(UNIFACS) Uma das maiores conquistas na área da saúde pública no século 20 foi a remoção do chumbo, um material útil, mas extremamente tóxico presente nos combustíveis, tintas, tubulações e alimentos enlatados. As crianças são particularmente vulneráveis aos danos provocados pelo chumbo, que afeta, principalmente, as células nervosas. Os novos estudos mostram preocupação com as velhas gerações que acumularam chumbo nos ossos ainda durante a era em que o metal estava nas tintas e na gasolina, na forma de tetraetilchumbo. Toda vez que o metal chega aos ossos de uma pessoa, atinge os tecidos vivos em duas formas principais: interfere na produção de moléculas de hemoglobina nos glóbulos vermelhos e mimetiza o comportamento do cálcio. O cérebro e as células nervosas precisam do cálcio para transmitir sinais elétricos; quando o chumbo está presente, ele interfere na comunicação entre os neurônios.
O estudo dos efeitos de longo prazo provocados por baixa concentração de chumbo no organismo só se tornou possível depois que os Estados Unidos suprimiram gradualmente o metal dos combustíveis entre 1976 e 1996, que resultou em redução drástica da quantidade do metal presente no sangue dos americanos. Em todo o país, a concentração de chumbo caiu de 130μg/dL nos anos 70 para 12μg/dL em 2010. Uma revisão cientifica feita em 2012 pelo Programa Nacional de Toxicologia dos Estados Unidos estabeleceu que concentrações equivalente a do metal entre 50 e 100μg/dL de sangue podem provocar pressão alta, entre outros problemas.
(CHEN. 2013. p. 24-25).
As considerações referidas no texto sobre os perigos da exposição ao chumbo associadas às propriedades físicas do metal e de seus compostos, permitem afirmar: