crochê e leque de plumas. Era realmente uma coisa impossível, não existia, era meu medo.
Uma noite cismei que meu pai era o Bicho-papão. (...)
Eu já estava deitada. Era uma noite escura. Papai estava conversando na sala, com visitas. De repente, pensei assim:
“O Bicho-papão está fingindo que é meu pai. Ele está lá na sala, conversando, enganando todo mundo, tomando a forma de meu pai, o danado! Mas não é meu pai, é o Bicho-papão! Pra tirar a dúvida, vou chamar ele pra vir aqui no meu quarto... se ele tiver pé de pato, em vez de ter pé de gente, é porque ele não é meu pai!”
O vento batia na cortina branca, igual aos filmes de terror. Resolvi que preferiria dormir, sem saber da verdade. Chamar pra tirar a dúvida? Deus me livre.
Lembrei de uma reza que Guiomar tinha me ensinado pra espantar todos os males do mundo. Era uma reza complicada, precisava rezar e dar uns pulinhos e umas voltas. Pra rezar aquilo seria necessário sair de debaixo do cobertor. Deus me acuda!
(...)
Resolvi tomar coragem, mas o pavor não passava. Era preciso rezar a reza de Guiomar (...).
Pulei da cama rápido, acendendo a luz de cabeceira. Sombras enormes projetavam-se nas paredes, a cortina continuava a dançar, enquanto o vento gemia lá fora: uuuuuuuuuuu!
Comecei a recitar a reza.
(...)
Na exata hora em que eu estava dando o sétimo rodopio, meu pai entrou no quarto, pra ver que barulheira era aquela. Foi entrar, eu pulei de volta na cama, dura de pavor. Seria meu pai, ou seria o Bicho-papão? Eu ainda não tinha terminado de rezar a reza, faltava completar o sétimo rodopio, depois rezar uma ave-maria.
(...)
Papai aproximou-se para ajeitar meu cobertor. Eu, de olhar duro, sem espiar os pés dele. Com certeza eram de pato, virados para trás (...).
– Você precisa dormir, menina. Amanhã o colégio começa cedo.
Resolvi espiar. Eu ia dar uma olhadinha rápida nos pés do meu pai, era só tomar coragem. Suava frio, tremia toda, apavorada.
– Você está com frio?
“Pronto! Ele perguntou isso só pra me soprar o fogo de suas ventas! Era a mula-sem-cabeça, fingindo ser papai. Tinha pé de pato, com certeza absoluta!”
Tomei coragem, virei os olhos pra baixo pra espiar. Neste segundo, ele apagou a luz dizendo:
– Boa noite.
Fiquei sem saber se era meu pai ou se era o Bicho-papão. (...) ORTHOF, Sylvia. Os bichos que eu tive (memórias zoológicas). Rio de Janeiro: Salamandra, 1983. p. 30-32.
Explique o significado das expressões ou palavras destacadas de acordo com o contexto.
- a) “naquelas horas em que a cabeça da gente começa a imaginar besteiras, imagina, imagina, de repente o medo toma conta do mundo.”
- b) “Sombras enormes projetavam-se nas paredes, a cortina continuava a dançar, enquanto o vento gemia lá fora.”
- c) “Foi entrar, eu pulei de volta na cama, dura de pavor.”
- Matemática | 1.06 Razão, Proporção e Regra de Três
(FUVEST 2010 1ª FASE) O Índice de Massa Corporal (IMC) é o número obtido pela divisão da massa de um indivíduo adulto, em quilogramas, pelo quadrado da altura, medida em metros. É uma referência adotada pela Organização Mundial de Saúde para classificar um indivíduo adulto, com relação ao seu peso e altura, conforme a tabela abaixo.
IMC
Classificação
até 18,4
Abaixo do peso
de 18,5 a 24,9
Peso normal
de 25,0 a 29,9
Sobrepeso
de 30,0 a 34,9
Obesidade Grau 1
de 35,0 a 39,9
Obesidade Grau 2
a partir de 40,0
Obesidade Grau 3
Levando em conta esses dados, considere as seguintes afirmações:
I. Um indivíduo adulto de 1,70 m e 100 kg apresenta Obesidade Grau 1.
II. Uma das estratégias para diminuir a obesidade na população é aumentar a altura média de seus indivíduos por meio de atividades físicas orientadas para adultos.
III. Uma nova classificação que considere obesos somente indivíduos com IMC maior que 40 pode diminuir os problemas de saúde pública.
Está correto o que se afirma somente em