Explicaê

01

Fui ver pretos na cidade

Que quisessem se alugar

Falei com esta humildade

Negros querem trabalhar

Olharam-me de 1soslaio

E um deles, feio, cambaio

Respondeu-me arfando o peito:

Negro, não há mais não

Nós tudo hoje é cidadão

O branco que vá pro 2eito.

O monitor Campista, 28 mar. 1888. Apud. MATTOS, Hebe Maria. A face negra da abolição. Nossa História, Rio de Janeiro, ano 2, n. 19, p. 18, maio de 2005.

Vocabulário de apoio:

1soslaio: olhar oblíquo, com desconfiança

2eito: trabalho na roça

O poema acima, escrito às vésperas da abolição definitiva da escravidão, ressalta a imprecisão do uso dos termos “pretos” e “negros” como sinônimos de “escravos”, pois a maioria da população não branca já era livre.

Esse contexto revela a

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