O novo papel das moscas
Usos científicos de dípteros ajuda a mudar imagem negativa desses insetos.
Já imaginou ter a capacidade de sentir um odor a mais de 40 km de distância? Equivale a estar em Jacarepaguá e detectar um peixe assado na brasa no mercado São Pedro em Niterói. Esta façanha é facilmente realizada por algumas espécies de moscas.
No entanto, as moscas sempre foram vistas como responsáveis por problemas de saúde pública, por carregar em seus corpos vários microrganismos que podem causar doenças muito graves no homem. Nos últimos tempos, porém, elas vêm exercendo um novo papel: seu uso na elucidação de crimes vem fazendo com que sejam vistas com outros olhos por pesquisadores e mesmo pela população.
A novidade está na ajuda preciosa que estes insetos fornecem na coleta de informações importantes na reconstrução da cena do crime. Um cadáver, de acordo com seu estado de decomposição, apresenta diferentes graus de “atratividade” para diferentes espécies de insetos necrófagos. Logo, ocorre uma sucessão ecológica de colonização do cadáver, e ao se identificar as espécies presentes e/ou seu grau de desenvolvimento, pode-se inferir o tempo decorrido da morte, as condições ambientais e até o local. Por exemplo, a presença de determinada espécie de mosca implica um intervalo de morte de alguns dias, enquanto a presença de certos tipos de besouro pode indicar uma morte ocorrida há no mínimo dois meses.
Adaptado de http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2005/220/o-novo-papel-dasmoscasem
07/09/10
Sobre as moscas podemos afirmar que: