Requiem aeternam dona eis, Domine (Repouso eterno, concede-lhes, Senhor). Com essas palavras, inicia-se o intróito da missa pro defunctis (missa para o falecido), também conhecida como missa de réquiem (ou, simplesmente, réquiem), cerimônia da liturgia católico-romana na qual se honra a alma de uma pessoa falecida, ou de mais de uma, e por ela se intercede. As seções da missa que eram originalmente cantadas de forma monofônica pelo oficiante passaram a ter um tratamento musical mais elaborado e em vozes a partir da Idade Média. Desde então, tais seções suscitaram grande número de composições musicais, primariamente destinadas ao uso litúrgico, como, por exemplo, o famoso Requiem, de W. A. Mozart. No entanto, o caráter dramático do texto, especialmente na Sequência, na qual se descreve o dia da ira de Deus e o iminente julgamento da humanidade no dia do juízo final, resultou em concepções que fizeram do réquiem um gênero próprio, especialmente no século XIX, havendo versões não apropriadas para uso na igreja, principalmente em virtude do grande número de instrumentos e vozes empregados nesse gênero musical.
Internet: (com adaptações).
Com base no texto e na obra The Passing apresentados acima, julgue o item a seguir.
Já a partir do século XIX e, em especial, no século XX e início do XXI, compositores vêm produzindo versões cada vez mais pessoais e livres para o réquiem, como, por exemplo, a de Paul Hindemith. Essa tendência está associada ao declínio da utilização do réquiem no contexto da liturgia da igreja católico-romana.