Cadernos
(IFSUL) Celular em sala de aula: proibir ou usar como ferramenta?
Leis estaduais proíbem aparelhos no Brasil e um estudo britânico diz que proibição aumenta desempenho, mas tem professor que pensa diferente
No final de maio, Pernambuco se tornou o mais novo Estado brasileiro a proibir o uso de telefones celulares nas salas de aula. A lei sancionada no estado nordestino 1vai ao encontro de normas semelhantes adotadas no Rio de Janeiro, Goiás, São Paulo, entre outros. 2Também em maio, uma pesquisa publicada pela London School of Economics and Political Science (LSE) revelou que as escolas britânicas que baniram os celulares registraram um aumento de 6% no desempenho de seus alunos. Segundo o estudo, os aparelhos seriam uma causa de distração dos estudantes.
3No entanto, professores e pesquisadores acreditam que, em vez de proibir, as escolas deveriam usar os dispositivos móveis como ferramenta pedagógica. É o caso do professor de Física, de Minas Gerais, André Parreira. Mestre em tecnologia educacional, ele trabalha na capacitação de professores para o uso da tecnologia em sala de aula. “É preciso reconhecer o celular como parte da vida do aluno, e não pode haver um abismo entre a vida e a escola. A questão é ter um projeto pedagógico.”
4Além da questão utilitária, o aparelho também pode ser um fator de motivação dos estudantes, defende o psicopedagogo Eugênio Cunha, professor da Faculdade Cenecista de Itaboraí e da Universidade Federal Fluminense. Para ele, a questão é saber motivar a turma. “Posso até proibir o celular, mas será que eu vou propor uma aula mais atraente? Acredito que disciplinar seja mais eficiente do que proibir.” 5Segundo Cunha, o professor deve “ocupar” o aparelho, propondo atividades e fazendo com que os estudantes saibam que, em outros momentos, o aparelho precisará ser guardado. [...]
Fonte: http://noticias.terra.com.br/educacao/celular-em-sala-de-aula-proibir-ou-usar-como-ferramenta,605bd3f1c2323556dae7c08d601e13dfr8yfRCRD.html. Em 15 jul. 2015.
A expressão “vai ao encontro de” (ref. 1), poderia ser substituída, sem alteração de sentido, por