As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis pela ampliação do território nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa com o ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda como fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil.
ABUD, K. M. Paulistas, uni.vos! Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 (adaptado).
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo
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- Física
Um refrigerador foi construído, utilizando-se uma máquina de Carnot cuja eficiência, na forma de máquina de calor, é igual a 0,1 Se esse refrigerador realiza um trabalho de 10J é CORRETO afirmar que a quantidade de calor removida do reservatório de menor temperatura foi, em joules, de:
- História - Fundamental | 05.3. Registros da história: a nossa cultura
ANO) 11. REVOLUÇÕES E NOVAS TEORIAS POLÍTICAS DO SÉCULO XIX
58. “Os revolucionários aboliram os impostos recém-instituídos por D. João VI e implantaram novos costumes, próprios do sistema republicano: introdução do termo “patriota” e do pronome “vós” nas formas de tratamento, à moda francesa; nova bandeira e garantia de liberdade de consciência e imprensa, mas ficavam proibidos os ataques à Constituição e a religião. Eram assegurados aos cidadãos as garantias e os direitos individuais, como o de propriedade, incluindo a manutenção da escravidão.
Apesar da adesão da Paraíba e do Rio Grande do Norte, o apoio não foi suficiente para manter o movimento revolucionário. A repressão das tropas legalistas (...) pôs fim aos 75 dias da experiência revolucionária. Ocorreram vários fuzilamentos e enforcamentos dos liberais radicais, e medidas políticas foram tomadas por D. João, como o fechamento da Maçonaria (associação caracterizada pelo espírito de fraternidade e que teve expressiva atuação no contexto da independência brasileira) (...).
Ainda que caracterizada por idéias liberais, essa revolução teve caráter conservador, ao propor a manutenção da propriedade e da escravidão. Para a ótica do poder constituído, representou uma séria ameaça à estrutura política e econômica brasileira: a insurreição de Pernambuco poderia se transformar numa república negra, pois o número de negros era muito superior ao de brancos. Liberdade, irmandade e fraternidade eram temas perigosos, mesmo que defendidos pela pequena burguesia letrada, e esse perigo em potencial justificava a repressão violenta ao movimento” BOTELHO, Ângela Viana; REIS, Liana Maria, Dicionário Histórico Brasil: Colônia e Império. Belo Horizonte: O Autor, 2001. P 298.
Com base nessas informações, preencha o quadro:
- Língua Portuguesa | 1.05 Intertextualidade
(UERJ) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
A palavra
Tanto que tenho falado, tanto que tenho escrito − como não imaginar que, sem querer, 4feri alguém? Às vezes sinto, numa pessoa que acabo de conhecer, uma hostilidade surda, ou uma reticência de mágoas. 1Imprudente 5ofício é este, de viver em voz alta.
11Às vezes, também a gente tem o 6consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se 9reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa.
Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase 7espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento − e depois 3esqueci.
Tenho uma amiga que certa vez ganhou um canário, e o canário não cantava. Deram-lhe receitas para fazer o canário cantar; que falasse com ele, cantarolasse, batesse alguma coisa ao piano; que pusesse a gaiola perto quando trabalhasse em sua máquina de costura; que arranjasse para lhe fazer companhia, algum tempo, outro canário cantador; até mesmo que ligasse o rádio um pouco alto durante uma transmissão de jogo de futebol... mas o canário não cantava.
Um dia a minha amiga estava sozinha em casa, distraída, e assobiou uma pequena frase melódica de Beethoven − e o canário começou a cantar alegremente. Haveria alguma 8secreta ligação entre a alma do velho artista morto e o pequeno pássaro cor de ouro?
2Alguma coisa que eu disse distraído − talvez palavras de algum poeta antigo − foi 10despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. Foi como se a gente soubesse que de repente, num reino muito distante, uma princesa muito triste tivesse sorrido. E isso fizesse bem ao coração do povo; iluminasse um pouco as suas pobres choupanas e as suas remotas esperanças.
RUBEM BRAGA PROENÇA FILHO, Domício (org.). Pequena antologia do Braga.
Rio de Janeiro: Record, 1997.
Alguma coisa que eu disse distraído − talvez palavras de algum poeta antigo − foi despertar melodias esquecidas dentro da alma de alguém. (ref.2)
O cronista revela que sua fala ou escrita pode conter algo escrito por “algum poeta antigo”.
Ao fazer essa revelação, o cronista se refere ao seguinte recurso
- Arte | 2. Pré-História
Pintura Rupestre.
Disponível em: http://www.fashionbubble2.com/wp-content/uploads/2008/12/cena-de-caca-pre-historica.jpg. Acesso em 2/maio/2009.
A arte é quase tão antiga quanto o ser humano. A função decisiva da arte nos seus primórdios foi a de conferir poder mágico: poder sobre a natureza, poder sobre os inimigos, poder sobre o parceiro de relações sexuais, poder sobre a realidade, poder exercido no sentido de um fortalecimento da coletividade humana. Nos alvores da humanidade, a arte pouco tinha a ver com a “beleza” e nada tinha a ver com a contemplação estética, com o desfrute estético: era um instrumento mágico, uma arma da coletividade humana em sua luta pela sobrevivência. Por exemplo, a figura apresentada de uma pintura rupestre comprova que as pinturas de animais nas cavernas tinham a função de ajudar a dar ao caçador um sentido de segurança e superioridade sobre a presa.
FISCHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro: Guanabara, p. 45. (adaptado).
Com base nas informações do texto, conclui-se que a arte, nos seus primórdios, tinha a função de
- Sociologia | 2. Diversidade Cultural e Estratificação Social
(ENEM 2020 2º APLICAÇÃO) As canções dos escravos tornaram-se espetáculos em eventos sociais e religiosos organizados pelos senhores e chegaram a ser cantadas e representadas, ao longo do século XIX, de forma estereotipada e depreciativa, pelos blackfaces dos Estados Unidos e Cuba, e pelos teatros de revista do Brasil. As canções escravas, sob a forma de cakewalks ou lundus, despontavam frequentemente no promissor mercado de partituras musicais, nos salões, nos teatros e até mesmo na nascente indústria fonográfica — mas não necessariamente seus protagonistas negros. O mundo do entretenimento e dos empresários musicais atlânticos produziu atraentes diversões dançantes com base em gêneros e ritmos identificados com a população negra das Américas.
ABREU, M. O legado das canções escravas nos Estados Unidos e no Brasil: diálogos musicais no pós-abolição. Revista Brasileira de História, n. 69, jan.-jun. 2015.
A absorção de elementos da vivência escrava pela nascente indústria do lazer, como demonstrada no texto, caracteriza-se como