(FCM-MG) Um médico residente em Vitória, no Espírito Santo, quer aplicar num paciente compressas de um gel que funciona à temperatura de 15°C. O médico possui um recipiente com meio litro de água à temperatura ambiente (25°C) e necessita abaixar essa temperatura para 15°C. O médico pensa em misturar certa massa de gelo na água alcançar seu objetivo e possui esferas de gelo de 5 g cada. Sabe que o calor específico do gelo vale 0,5 cal/g°C da água vale 1 cal/g°C e que o calor de fusão do gelo é de 80 cal/g. Considere a densidade da água igual a 1 kg/L.

Se o gelo está inicialmente a -10°C o número de esferas de gelo de que necessitará para atingir seu objetivo será de, aproximadamente:

O pau de dois bicos

Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele.

— Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que odeio a família dos ratos?

— Achas então que sou rato? Não tenho asas e não voo como tu? Rato, eu? Essa é boa!…

A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupou-lhe a pele.

Dias depois, o finório morcego planta-se no casebre do gato-do-mato. O gato entra, dá com ele e chia de cólera.

— Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha toca, sabendo que detesto as aves?

— E quem te disse que sou ave? – retruca o cínico – sou muito bom bicho de pelo, como tu, não vês?

— Mas voas!…

— Voo de mentira, por fingimento…

— Mas tem asas!

— Asas? Que tolice! O que faz a asa são as penas e quem já viu penas em morcego? Sou animal de pelo, dos legítimos, e inimigo das aves como tu. Ave, eu? É boa…

O gato embasbacou, e o morcego conseguiu retirar-se dali são e salvo.

Moral da Estória:

O segredo de certos homens está nesta política do morcego. [ ___________________________________________________ ].

LOBATO, Monteiro. Fábulas. In: Obra infantil completa: Edição Centenário – 1882-1982.

São Paulo: Brasiliense, 1992. p. 453

Glossário:

“pau de dois bicos”: expressão que significa “fazer jogo duplo”, defender simultaneamente duas ideias contrárias para não contrariar os debatedores

Na fábula anterior, empregou-se a variante linguística conhecida como registro

(FUVEST 2010 1ª FASE) Considere as seguintes características atribuídas aos seres vivos:

I. Os seres vivos são constituídos por uma ou mais células.

II. Os seres vivos têm material genético interpretado por um código universal.

III. Quando considerados como populações, os seres vivos se modificam ao longo do tempo.

Admitindo que possuir todas essas características seja requisito obrigatório para ser classificado como “ser vivo”, é correto afirmar que

Leia o texto.

Que o pai dos pais proteja os zulus

Entre as populações negras do sul da África, existe uma que ostenta um passado glorioso de civilização e poderio e que ainda hoje – mesmo não podendo fugir à inevitável integração na sociedade e economia modernas – conserva, em muitas de suas tribos do interior, os usos e os costumes do passado. Trata-se dos zulus, que ainda habitam aldeias inteiramente constituídas por cabanas de palha. 

Apesar de primitivas, as armas de que os homens dispõem para a caça são utilizadas com muita habilidade: um zulu consegue facilmente abater uma gazela na corrida. As mulheres praticam uma agricultura simples, cultivando cereais e hortaliças.

As aldeias possuem um chefe e um feiticeiro, reconhecendo-se neste último o poder de prever o futuro, curar e honrar Kululnkulu, o Pai dos Pais, em ocasiões de seca, de doenças e também nos momentos mais importantes da vida. Os zulus não erigem templos nem oferecem sacrifícios em homenagem a este ser supremo: talvez por intuírem que já o honram bastante com o respeito que têm pela natureza, que jamais violentam, e pelos animais selvagens, que jamais abatem sem necessidade.

ENCICLOPÉDIA CONHECER 2000. São Paulo: Nova Cultural, 1995.

Da leitura do texto, pode-se concluir que os zulus

Seixas era homem honesto; mas ao atrito da secretaria e ao calor das salas, sua honestidade havia tomado essa têmpera flexível da cera que se molda às fantasias da vaidade e aos reclamos da ambição.

Era incapaz de apropriar-se do alheio, ou de praticar um abuso de confiança; mas professava a moral fácil e cômoda, tão cultivada atualmente em nossa sociedade.

Segundo essa doutrina, tudo é permitido em matéria de amor; e o interesse próprio tem plena liberdade, desde que se transija com a lei e evite o escândalo.

ALENCAR, J. Senhora. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 out. 2015.