(ENEM 2010 1ª APLICAÇÃO)
Capítulo III
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os metais que amava de coração; não gostava de bronze, mas o amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço, e assim se explica este par de figuras que está aqui na sala: um Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, escolheria a bandeja - primor de argentaria, execução fina e acabada. O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como um pedaço da província, nem pôde deixar na cozinha, onde reinava um francês, Jean; foi degradado a outros serviços.
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993 (fragmento).
Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, a peculiaridade do texto que garante a universalização de sua abordagem reside
Questões relacionadas
- Língua Portuguesa - Fundamental | 1.02 Variedades Linguísticas
Neurociência
A beleza do sorriso
Estampar um sorriso no rosto pode bastar para que comecemos a nos sentir bem
A felicidade começa no cérebro. Faça algo bem feito, receba um agrado ou um carinho ou ache graça em uma piada, e seu sistema de recompensa se encarrega de fazer com que as regiões do cérebro que cuidam de movimentos automáticos – aqueles que fazemos sem precisar pensar – estampem um belo sorriso em seu rosto.
Se ele é genuíno, essas regiões do cérebro tratam de elevar os cantos da boca, relaxar as sobrancelhas e, o mais importante, apertar levemente as pálpebras.
É acionado também o córtex órbito-frontal (OFC), parte do cérebro que registra quando algo de bom acontece – como a causa do sorriso.
O sorriso forçado, aquele que damos tantas vezes para a câmera, é diferente. Ele parte de regiões do cérebro que comandam movimentos voluntários e não causa ativação do OFC. Não diz, portanto, ao resto do cérebro que algo de particularmente bom aconteceu. Ou seja: você pode até sorrir por fora, mas seu cérebro sabe que você não está sorrindo por dentro.
O incrível é que estampar um sorriso no rosto pode bastar para que comecemos a nos sentir bem. O truque funciona mesmo se você instruir um ator a montar um sorriso, músculo a músculo. [...]
HERCULANO-OUZEL, Suzana. “A beleza do sorriso.” Disponível em: <http://www.ufcg.edu.br/> Acesso em: 24 abr. 2011.
Assinale a alternativa em que o referente do pronome foi corretamente identificado.
- Língua Inglesa | 1.4 Reading Strategies
Last month America’s unemployment rate climbed to 8,1%, the highest in a quarter of a century. For those newly out of a job, the chances of finding another soon are the worst since records began 50 years ago. In China 20m migrant workers (maybe 3% of the labour force) have been laid off. Cambodia’s textile industry, its main source of exports, has cut one worker in ten. In Spain the building bust has pushed the jobless rate up by two-thirds in a year, to 14.8% in January. And in Japan, where official unemployment used to be all but unknown, tens of thousands of people on temporary contracts are losing not just their jobs but also the housing provided by their employers.
The next phase of the world’s economic downturn is taking shape: a global jobs crisis. Its contours are only just becoming clear, but the severity, breadth and likely length of the recession, together with changes in the structure of labour markets in both rich and emerging economies, suggest the world is about to undergo its biggest increase in unemployment for decades.
The Economist, March 14th 2009.
(FUVEST 2010 1ª FASE) Segundo o texto, no Japão,
- Matemática | 1.7 Razão, Proporção e Regra de Três
Vulcão Puyehue transforma a paisagem
de cidades na ArgentinaUm vulcão de 2 440 m de altura, no Chile, estava “parado” desde o terremoto em 1960. Foi o responsável por diferentes contratempos, como atrasos em viagens aéreas, por causa de sua fumaça. A cidade de Bariloche foi uma das mais atingidas pelas cinzas.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 25 jun. 2011 (adaptado).
Na aula de Geografia de determinada escola, foram confeccionadas pelos estudantes maquetes de vulcões, a uma escala 1 : 40 000. Dentre as representações ali produzidas, está a do Puyehue, que, mesmo sendo um vulcão imenso, não se compara em estatura com o vulcão Mauna Loa, que fica no Havaí, considerado o maior vulcão do mundo, com 12 000 m de altura.
Comparando as maquetes desses dois vulcões, qual a diferença, em centímetros, entre elas?
- Filosofia | 2.3 Helenismo
A quem não basta pouco, nada basta.
EPICURO. Os pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1985.
Remanescente do período helenístico, a máxima apresentada valoriza a seguinte virtude:
- Língua Portuguesa - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
- Professor, leia e analise com os alunos o texto a seguir.
Quando se é conivente com a indústria pirata, também se apoiam práticas trabalhistas ilícitas, irregulares, ilegais e até atos criminosos. Já pensou nisso? Por Marici Ferreira
[...] Se você já comprou, usou ou apoiou o mercado de produtos piratas, não vai se incomodar se nós o chamarmos de pirata, vai? Provavelmente não, mas deveria… Afinal, quando o chamamos de pirata, estamos comparando você a um membro do crime organizado. Aquele mesmo que se beneficia com todos os esquemas ilegais que a gente condena e acaba dizendo: “Eu pago meus impostos para conviver com esse nível de corrupção do país?!”
Sim, infelizmente, quando você é conivente com a indústria de produtos ilegais, você deveria conviver com toda a violência, insegurança de forma natural e sem reclamar, nem quando você ficar sabendo que pessoas foram prejudicadas por tomarem remédios falsificados, nem quando souber que uma senhora teve a saúde prejudicada pois usou uma prótese pirata, ou que um avião caiu porque a peça pirata usada nas turbinas falhou. Todas essas tragédias acontecem porque você acha que não tem problema [...]
E quando você acha que compra pirata para “ajudar o tiozinho do camelô” é como se você tivesse, no longo prazo, jogando esse trabalhador num buraco social ainda mais profundo. Daí não adianta falar em políticas sociais, direitos do trabalhador, igualdade, etc. Porque quando você é conivente com a indústria pirata você também apoia práticas trabalhistas ilícitas, irregulares, ilegais. Automaticamente você coloca uma porção de trabalhadores em condições péssimas de trabalho, porque você apoia atos criminosos…
Para se safar de um autoexame de consciência, você pode até dizer que o crime de pirataria não causa tanto impacto quanto o narcotráfico. Errado! [...] Para deixar o cenário bem real, números recentes mostram que a pirataria gera um rombo de mais de R$ 100 bilhões ao ano para os cofres públicos. Por exemplo, com R$ 1,5 bilhão daria para construir um hospital capaz de atender 450 pessoas por dia, 10 mil consultas especializadas e 1.300 cirurgias, por mês. Ao todo, seriam mais 2.700 atendimentos diários no Estado, 60 mil novas consultas e até 7.800 procedimentos cirúrgicos. Já parou para pensar nisso? Então veja que o impacto social negativo da pirataria é imenso. [...]
As pessoas admitem que consomem pirataria sem o menor constrangimento e esse é o maior vilão do combate ao comércio ilegal: a banalização da prática criminosa. É preciso ampliar o debate. [...] Mudar uma cultura de banalização do crime não é tarefa fácil e também não somos ingênuos de achar que será de uma hora para a outra. Mas o impossível sempre existe até que alguém se disponha a realizar. Vamos nessa? [...]
Disponível em: <http://www.consumoempauta.com.br/artigo-produtos-piratas-tem-impacto-social-negativo/>. Acesso em: 6 fev. 2017. (Fragmento)
- Elabore com os alunos um questionário, o PIRATÔMETRO, que funcionará como o impostômetro e o sonegômetro.
Sugestão de questionário: Idade: Sexo: Nível de ensino:
Você consome produtos piratas? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes. Em caso afirmativo, quais produtos?
( ) CDs ( ) Bolsas ( ) Perfumes ( ) Brinquedos ( ) Relógios ( ) TV por assinatura
( ) DVDS ( ) Tênis ( ) Roupas ( ) Óculos ( ) Calçados ( ) Artigos esportivos
Outros:
Você conhece alguém que compra produtos piratas? ( ) Sim ( ) Não Em caso afirmativo, quais produtos?
( ) CDs ( ) Bolsas ( ) Perfumes ( ) Brinquedos ( ) Relógios ( ) TV por assinatura
( ) DVDS ( ) Tênis ( ) Roupas ( ) Óculos ( ) Calçados ( ) Artigos esportivos Outros:
Você concorda com o argumento "Pelos preços absurdos do mercado brasileiro, a saída é a compra de produtos piratas."? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes.
- Solicite aos alunos que:
- apliquem o questionário em pessoas conhecidas da comunidade. Cuidem para que não haja constrangimentos e a repetição de entrevistados. Os questionários não serão identificados com os nomes dos participantes da enquete.
- divulguem os resultados do PIRATÔMETRO – pessoas que compram, conhecem alguém que compra e aceitam a compra dos produtos piratas. Também apresentem os produtos piratas mais comprados e os números por faixa etária, sexo e nível de ensino. Esta enquete será uma amostragem reduzida do comportamento da comunidade.
- realizem uma campanha de conscientização da importância do pagamento de impostos e combate à pirataria. Devemos reivindicar valores mais justos e a aplicação correta dos impostos, mas não sonegá-los.