(UFPI) “[...] nasci e me criei no tempo da regência; e que neste tempo o Brasil vivia, por assim dizer, muito mais na praça pública do que mesmo no lar doméstico; ou, em outros termos, vivia em uma atmosfera tão essencialmente política que o menino [...] em casa muito depressa aprendia a falar liberdade e pátria [...], começava logo a ler e aprender a constituição política do império. Daqui resultava que não só o cidadão extremamente se interessava por tudo quanto dizia respeito à vida pública; mas que não se apresentava um motivo, por mais insignificante que fosse de regozijo nacional ou político, que imediatamente todos não se comovessem [...] e se tratasse de por na rua uma bonita alvorada. [...] eu vou dizer o que é que então se tinha por costume de chamar de alvorada. Quando se tratava [...] de regozijo geral por qualquer ato político ou público, apenas a noite começava a escurecer, toda a vila tratava logo de iluminar-se [...].”
REZENDE, Francisco de Paula Ferreira de. Minhas Recordações. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1987 (1887). p. 67-68. (Adaptado)
O texto acima se refere a um período da história brasileira no qual se: