Havia já muito tempo que a Europa desfrutava os benefícios da vacina e arrancava à morte milhares de inocentes, condenados a serem vítimas do terrível flagelo das bexigas, e o governo de Portugal nunca se lembrara de transmitir ao Brasil a mais útil das descobertas humanas, quando aliás nenhum país mais do que ele carecia deste salutar invento ou se atendesse às vantagens da população ou ao perdimento de imensas somas na mortandade contínua de escravos, que este flagelo devorava. O certo é que mais ocupado de seu ouro que de seus habitantes, Portugal, como em outros muitos casos, esperou que O Brasil por seu próprio impulso remediasse a este mal.
PEREIRA, J. C. 12 jan. 1828 apud LOPES, M. B.; POLITO, R. Para uma história da vacina no Brasil: um manuscrito inédito de Norberto e Macedo. História, Ciências, Saúde — Manguinhos, n. 2, abr.-jun. 2007 (adaptado).
Escrito em 1828, o texto expressa a seguinte ideia de origem iluminista:
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- Física | 2.3 Trabalho, Potência e Energia
(UNIPÊ) Uma das extremidades de uma mola horizontal é mantida fixa enquanto uma força externa é aplicada à extremidade livre, esticando-a lentamente de X1 =0 até X2 =6,0 cm. Considerando-se que a constante elástica da mola é igual a 5,0 N/cm, é correto afirmar que o valor absoluto do trabalho realizado sobre a mola, em mJ, é igual a
- Língua Portuguesa | 1.1 Tipologia e Gênero Textual
Texto 2
José Paulo Florenzano
FUTEBOL E RACISMO: O MITO DA
[50] DEMOCRACIA EM CAMPO
A história do futebol brasileiro contém, ao
longo de quase um século, registros de
episódios marcados pelo racismo. Eis o
paradoxo: se de um lado a atividade
[55] futebolística era depreciada aos olhos da
“boa sociedade” enquanto profissão destinada
a pobres, negros e marginais, de outro ela se
achava investida do poder de representar e
projetar a nação em escala mundial.
[60] VÍNCULO MENOS ASSIMÉTRICO ENTRE
NEGROS E BRANCOS
O trem do futebol descortinava perspectivas
promissoras no terreno das relações sociais.
Mas embora transportasse ricos e pobres,
[65] negros e brancos, ele o fazia alocando os
diversos grupos em vagões separados.
Enquanto a juventude privilegiada agia de
modo a reforçar as divisões internas da
composição, a mocidade alegre dos subúrbios
[70] buscava franquear a passagem a fim de
enriquecer a experiência da viagem. Caberia,
nesse sentido, um papel de destaque aos
jogadores que logravam transitar entre os
diversos compartimentos.
[75] LEÔNIDAS DA SILVA: IDENTIDADE AMBÍGUA
DO ATLETA
Seria nesta conjuntura adversa que
Leônidas da Silva pegaria o bonde da história.
Símbolo da proeminência adquirida pelo boleiro
[80] em detrimento do sportsman, ele encarnava a
mudança destinada a apagar os últimos
vestígios da marca refinada, esnobe e
excludente que a juventude privilegiada
procurara atribuir à prática do esporte inglês,
[85] substituindo-a gradativamente por uma feição
mais popular do jogo, por uma dimensão mais
nacional do futebol, por uma identidade mais
ambígua do atleta.
RISCOS SIMBÓLICOS
[90] A realização da Copa do Brasil em 1950
viria a se constituir, neste sentido, em uma
rara oportunidade. No dia da decisão contra o
Uruguai sobreveio o inesperado revés. Foi,
então, que os torcedores descobriram os riscos
[95] simbólicos envolvidos na tarefa de reimaginar
a nação dentro das quatro linhas do campo. As
reportagens da crônica esportiva elegiam o
goleiro Barbosa e o defensor Bigode como
bodes expiatórios, exprimindo a vontade de
[100] “descarregar nas costas” dos referidos
jogadores os “prejuízos” acarretados pela
derrota. Uma chibata moral, eis a sentença
proferida no tribunal dos brancos.
A REVOLTA DA CHIBATA
[105] Nos anos 1970, por não atender às
expectativas normativas suscitadas pelo
estereótipo do “bom negro”, Paulo César Lima
foi classificado como “jogador-problema”.
Responsabilizado pelo fracasso do Brasil na
[110] Copa da Alemanha, pleiteava o direito de voltar
a vestir a camisa verde e amarela. O rumor de
que o banimento tinha o respaldo de um
ministro de Estado, não o surpreendia: “Se for,
mais uma vez vou ter a certeza de que sou um
[115] negro que incomoda muita gente”. E
acrescentava: “Não vou ser um negro tímido,
quieto, com medo e temor das pessoas”. Dessa
maneira, nas páginas de O Estado de S. Paulo,
Paulo César esboçava a revolta da chibata no
[120] futebol brasileiro. Enquanto Barbosa e Bigode,
sem alternativa, suportaram com dignidade o
linchamento moral na derrota de 1950, Paulo
César contra-atacava os que pretendiam
condená-lo pelo insucesso de 1974, reeditando
[125] as acusações de “covarde” e de “mercenário” –
as mesmas dirigidas a Leônidas no passado.
Paulo César, no entanto, assumia, sem
ambiguidades, as cores e as causas defendidas
pela esquadra dos pretos em todas as esferas
[130] da vida social. “Sinto na pele esse racismo
subjacente”, revelou certa vez à imprensa
francesa: “Isto é, ninguém ousa pronunciar a
palavra racismo. Mas posso garantir que ele
existe, mesmo na Seleção Brasileira”. Sua
[135] ousadia consistiu em pronunciar a palavra
interdita no espaço simbólico utilizado pelo
discurso oficial para reafirmar o mito da
democracia racial.
José Paulo Florenzano é professor de Antropologia da PUC-SP e autor do livro “A Democracia Corinthiana” (2009). Texto adaptado.
Releia o parágrafo 2 do texto 1. Você deve ter percebido que o Paulo César de que fala o texto 2 é o mesmo Paulo César de que fala Nélson Rodrigues no texto 1. Cotejando esses dois textos, marque a opção INCORRETA.
- Ciências - Fundamental | Não Possui Tópico Definido
As imagens representam dois neurônios com características diferentes. As diferenças estruturais apresentadas entre os neurônios interferem na velocidade de transmissão do impulso nervoso.
Chamando de V 1 a velocidade de propagação do impulso nervoso no neurônio 1 e de V 2 a velocidade de propagação do impulso nervoso no neurônio 2, pode-se concluir que
- Matemática | 09. Probabilidade
(FUVEST 2018 1ª FASE) Em uma urna, há bolas amarelas, brancas e vermelhas. Sabe se que:
I. A probabilidade de retirar uma bola vermelha dessa urna é o dobro da probabilidade de retirar uma bola amarela.
II. Se forem retiradas 4 bolas amarelas dessa urna, a probabilidade de retirar uma bola vermelha passa a ser 1/2.
III. Se forem retiradas 12 bolas vermelhas dessa urna, a probabilidade de retirar uma bola branca passa a ser 1/2.
A quantidade de bolas brancas na urna é
- Inglês - Fundamental | 10. Simple Present (Presente Simples)
Daniel Radcliffe (Harry Potter star)
Full Name
Daniel Alan Radcliffe
Favourites
Past time: Listening to music
Food : Sea food
Instrument: Drums
Book: Holes by Louis Sachar
TV shows: The Simpsons and WWE
Role models: Joseph Fiennes , Tim Robbins, Anthony Hopkins, Ben Stiller, Tom Hanks, Julia Roberts, Kate Winslet , Kate Hudson.
Games: Football, Gymnastics.
Music Bands: U2, REM, The Sex Pistols, The Stranglers
Movie:'12 angry men', 'What's eating Gilbert Grape' and 'Donnie Darko'Club: Fulham Football Club
Available at http://www.nilacharal.com/enter/celeb/harry_potter.html. Accessed on January 13, 2011.
Enunciado:
Look at some of Daniel Radcliffe’s likes. Complete the sentences using the verbs in the box in the Simple Present.
- a) Daniel Alan Radcliffe _________________ to music on his past time.
- b) He _________________ sea food.
- c) He _________________ drums.
- d) He _________________ Holes.
- e) He _________________ ‘The Simpsons and WWE’.
f) He _________________ football.