Explicaê

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[1]   Uma entrevistadora cubana, em Miami, deu uma


verdadeira prensa no ator porto-riquenho Benício del Toro ao


entrevistá-lo durante o lançamento do filme Che. Ela


[4] cobrava e acusava-o de ter feito um filme a favor de Che. O


filme é mesmo a favor, romantiza de novo o personagem,


fundindo o revolucionário, o mártir, o santo. Certas feridas


[7] e ideologias são recidivas. Pareciam estar conversando em


1960. No entanto, 50 anos se passaram. De lá para cá, houve


o desmascaramento de Stalin por Krushev; daí a pouco


[10] acabou a União Soviética, o Muro de Berlim ruiu, a Guerra


Fria ficou congelada, a China virou neocapitalista sem deixar


de ser “velhassocialista”, os EUA se afundaram em uma


[13] crise humilhante, os ditadores militares latino-americanos


saíram de moda e foram substituídos por aqueles que eles


perseguiam, enfim, vieram os terroristas, os homens e as


[16] mulheres-bombas no Oriente Médio, a AIDS, a Internet, e


dizem que o mundo vai acabar daqui a pouco, não pela


bomba atômica, mas em um desastre ecológico irreversível.


Affonso Romano de Sant’Ana. Que fazer de Che Guevara? In: Correio Braziliense, 8/2/2009, Caderno C, p. 6 (com adaptações).


 


Tendo o texto acima como referência e considerando a multiplicidade de conhecimentos que ele suscita, julgue o item.


Em geral, as ditaduras latino-americanas, às quais o texto alude, surgiram em contexto de extremismo ideológico próprio da Guerra Fria, expandiram-se entre os anos 60 e 70 e entraram em franco declínio na década seguinte, em meio à crise econômica que elevou drasticamente os índices inflacionários e o peso da dívida externa.

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