Ai se sêsse
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém se acontecesse De São Pedro não abrisse
A porta do céu e fosse Te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse E tu cum eu insistisse
Pra que eu me arresolvesse E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caísse E o céu furado arriasse
E as virgi toda fugisse ZÉ DA LUZ.Cordel do Fogo Encantado. Recife: Álbum de estúdio, 2001
O poema foi construído com formas do português não padrão, tais como "juntim", "nois", "tarvês". Essas formas legitimam-se na construção do texto, pois:
Questões relacionadas
- História - Fundamental | 01. A Primeira República no Brasil
Leia o texto a seguir:
“Violência contra violência. A única solução é o que agora faremos: empregar a violência contra aqueles que primeiro a usaram para atacar o povo e o país.” Carlos Marighela – Fundador e dirigente da ALN.
O depoimento acima, que se insere no contexto da Ditadura Militar no Brasil, reflete:
- Biologia | 15.1 Ideias Evolutivas
(UFTM) Os ovos de alguns grupos de vertebrados apresentam os anexos embrionários âmnio, cório e alantoide, que foram fundamentais para a conquista do ambiente terrestre. De acordo com a teoria evolutiva proposta por Charles Darwin, pode-se afirmar que:
- Biologia
(UEL) 10 A sociedade contemporânea convive com os riscos produzidos por ela mesma e com a frustração de, muitas vezes, não saber distinguir entre catástrofes que possuem causas essencialmente naturais e aquelas ocasionadas a partir da relação que o homem trava com a natureza. Os custos ambientais e humanos do desenvolvimento da técnica, da ciência e da indústria passam a ser questionados a partir de desastres contemporâneos como AIDS, Chernobyl, aquecimento global, contaminação da água e de alimentos pelos agrotóxicos, entre outros.
(Adaptado de: LIMA, M. L. M. A ciência, a crise ambiental e a sociedade de risco. Senatus. v.4. n.1. nov. 2005. p.42-47.)
O uso indiscriminado e abusivo de agrotóxicos, como os herbicidas, pode acarretar a necessidade da utilização de concentrações cada vez mais frequentes e maiores de substâncias presentes nesses produtos, para obter os efeitos esperados. Depois de um longo período de tempo, esse agrotóxico não surtirá mais os efeitos desejados, ou seja, exterminar as ervas daninhas, que competem pelos nutrientes do solo em plantações de soja.
Acerca da explicação para esse fenômeno, assinale a alternativa correta.
- História - Fundamental | 01. Os Estados Europeus e o Absolutismo Monárquico
Leia os textos a seguir que descrevem o cotidiano de Luís XIV.
TEXTO 1
A Corte toda assiste às refeições do rei. [...] Luís XIV quer beber. O nobre que o serve proclama: “bebida para el-rei”. Faz uma reverência, vai ao buffet tomar de um cortesão a bandeja de ouro com o copo e as garrafas d´água e vinho e retorna entre dois domésticos. [...] Este cerimonial leva uns dez minutos. Comer e beber, de funções banais do dia a dia, se elevam a gestos espetaculares. [...]
O levantar-se e o deitar do rei são das cerimônias mais importantes do ritual da monarquia. Vejamos como Luís XIV se levanta: às oito da manhã [...] Luís é acordado pelo primeiro criado de quarto, que dorme ao pé de seu leito. As portas abrem-se, quando o rei já está de peruca, deixando entrar os pajens. Uns vão servi-lo, outros correm a chamar os primeiros cortesãos, já à espera no corredor.
O acesso aos aposentos reais obedece a uma rígida hierarquia.
RIBEIRO, Renato Janine. A etiqueta no Antigo Regime: do sangue à doce vida. São Paulo: Brasiliense, 1983. p. 75-77.
Vocabulário:
reverência: cumprimento respeitoso, geralmente acompanhado de inclinação do tronco para frente ou de flexão dos joelhos.
TEXTO 2
Os atos de levantar de manhã e ir para a cama de noite foram transformados em cerimônias [...]. As refeições do rei também foram ritualizadas. [...] Essas refeições eram encenações perante uma audiência. Era uma honra ser autorizado a ver o rei comer, honra ainda maior receber uma palavra sua durante a refeição, honra suprema ser convidado a servi- -lo ou a comer com ele.
[...] esses rituais não devem ser desprezados como meras curiosidades. Deveriam ser analisados pelos que podem nos contar [...] sobre a monarquia absoluta, a hierarquia social, e assim por diante. [...] todos os atos do rei eram planejados “até o mínimo gesto”. Os mesmos eventos se produziam todos os dias nas mesmas horas, a tal ponto que uma pessoa poderia acertar seu relógio pelo rei.
Havia normas formais para a participação nesse espetáculo – quem tinha direito a ver o rei, a que horas e em que partes da corte, se tal pessoa podia se sentar numa cadeira [...] ou tinha que permanecer de pé. A vida diária do rei compunha-se de ações [...] carregadas de sentido simbólico, porque eram desempenhadas em público por um ator cuja pessoa era sagrada.
BUKER, Peter. A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2009. p. 100-101.
Vocabulário:
audiência: conjunto de pessoas.
Os textos se complementam e revelam que Luís XIV:
- História | 1.7 Período Joanino
O comércio [...] progrediu muito depois que a cidade tornou-se residência real [...] Os ingleses têm aberto muitos cafés no Rio de Janeiro, uma novidade, que tenho certeza, será bem acolhida. De fato, desde março de 1808, toda a cidade vem passando por transformações e recebendo melhorias.
Conde Thomas O'Neill, 1809. In: FRANÇA, J. M. C. Outras visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000 (adaptado). VOT2021
A descrição de Thomas O'Neill destaca algumas transformações ocorridas com a chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro. A forte presença do capital inglês na economia brasileira tem relação direta com a (o):