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Ibogaína, um sólido de cor amarela, é o princípio ativo da raiz da Tabernanthe iboga, de origem africana das regiões do Congo e do Gabão capaz de anular a ação de uma série de compostos orgânicos nitrogenados de intensa bioatividade no cérebro, como a cocaína e outros intorpecentes. Extratos da planta são usados em rituais, em cultos religiosos de pigmeus e de alguns povos bantos, em sessões terapêuticas, no tratamento da drogadição. Dentre as hipóteses mais aceitas para explicar os efeitos da substância química no cérebro está a de aumento das sinapses entre neurônios e reorganização de neurotransmissores, como a dopamina. A estimulação excessiva, na drogadição resulta em dessemsibilização de receptores, o que gera necessidade crescente de dopamina, para manter ou intensificar a sensação de prazer, configurando assim a dependência química. Os estudos do uso de ibogaína na terapia tem como base relatos da International Coalition of Addict Sel-Help, ICASH, nos Estados Unidos, de pesquisas realizadas com voluntários desde os anos 80. Mas recentemente, os trabalhos da Universidade Federal de São Paulo, com o fármaco, sob forma de cloreto de ibogaína, mostraram que 61% do grupo de voluntários de dependentes químicos e usuários deixaram a droga, mas o resultado ainda não é conclusiva, são precisos muitos anos de pesquisa.
Considerando-se essas informações, as estruturas químicas e com base na compreensão dos fenômenos químicos aliados aos códigos, linguagens e tecnologias das Ciências da Natureza, é correto afirmar: