Salta, 11 de enero de 1843.
Sr. Tenente Manuel Isidoro Belzu
Jirón de Puka-Cruz/La Paz/Bolívia
Manuel, mi querido Manuel:
Dejé que mi caballo me guiara por senderos en espiral y aquí estoy, sola, en un vallecito escondido entre las sierras. Todo esverdea, todo azulea. Salpica el blanco. Los azahares de los naranjos... [...] Y te extraño, mucho, muchísimo, como nunca, Manuel. ¿Tuve que hacer este viaje para darme cuenta? Valía la pena, entonces.
MERCADER, M. Juanamanuela mucha mujer. Barcelona: Planeta, 1983.
A saudação utilizada na introdução da carta, além de estabelecer interação, aporta um caráter intimista ao texto, ao
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Texto base:
Na Carta da Terra existem princípios que precisamos assumir para a construção de uma sociedade mais justa, que proteja o meio ambiente e se esforce para buscar a paz. Leia um desses princípios para responder às questões: Tenha respeito pelo modo como as plantas, animais e pessoas vivem (mesmo que lhe pareça estranho ou diferente). Peça que todos tenham proteção. Lute contra a matança indiscriminada de animais. Cuide das plantas. Carta da Terra para Crianças.
Disponível em: <www.ecodesenvolvimento.org/espaco-carta--da-terra/carta-da-terra-para-criancas/>. Acesso em: 12 jul. 2018.
a) Circule os verbos que aparecem no parágrafo acima.
b) Explique a primeira frase do parágrafo.
c) Retire do texto duas palavras para completar cada coluna, de acordo com a classificação silábica delas.
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(PUC-RS) Machado de Assis e Aluísio Azevedo, no mesmo ano, 1881, deram início, respectivamente, ao Realismo e Naturalismo no Brasil. O primeiro, com Memórias Póstumas de Brás Cubas e o segundo, com O Mulato, embora o Cortiço é que tenha celebrizado o autor maranhense. Sobre esses movimentos literários, aos quais pertencem os textos, leia o que se segue:
Texto 1
Ao verme que primeiro roeu
as frias carnes do meu cadáver
dedico como saudosa lembrança
estas Memórias Póstumas
Texto 2
Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.
Roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia.
Daí a pouco, em volta das bicas, era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se.
As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o pelo, ao contrário, metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas.
O rumor crescia, condensando-se; o zunzum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço. [...]
Analise as afirmativas a seguir:
I. O texto 1 é a dedicatória de Brás Cubas, que inicia suas memórias póstumas. Nessa obra, o autor textual e narrador ironicamente dedica suas memórias aos vermes. Trata-se de um aspecto inerente à estética romântica, uma vez que nela encontra-se subjacente a ideia de morte.
II. No texto 2, o narrador descreve o comportamento da coletividade que forma o Cortiço. Note-se que nele há o privilégio do coletivo sobre o individual, elemento peculiar ao Romantismo, o que não surpreende o leitor, dado que o autor abraçou tanto a estética romântica quanto a realista.
III. Os dois textos, embora escritos por autores diferentes, apresentam as mesmas tendências estéticas. Ambos são realistas e criticam o comportamento da burguesia que vivia na ociosidade explorando os menos favorecidos.
IV. O texto 1 tem por narrador a personagem principal que conta a sua própria história e o faz com a “tinta da galhofa e a pena da melancolia”, utilizando-se de um gracejo de tom cômico, próximo do humor negro de origem inglesa.
V. No texto 2, o relato é de um narrador observador que apresenta os acontecimentos de um ponto de vista neutro, porque não se envolve nem faz parte da história narrada. Seu discurso volta-se para a análise dos elementos deterministas e das patologias sociais, o que faz de O Cortiço um texto naturalista.
Está CORRETO apenas o que se afirma em
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a) Identifique a qual governo a charge está relacionada.
b) Explique qual é a crítica apresentada pelo autor.