Explicaê

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(FGV) Leia a entrevista.

FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas interpretações em relação ao período imperial?

MAXWELL – (...) o movimento de independência da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em Portugal. Foram os portugueses que não quiseram ser dominados por uma monarquia baseada na América.

Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraíram muitos dos problemas de fragmentação, guerras civis e descontinuidade que são parecidos com aqueles que estavam acontecendo na América espanhola.

É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, considerar que ela não se encaixa em interpretações convencionais. É sempre necessário pensar um pouco de forma contrafactual, porque a história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinuidade estava lá.

Acho que isto explica muito das coisas que aconteceram depois no Brasil, no século 19.Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais. 

Folha de S.Paulo, 25-11-2007.

“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras histórias das Américas”, pois:

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